domingo, 12 de maio de 2019

Ato contra lorota de ‘cortes na educação’ teve Haddad, do PT, que cortou mais



Em um ensaio para as eleições municipais de 2020, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) ciceroneou, nesta sexta-feira (10), o ex-ministro da Educação e presidenciável pelo PT em 2018 Fernando Haddad, na passagem de sua caravana pelo Rio de Janeiro, em ato no centro do Rio contra os “cortes de 30% na educação”. Ex-titular do MEC, Haddad sabe que isso é mentira.
O detalhe é que o contingenciado anunciado pelo governo é de 30% sobre as chamadas “despesas discricionárias” que representam 20% do orçamento das universidades federais. Do total do orçamento, 80% são despesas obrigatórias, como salários, por exemplo. Na prática, os “cortes de 30%” somam na verdade apenas 7% do total do orçamento.
O ato de puro oportunismo político não lembrou o fato de que o governo Dilma Rousseff, do PT promoveu cortes maiores na Educação. Em 2017, os cortes foram bem maiores que no governo Bolsonaro: 9,7% das despesas discricionárias, não obrigatórias. No ano seguinte, o corte chegou a 8,1%. Nos governos Lula, Haddad à frente do MEC, também houve cortes.
Em discurso na Cinelândia, Freixo chamou o governador Wilson Witzel de “assassino e covarde”, mas não mencionou seus supostos “crimes de homicídio”, nem apresentou provas. Oportunistas, Haddad e Freixo conclamaram a juventude a ir às ruas.