terça-feira, 30 de abril de 2019

Cantora Beth Carvalho morre no Rio, aos 72 anos



 A cantora Beth Carvallho morreu nesta terça-feira (30), às 17h33, no Rio de Janeiro. Desde o início do ano, estava internada no Hospital Pró-Cardíaco.
Há uma década ela sofria com problemas na coluna e, ao longo dos anos, mesmo com a mobilidade limitada, a sambista seguiu se apresentando em cadeira de rodas. Em setembro do ano passado, ela chegou a fazer um show deitada.
Antes de ganhar o epíteto de Madrinha do Samba, Beth Carvalho cantou jazz, bossa nova, toada, forró, canção de protesto, música de festival. Mas o chamado das rodas e dos terreiros, do som dos subúrbios e dos botequins, bateu-lhe mais forte nas veias. 
Em 1972 ela resolveu procurar Nelson Cavaquinho e cavar um samba inédito. Aos 26 anos, ainda com rostinho de menina, teve de vencer o medo que sentia daquele homem de pele azeitonada, cabelos prateados e olhos de peixe morto, que podia ser um grosso ao tratar com as pessoas, e estava sempre ou tocando violão ou levantando copos. Ganhou "Folhas Secas", gravada no LP "Canto por um Novo Dia" (1973), o primeiro inteiramente dedicado ao samba.
"Folhas Secas" -que também teve um registro de Elis Regina na mesma época e acabou criando uma rusga entre as duas cantoras- virou um clássico instantâneo na voz de Beth. Assim como o samba-canção "As Rosas Não Falam", de Cartola, garimpado para o disco de 1976, "Mundo Melhor". No ano seguinte repetiu a dose com o mesmo compositor, gravando a obra-prima "O Mundo é um Moinho", última faixa de "Nos Botequins da Vida", um de seus melhores trabalhos.
Àquela altura, Beth Carvalho era uma sambista batizada e crismada, queridíssima no meio, respeitada tanto na Mangueira (sua escola do coração) como na rival Portela, com olho clínico para descobrir pepitas desconhecidas do grande público. E com memória de HD para guardar zilhões de músicas na cabeça.
(Sou testemunha e dou fé: ouvi Beth enfileirar o repertório quase completo de Nelson Cavaquinho -sobretudo aqueles sambas que o próprio jamais lembraria- numa noite de cerveja farta no Mirante do Leblon.)
Em 1974, o estouro de "1800 Colinas", de Gracia do Salgueiro, indicou o caminho: "Ó Deus, eu preciso encontrar meu amor/ Pra matar a saudade que quer me matar". Quem hoje escuta essa gravação quase amadora em recursos técnicos, realizada na nanica Tapecar, tem a certeza de que Beth foi uma genuína sambista - sofisticada e ao mesmo tempo de enorme apelo popular.
Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio de 1946. Desde pequena, com a mãe, frequentou a avenida, atraída pelo som do surdo, e ouviu a coleção de discos do pai: muito Silvio Caldas e Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida cantando Noel Rosa.
Típica adolescente da zona sul carioca, aluna do tradicional colégio Andrews, apaixonou-se nos anos 1960 pela batida do violão de João Gilberto. Resolveu aprender o instrumento para não fazer feio nas festinhas de apartamento e no circuito de shows amadores em colégios e faculdades.
Sua carreira como cantora profissional começou justamente na onda da bossa nova. Em 1964 gravou um compacto com "Por Quem Morreu de Amor", da dupla Menescal & Bôscoli. Mas, no ano seguinte, lá estava o gênero centenário lhe rondando: participou do show "A Hora e a Vez do Samba", ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela.
No auge dos festivais, tirou o terceiro lugar no Fic de 1968 com "Andança", de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, que na época também iniciavam suas carreiras. Na própria casa da cantora, Danilo e Edmundo compuseram a melodia (a parte do famoso contraponto é uma sacada de Danilo), enquanto Paulinho fez a letra que fala sobre a vida de um andarilho.
Foi seu primeiro grande sucesso e a música que tornou Beth Carvalho conhecida em todo o país. Desde então, nunca mais alguém deixou de cantar "Andança", esgoelando-se numa rodinha de acampamento no mato e maltratando as cordas de um violão.
Ela esteve na ponta de lança de uma explosão musical. Cinquenta anos depois da geração pioneira do Estácio -que, no fim dos anos 1920, deu formato ao samba urbano moderno- uma roda de pagode feita por desconhecidos amadores, na quadra de um bloco do subúrbio carioca, alterou a forma de se tocar e compor samba, revelando uma nova matriz na evolução do gênero.
Foi um momento de transformação, com direito a instrumentos adaptados, quase "inventados', que trouxeram uma dinâmica diferente ao ritmo: o repique de Sereno, o tantã de Ubirany e o banjo de Almir Guineto, todos integrantes na época do conjunto Fundo de Quintal.
A turma do Cacique de Ramos -Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Luiz Carlos da Vila, Jovelina Pérola Negra e outros mais- apareceu, entre o fim da década de 1970 e o início da de 1980, sob as bênçãos da "madrinha" Beth, que em 1978 gravou o LP "De Pé no Chão", um dos marcos da novidade.
 A faixa de abertura,"Vou Festejar" (de Jorge Aragão, Dida e Neoci), tornou-se o maior sucesso do Carnaval no ano seguinte: "Chora/ Não vou ligar/ Chegou a hora/ Vais me pagar/ Pode chorar...". Era um típico samba de embalo, feito para o Cacique, que, no entanto, não chegou a ser cantado nos desfiles do bloco. A música, apresentada com a forte percussão em primeiro plano, foi a peça que abriu os caminhos para a moda do pagode, que dominaria a produção fonográfica brasileira nos anos seguintes.
No livro "A Canção no Tempo (1958-1985)", os pesquisadores Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello contam que, num show de Beth Carvalho em São José dos Campos (SP), as mulheres da plateia espontaneamente tiraram os sapatos de grife, marcando neles o ritmo de "Vou Festejar", num momento contagiante.
Era a prova definitiva de que a inovação do subúrbio começava a ganhar o país. O chamado "pagode pop" ou "pagode romântico" foi uma contrafação, surgida por imposição das gravadoras nos anos 1990, do som criado no Cacique e divulgado pela cantora carioca.
Fora da música, teve duas paixões: na política, Leonel Brizola, para quem gravou um jingle em 2000, quando o ex-governador se candidatou a prefeito do Rio. No futebol, o Botafogo de Futebol e Regatas. Seu jogo inesquecível foi a final do Campeonato Brasileiro de 1995, quando o clube de General Severiano sagrou-se campeão com gol de Túlio.
Um amor tão louco que levou a cantora a fazer algo raro na sua longa carreira de mais de 30 discos e cinco DVDs: gravar um samba boi-com-abóbora, "Esse é o Botafogo que eu Gosto", de Dom Elias: "Esse é o Botafogo que eu gosto/ Esse é o Botafogo que eu mereço/ Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus/ Deixa eu festejar que eu mereço".

Família da modelo Carol Bittencourt identifica corpo encontrado no mar em Ilhabela



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A família de Caroline Bittencourt, 37, identificou o corpo encontrado em Ilhabela, no litoral norte paulista, como sendo da modelo, segundo a Capitania dos Portos de São Sebastião.
Ela estava desaparecida desde a tarde deste domingo (28), quando teria caído do barco em que passeava com o marido, o empresário Jorge Sestini. Ele foi encontrado vivo cerca de duas horas depois do acidente. Já o corpo de Caroline foi encontrado na tarde desta segunda-feira (29), a 4 km do local. 
A Capitania dos Portos afirmou que o casal fazia a travessia de barco de Ilhabela para São Sebastião quando foi surpreendido por um vendaval durante temporal que atingiu a região. 
Segundo a Prefeitura de Ilhabela, os ventos chegaram a quase 80 km/h, o que provocou a queda de mais de 300 árvores, além de alguns alagamentos e deslizamentos de terra. A Estrada dos Castelhanos permanece parcialmente interditada nesta segunda (29), assim como a falta de luz em alguns pontos. 
A delegacia informou que a modelo e o empresário deixaram Ilhabela por volta das 16h40. Em um determinado trecho da travessia, a modelo teria caído no mar. Pessoas próximas ao marido teriam relatado à Capitania dos Portos que Sestini pulou para tentar resgatá-la.
Já a agente da modelo, Andréia Boneti, informou ao F5 que Caroline pulou no mar para resgatar sua cadela spitz, Canjica. Em seguida, Sestini pulou para resgatar a mulher.
A Capitania dos Portos informou que as buscas começaram logo em seguida e se concentraram na região entre os dois municípios. Quatro embarcações, duas da Marinha e duas do Corpo de Bombeiros, fizeram as buscas pela modelo. 
No final da manhã desta segunda, a assessoria de Caroline Bittencourt afirmou que não conseguia falar com a modelo. Na manhã deste domingo, a modelo publicou um Stories no Instagram mostrando que estava no deque de um barco. Essa foi a última imagem postada em suas redes sociais.
Caroline e Sestini faziam frequentemente passeios de barco por Ilhabela, onde o empresário possui uma casa. "Ela adorava a cidade e sempre aproveitava os fins de semana de folga para viajar para lá", diz sua agente, Boneti.
A agente afirmou ainda que Caroline sabe nadar bem e está acostumada com o mar. "Ela tem um preparo físico muito bom, é uma pessoa muito fitness, que cuida muito do corpo. Por isso, temos total esperança de que ela seja encontrada em uma ilha próxima."
Modelo ficou conhecida por ser expulsa do casamento de Ronaldo Caroline Bittencourt nasceu em São Paulo e atuou como modelo e apresentadora de televisão brasileira, tendo trabalhado na RedeTV! e na Record TV.
Na Itália, ela desfilou para estilistas como Valentino Garavani e Roberto Cavalli.
Ela ficou conhecida no Brasil em 2005 quando foi expulsa do casamento do ex-jogador Ronaldo e da modelo Daniella Cicarelli, no Château de Chantilly, na França. 
Antes de se casar com Sestini, ela teve um relacionamento de cinco anos com o empresário Álvaro Garnero. O namoro chegou ao fim em 2009, depois de o casal mudar a data de casamento mais de uma vez. 
Caroline deixa uma filha, Isabelle Bittencourt, 16, também modelo.

Temer vira réu em Decreto dos Portos



A Justiça Federal de Brasília aceitou nesta segunda, 29, a denúncia que a força-tarefa da Operação Greenfield ratificou contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) no caso do Decreto dos Portos. O emedebista havia sido acusado formalmente pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em dezembro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito do inquérito dos Portos, que apura se houve favorecimento a empresas do setor portuário na edição de um decreto de 2017. A decisão foi tomada pelo juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12.ª Vara Federal.
De acordo com a acusação, a investigação comprovou que Temer, o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho e Carlos Alberto Costa (que foi sócio do coronel), “atuando de modo concertado e em unidade de desígnios desde 31/8/2016 até o momento, ocultaram valores de pelo menos R$ 32 milhões provenientes diretamente de crimes contra a administração pública praticados por membros de organização criminosa por meio de empresas de fachada”. Temer agora é réu em cinco ações penais. O ex-presidente responde a processos perante a Justiça Federal em Brasília (2), em São Paulo (1) e no Rio (2). 
As informações são do BR18Estadão.

Pesquisa oferece evidências sobre formação de ouro e cobre em reserva no MT



Pesquisa desenvolvida para a dissertação de mestrado da geóloga Vanessa de Almeida Pimenta, defendida no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, sob a orientação da professora Maria José Maluf de Mesquita, trouxe novas contribuições para o entendimento acerca da formação de minérios que compõem a reserva do depósito do Peteca, localizado na porção leste da Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF), no Estado do Mato Grosso.  O setor leste da PAAF apresenta depósitos com ouro, cobre, molibdênio, chumbo e zinco. De acordo com o estudo, os principais minérios presentes no Peteca, ouro e cobre, resultam de dois processos diferentes de mineralização, que ocorreram em períodos distintos. “Ao entendermos melhor esses aspectos, nós reunimos evidências que podem ajudar, por exemplo, na identificação e caracterização de novos depósitos de minerais”, explica a autora do trabalho.
Vanessa classificou os dois processos no Peteca como Sistema de Cisalhamento-Hidrotermal e Sistema Magmático-Hidrotermal. O primeiro está relacionado com a formação do ouro e o segundo, com a do cobre. Os termos soam excessivamente técnicos, mas a pesquisadora fornece explicações para compreendê-los. Segundo ela, ao longo de centenas de milhões de anos ocorreram diversos processos nas rochas, tais como deformações e alterações hidrotermais [ação de percolação de fluidos de acordo com condições de temperatura, pressão e química] no local. A combinação desses acontecimentos contribuiu para a formação do depósito. “Analisando essas deformações, foi possível identificar os dois sistemas. Um sucedeu o outro, o que gerou condições para a formação primeiramente do ouro e posteriormente do cobre”, detalha Vanessa.

Petrobras anuncia aumento médio de R$ 0,07 no preço do litro da gasolina



A Petrobras anunciou, na noite desta segunda-feira (29), um aumento médio de R$ 0,07 por litro de gasolina às distribuidoras. Os novos valores passarão a valer a partir da meia-noite desta terça-feira (30). Com o aumento, a gasolina passa a custar R$ 2,045 nas refinarias. O litro do diesel não sofrerá aumento.
O preço final ao consumidor atende às leis de mercado e não depende da Petrobras, podendo ficar acima ou abaixo do aumento nas refinarias. Sobre o valor pago pelos motoristas nas bombas, incidem tributos estaduais e municipais, além do valor da mão de obra, custos de operação e margem de lucro de cada distribuidora e de cada posto de combustível.
“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explicou a estatal em nota.
Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. “Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis”, explicou a Petrobras. (ABr)

Críticas de Barroso ao Brasil e ao STF, no exterior, irritam os ministros



No retorno do exterior, o ministro Luís Roberto Barroso encontrará clima pesado no Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de declarações suas na Universidade de Columbia, em Nova York. As críticas ao Brasil e sua atitude de falar mal do STF no exterior irritou os colegas. Um dos mais agastados, inclusive por suas críticas à Segunda Turma, é o decano Celso de Mello, que não escondeu o inconformismo em conversa com outros colegas. Um deles, que segredou essa irritação à coluna, ponderou: “Que falar mal? Que tenha a altivez de fazê-lo no Brasil”. 
Barroso insinuou em Nova York concordar ou pelo menos não divergiu da “percepção” de que STF “é um obstáculo na luta contra a corrupção no Brasil”.
Também indignou os colegas a afirmação de que ministros do STF têm “mais raiva” de procuradores e juízes “do que de criminosos que saquearam o País”.
Barroso disse ainda que o Brasil vive “momento sombrio”, sugerindo algum inconformismo com a eleição democrática de Jair Bolsonaro (PSL) em 2018.

Bolsonaro nega que o governo vá criar imposto sobre igrejas, como disse Marcos Cintra



O presidente Jair Bolsonaro negou enfaticamente, por meio do seu porta-voz Otávio do Rêgo Barros, que tenha autorizado estudos para criação de um novo tributo que incidiria sobre igrejas, como afirmou o secretário da Receita, Marcos Cintra.
“O Presidente da República não confirmou informação exarada pelo secretário Marcos Cintra sobre tributação a igrejas”, disse Rêgo Barros ao Diário do Poder. “Ele não autorizou”, disse.
A informação foi divulgada com destaque na Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (29), que divulgou entrevista com Marcos Cintra. O secretário divulgou mensagem em sua conta no Twitter criticando a manchete referente a sua entrevista, que, segundo ele, está em desacordo com o texto.
O presidente Bolsonaro também divulgou mensagem em vídeo afirmando que em seu governo não haverá aumento de impostos.

Corpo de menina de 11 anos é encontrado nos fundos da casa do pai



Foi encontrado neste domingo (28) à tarde, em Rolândia, Norte do Paraná, o corpo da menina de 11 anos que estava desaparecida desde a quarta-feira (24). A informação foi confirmada pela própria mãe de Eduarda Shigematsu, em uma postagem no Facebook.
O corpo foi encontrado por policiais militares enterrado nos fundos da casa do pai da menina com as mãos e pés amarrados. A casa fica na Rua Manoel Carrera Bernardino em Rolândia. Equipes da Polícia Militar (PM), Polícia Civil e Instituto de Criminalística isolaram o local.
Eduarda teria sido morta pelo próprio pai, Ricardo Seidi que confessou o crime para a Polícia Civil. Ele já foi transferido para a Londrina. Informações extraoficiais dão conta que ele foi transferido porque havia risco de ele ser atacado por moradores da cidade, indignados com o crime bárbaro. No último dia 25, ele postou no Facebook um pedido de ajuda para encontrar a filha.

Bancos de sangue de cordão umbilical e placentário geram produtos que combatem males em recém-nascidos



O Brasil integra uma rede mundial de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, que são destinados a coleta, processamento e criopreservação de células-tronco hematopoiéticas para transplante. Ao serem transplantadas, essas células-tronco induzem a produção de células saudáveis pela medula óssea, importantes no combate a diversas doenças, como leucemia aguda, leucemia mieloide crônica, linfomas, anemias graves e congênitas, entre outras.
Um projeto que reúne equipes da Unesp e da Unicamp busca otimizar as atividades exercidas por esses bancos de sangue, possibilitando que eles sejam também a fonte para a produção e fornecimento de produtos de grande relevância para o tratamento de recém-nascidos prematuros.
Atualmente, em todo o mundo, existem mais de 100 bancos de sangue de cordão umbilical e placentário. Desde que foram regulamentados nos Estados Unidos e na Europa, nos anos 1990, esses locais receberam cerca de 700 mil unidades de sangue de cordão umbilical doadas com o consentimento de mães saudáveis. Esse material é armazenado após um processo de criopreservação, no qual células ou tecidos são preservados por meio de congelamento a temperaturas muito baixas (geralmente -196ºC).
A criação dos bancos de sangue de cordão umbilical e placentário – que podem ser públicos ou privados – contribuiu muito para aumentar a disponibilidade de doações de células-tronco hematopoiéticas. No entanto, suas atividades apresentam problemas, especialmente pelo alto custo para coleta, processamento e armazenamento do material, além de baixo número de transplantes realizados a partir do acervo armazenado. Além disso, o sucesso do transplante de células-tronco hematopoiéticas depende do número de células coletadas, que muitas vezes é inferior ao necessário para realização do transplante.
Por isso, uma expressiva parcela desse valioso recurso sanguíneo costuma ser descartada, embora tenha potencial para permitir outros usos. Por ser rico em células e componentes proteicos, esse material há anos vem sendo aplicado em diversos processos terapêuticos, como na hemoterapia, terapia celular e medicina regenerativa.
Rede BrasilCord
No Brasil, existem 13 bancos públicos, que integram da Rede BrasilCord. Com financiamento da Fapesp, o projeto conjunto da Unesp e da Unicamp tem como objetivo receber o material que não é utilizado pelos bancos dessa rede, promovendo o processamento, a validação e a garantia de qualidade dos componentes celulares e proteicos obtidos. De acordo com suas características, esses componentes podem ser destinados ao tratamento de recém-nascidos de extremo baixo peso internados em unidades de terapia intensiva, por meio de transfusões de sangue.
O projeto tem como coordenadoras Elenice Deffune, médica hemoterapeuta e professora do Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina (FM), câmpus da Unesp em Botucatu, e Ângela Cristina Malheiros Luzo, diretora médica do Serviço de Transfusão e Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Hemocentro de Campinas, da Unicamp.
Integrante do projeto, Mariane Aparecida Risso concluiu em agosto de 2018 seu Mestrado Profissional em Pesquisa e Desenvolvimento – Biotecnologia Médica na FMB/Unesp, voltado para o controle de qualidade do concentrado de hemácias de doadores de sangue adultos. Paralelamente ao mestrado, Mariane desenvolveu um estudo retrospectivo sobre o aproveitamento e a desqualificação de bolsas de sangue de cordão umbilical e placentário colhidos pela Rede BrasilCord.
Em setembro do ano passado, Mariane apresentou essa análise no Congresso Internacional de Sangue do Cordão, Cord Blood Connect, realizado em Miami Beach, Flórida, nos Estados Unidos. O trabalho teve grande repercussão e foi publicado numa edição especial da revista Stem Cell Translational Medicine, que tem fator de impacto 4,00, conjuntamente com os outros resumos apresentados no evento.
A participação no congresso foi uma experiência marcante para a pós-graduanda. “Esse evento foi o primeiro encontro internacional voltado para a conexão dos pesquisadores dos bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, reunindo participantes de mais de 30 países”, comenta. “O aprimoramento da utilização desses bancos de sangue hoje é uma questão muito relevante em nosso setor”, ressalta Mariane, que atualmente realiza seu doutorado na Unicamp, focalizando o processamento e o controle de qualidade de concentrado de hemácias do sangue de cordão umbilical e placentário.
Importância dos hemocomponentes
Recém-nascidos prematuros apresentam problemas como a anemia da prematuridade, com complicações que podem ser resolvidas rapidamente por meio de transfusões sanguíneas. O tratamento desses bebês pode ser realizado, por exemplo, com o uso de concentrados de hemácias (células responsáveis pela cor vermelha do sangue e muito importantes na oxigenação celular dos tecidos do corpo), que é obtido pelo processamento do sangue de cordão umbilical e placentário.
O projeto coordenado por Elenice e Ângela está promovendo o processamento de hemocomponentes, que são produtos gerados individualmente nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, obtidos pelo fracionamento do sangue em hemácias, plaquetas (células do sangue produzidas pela medula óssea e responsáveis pela coagulação sanguínea) e plasma (parte líquida do sangue). Isso envolve processos como centrifugação e congelamento do material. Entre os hemocomponentes estão o concentrado de hemácias, o concentrado de plaquetas e plasma rico em fatores de crescimento, que, depois de sua validação – que abrange desde o processamento até o controle de qualidade dos hemocomponentes –, poderão ser usados em tratamentos de recém-nascidos prematuros.
O sangue de cordão umbilical e placentário é considerado um material nobre por suas características imunológicas, infecciosas e por conter o mesmo tipo de hemoglobina de receptores recém-nascidos, isto é, hemoglobina fetal. “O aproveitamento desse material tornaria o custo dos bancos da Rede BrasilCord mais razoável e a manutenção de sua infraestrutura mais lógica, dentro do contexto de assistência à saúde brasileira”, afirma a professora Elenice. (Unespciência)

Procurador recomenda que TCU anule eleição na Confederação Nacional do Comércio



O procurador do Ministério Público de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, apresentou parecer pedindo ao Tribunal de Contas da União (TCU) que anule a eleição para a diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC), ocorrida em setembro do ano passado. O empresário José Roberto Tadros foi eleito presidente após quase 40 anos de mando de Antonio Oliveira Santos. O procurador mandou ainda que a CNC se adeque a princípios de moralidade, isonomia etc. 
Júlio Marcelo criticou a decisão de nova diretoria de gastar R$24,5 milhões em dois imóveis para hospedar diretores no Rio de Janeiro.
A CNC é uma das entidades mais ambicionadas, com orçamento anual superior a R$10 bilhões. E com R$1,2 bilhão, limpos, em caixa.
A CNC nega as irregularidades e afirma que o TCU não pode intervir em sindicatos, o que levou o ministro Bruno Dantas a arquivar uma ação sobre o caso. Adicionalmente, promete fazer representação contra o procurador Júlio Marcelo junto ao MP de Contas por atuar de “forma criminosa”.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Médicos suspeitam que modelo tinha doença congênita, diz agência

Macaque in the trees

O responsável pela agência de Thales Soares, BASE mgt, Rogério Campaneli, afirmou que os médicos do Hospital Sorocabano que atenderam o rapaz suspeitam da existência de uma doença congênita.


Conhecido como Tales Cotta, o modelo morreu após uma queda durante o desfile da grife Ocksa na noite de sábado (27).
"Os médicos que conversaram com a gente falaram que quando o Tales caiu a morte cerebral já existia. Os médicos tentaram durante 1h20 a reanimação do coração. Mas o socorro não iria adiantar", disse.
De acordo com ele, o IML (Instituto Médico Legal) informou que foi morte súbita e que o laudo deve sair entre 60 e 90 dias.
Campaneli afirmou que modelos que estavam com Tales no backstage relataram que ele parecia bem. "Ele estava numa plenitude total. As pessoas dos backstage falaram que ele estava brilhando muito. É uma coisa inexplicável".
O agente afirma que ele havia passado por exames devido ao trabalho. Além disso, para participar do evento, teve de apresentar um atestado de saúde.
Campaneli afirma que Tales, há um ano e oito meses na agência, estava em "plena ascensão". "Ele era muito focado, as coisas estavam dando certo. Ele iria gravar um comercial de uma marca de combustível por causa da diversidade", disse.
Tales também deveria participar neste ano de um desfile em Milão, na Itália.
O estilo do modelo, magro, cabelo platinado e com a cara da diversidade, está em alta, segundo o agente. "Mas nele a magreza era genética. Não tem nada a ver com parar de comer. A gente via nele o potencial por ser uma pessoa focada, que não se drogava, não saía toda noite".

Carro que levava celulares e relógios contrabandeados é apreendido em Cascavel

Celulares e relógios estavam embalados em caixas e plásticos pretos — Foto: BPFron/Divulgação

Um carro que levava 174 celulares e 72 relógios contrabandeados foi apreendido na madrugada deste domingo (28), em Cascavel, no oeste do Paraná, segundo o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron).

De acordo com a polícia, o carro foi abordado na BR-277 em uma operação conjunta com a aduana da Receita Federal de Foz do Iguaçu, também no oeste.

Quatro pessoas que estavam no carro foram encaminhadas à Delegacia de Polícia Federal de Cascavel.

Os objetos e o carro foram apreendidos e levados à Delegacia de Receita Federal.

Jovem é preso suspeito de se passar por médico em unidade de saúde em Colorado, diz polícia

Suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Colorado — Foto: Priscila Stadler/RPC Maringá

Um jovem foi preso suspeito de se passar por um médico em Colorado, no norte do Paraná. O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Civil na noite deste sábado (27).
Segundo a polícia, o jovem, de 24 anos, utilizava o registro de outro médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) para fazer atendimentos na Unidade de Básica de Saúde (UBS) da cidade.

Ainda conforme a policia, o suspeito disse que se formou em medicina na Bolívia.

O delegado de Colorado, Alysson Tinoco, informou que a denúncia foi feita pela Polícia Civil de São Paulo. De acordo com o delegado, um médico de Teodoro Sampaio (SP) está envolvido no caso e cedeu o registro para que o jovem atuasse no Paraná.

Segundo a polícia, o médico preso prestava serviço para uma empresa que venceu uma licitação em Colorado. O contrato foi feito em caráter de urgência e custou R$ 293 mil ao município, conforme consta no Portal da Transparência.

Neste ano, a UBS passou a funcionar 24 horas na cidade para suprir parte da demanda de atendimentos do hospital de Colorado. Por este motivo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi necessária a licitação em caráter de urgência.

De acordo com o delegado, o médico preso também atuava da mesma maneira em outras quatro cidades do Paraná e São Paulo.

"O médico solicitava a ele [suspeito] para comparecer nos plantões de Unidades Básicas de Saúde aqui da região. O valor do plantão era próximo de R$ 1 mil. R$ 200 ou R$ 300 ficavam com essa pessoa que era designada e o resto iria para o médico", disse o delegado.

Conforme a denúncia, o jovem se passava por "doutor Márcio" e estava fazendo o terceiro plantão na UBS de Colorado. A Polícia Civil disse que o suspeito já fez mais de 200 atendimentos na cidade.

O jovem foi preso enquanto trabalhava na UBS. Segundo a polícia, ele foi preso por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. O caso continua sendo investigado.

A Secretaria de Saúde de Colorado informou que o jovem estava prestando serviço para uma empresa terceirizada e utilizava carimbo e CRM de outro médico. Ainda segundo a secretaria, o município está aguardando as investigações.

Governadores firmam compromisso pela redução da emissão de gases



Governadores de 11 estados e do Distrito Federal estão de acordo com as metas estabelecidas pelo Brasil para enfrentamento das mudanças climáticas, informou o Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima. Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo manifestaram-se de forma favorável ao cumprimento do Acordo de Paris.
A adesão é celebrada pelo coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças do Clima, Alfredo Sirkis. “Temos que encontrar uma nova maneira de lidar com a dificuldade de movimentar os governos nacionais, mobilizar a opinião pública, enfrentar as atuais crises climáticas. Mais do que nunca, a hora é de nós, líderes climáticos, nos unirmos à sociedade civil para reagir e agir com a mesma intensidade”, disse.
O Brasil é signatário do Acordo de Paris, no qual foi pactuada a redução da emissão de gases no planeta. Os países envolvidos no acordo concordaram com a meta de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais. Os signatários devem ainda se empenhar em limitar o crescimento dessa temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Cada país deveria entregar a chamada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), com medidas a serem tomadas.
O documento brasileiro foi entregue em setembro de 2015 e estabelece o compromisso do país de chegar em 2025 com níveis de emissão de gases de efeito estufa 37% abaixo do verificado em 2005. Em 2030, a proporção deverá chegar a 43%. Para atingir essas metas, o Brasil deverá garantir que sua matriz energética seja composta por 18% de bioenergia sustentável e 45% de energias renováveis. Outro compromisso é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas.
Na última quinta-feira (25), o assunto estava em pauta no Fórum Clima 2019: Riscos atuais e ação dos estados, realizado no Rio de Janeiro. O evento foi organizado com o objetivo desenvolver relações com os governos estaduais para apoio às mudanças necessárias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Em um vídeo gravado para o evento, o governador de São Paulo, João Doria, informou que, em 2017, a emissão de gases no estado permanecia nos níveis de 2010. “Considero que a participação dos governadores é fundamental para o avanço das políticas sobre as mudanças climáticas”, afirmou. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, também deixou sua mensagem, afirmando que o estado vai ampliar sua matriz de energia limpa.
Fórum
Criado em 2000, o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima tem o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima. Posteriormente, passou a integrar a Política Nacional de Mudanças Climáticas, instituída pela Lei Federal 12.187/2009. Atualmente, o Fórum é responsável pela produção de orientações estratégicas que permitam ao país lidar com as questões climáticas.
Dividido em nove câmaras temáticas, o Fórum é composto tanto por integrantes do governo como por pessoas da sociedade civil com notório conhecimento sobre o assunto, nomeadas pelo presidente da República. A composição deve garantir a presença de representantes do terceiro setor, do setor empresarial e da academia. (ABr)

MP que amplia capital estrangeiro para companhias aéreas avança na Câmara



A medida provisória (MP) que autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas já está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. A menos de um mês de perder a validade – 22 de maio – o texto precisa ser votado até esta data também pelo plenário do Senado.
O sinal verde aos deputados foi dado na última quinta-feira (25) com a aprovação do relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) na comissão mista que analisou a medida. O Projeto de Lei de Conversão (PLV) da MP 6/2019, apresentado por Rocha, incluiu no texto a volta da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo.
Pela proposta, nas linhas domésticas, a franquia mínima de bagagem por passageiro será de 23 quilos nas aeronaves com mais de 31 assentos; 18 quilos nas de 21 até 30 assentos; e 10 quilos para as de até 20 assentos.
Outra novidade incluída pelo relator da Medida Provisória 863/18 é que as empresas operem ao menos 5% de seus voos em rotas regionais por, no mínimo, dois anos. Em caso de descumprimento da regra, a autoridade aeronáutica deverá aplicar multa de R$ 10 mil por voo regional não realizado e, se houver reincidência, cassar a concessão ou autorização.
Ainda segundo o texto aprovado na comissão especial, em voos internacionais operados por companhias aéreas nacionais, brasileiros terão que representar pelo menos dois terços de tripulação. O contrato de trabalho será regido pela legislação local.
Em defesa das novidades do texto, Rocha disse que elas vieram após reuniões com líderes partidários nas últimas semanas. Para o senador, a exigência do percentual mínimo de voos regionais e da franquia de bagagem não afugentará o capital de investidores estrangeiros interessados em atuar no mercado nacional. “A gente não pode abrir o maior mercado do Hemisfério Sul sem exigir uma contrapartida, ainda que temporária. É uma obrigação que demora dois anos”, ressaltou, em referência aos voos regionais.
Críticas
As alterações na Medida Provisória 863/18, que abre para o capial estrangeiro as empresas, não foram bem recebidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em nota divulgada em seu site, a agência diz que vê “com bastante preocupação as alterações incluídas no texto da Medida Provisória nº 863/2018”.
“A inclusão da franquia de bagagem despachada e a obrigação de realização de voos regionais no Brasil pelas empresas estrangeiras deverão afastar o interesse de novos investidores e concentrar o mercado de transporte de passageiros no país, diz a nota. A estatal ressalta que a proposta tende a afastar sobretudo as empresas low cost, de baixo custo, que começam a chegar ao Brasil. (ABr)

Atendimento de saúde a pessoas com deficiência ganha reforço



O atendimento a pacientes com deficiência ou mobilidade reduzida nos centros especializados em reabilitação (CER) ganhou reforço com a entrega de 88 furgões adaptados. O investimento do Ministério da Saúde foi de cerca de R$16,2 milhões, e os veículos vão atender pacientes em 65 municípios de 20 estados. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada quinta-feira (25) em Brasília.
Na ocasião, o ministro entregou o primeiro veículo para o município de Anápolis, em Goiás. A previsão é de que os outros veículos sejam entregues no início de maio.
Os furgões são destinados a pessoas com deficiência que não têm condições de mobilidade e de acessibilidade autônoma aos meios de transporte convencional ou que manifestem grandes restrições ao acesso. Com a entrega desses veículos, esses pacientes poderão embarcar em casa e desembarcar nos CERs. Os fluxos, os horários e as rotas dos veículos são definidos pelos gestores locais.
O objetivo da medida é ampliar o acesso e promover a qualificação dos serviços de reabilitação no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a finalização da entrega dos novos veículos no início de maio, todos os centros especializados em reabilitação do país habilitados pelo Ministério da Saúde contarão com pelo menos um veículo adaptado. Com a nova doação, serão 108 furgões entregues este ano.
Os veículos contam com plataforma elevatória veicular para possibilitar o embarque e o desembarque de cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção. São equipados também com sistemas de segurança para fixação da cadeira de rodas e cintos de segurança, além de protetores de cabeça para cada cadeirante. Segundo o ministério, isso possibilita o transporte seguro de nove passageiros, sendo três cadeirantes e seis não cadeirantes. (ABr)

Bolsonaro nega que Moro irá escolher o próximo procurador da República



Em mensagem no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (28) que é falsa uma nota publicada pela revista Veja às 11h deste domingo (28), segundo a qual ele teria prometido ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a prerrogativa de nomear o próximo titular da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a revista, a promessa foi feita antes de Moro ser anunciado como ministro, no ano passado. Por esse motivo, a lista tríplice com nomes indicados para o cargo, feita por meio de eleição organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), seria “peça de ficção”, segundo a Veja.
“A matéria da Veja é fake (mentira)”, diz uma postagem na conta oficial de Bolsonaro no Twitter na qual ele retuita a nota da publicação. “Esse cargo, PGR, certamente é um dos mais importantes da República. Sugestões e opiniões serão levadas em consideração pelo Governo”, acrescentou o presidente.
O mandato da atual procuradora, Raquel Dodge,encerra-se no próximo 18 de setembro, dois anos depois de ela ter assumido o posto. Pela Constituição, cabe ao presidente da República escolher o ocupante do cargo entre os membros de carreira do Ministério Público da União (MPU). O nome precisa ser aprovado por maioria absoluta no Senado.
Desde 2001, entretanto, a ANPR envia à Presidência uma lista com os três nomes mais votados pelos membros do MPU para ocupar a Procuradoria-Geral da República. A partir de 2003, a tradição tem sido a de nomear um dos três integrantes da lista.
A ANPR já iniciou os preparativos para a realização da eleição neste ano, embora o calendário para o pleito ainda não tenha sido divulgado.
Os candidatos também não foram definidos até o momento, mas já se registra movimentação nos bastidores. Raquel Dodge ainda não anunciou se irá pleitear a recondução ao cargo. (ABr)

Malária: região Amazônica concentra 99% dos casos no Brasil



Para promover um maior conhecimento sobre a malária e alertar para a necessidade de mais investimentos nas ações de prevenção e controle para erradicação da doença em todo o mundo, a Assembleia Mundial da Saúde estabeleceu, em 2007, o dia 25 de abril como o Dia Mundial de Luta contra a Malária. Este ano, o tema da campanha da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) é Zero Malária começa comigo e visa retomar os avanços contínuos no combate a esta doença, paralisados após uma década por conta do decréscimo nos investimentos. O médico infectologista e pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas (LapClin DFA) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), André Siqueira, ressalta que é possível erradicar a doença no Brasil, mas que para isso é necessário pensar na integração das ações de controle promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar a relação entre os profissionais da ponta e a academia.
A malária continua sendo um grande desafio para o Brasil e para o mundo apesar do conhecimento acumulado sobre a doença. Segundo o médico infectologista, a fragilidade no combate ocorre especialmente nas áreas tropicais, onde os sistemas de saúde e as condições socioeconômicas mantêm a vulnerabilidade para a transmissão uma vez que as medidas de controle do vetor não são mantidas e adaptadas conforme as necessidades locais. “No Brasil, 99% dos casos autóctones (naturais da região ou do território) são registrados na Região Amazônica, principalmente por conta das condições demográficas, ambientais e sociais que são bastante favoráveis à manutenção do ciclo de transmissão”, explicou André.
“Aqui, onde predomina a malária vivax, o nosso maior desafio é a sustentabilidade das ações em um contexto de redução dos gastos em saúde. A malária acontece quase inteiramente na região Norte, onde os sistemas de saúde são menos resilientes para as mudanças. Uma situação a ser enfrentada também é a diminuição a redução dos esforços de contenção da transmissão quando há uma redução no número de casos, o que leva em pouco tempo ao ressurgimento da doença. Este relaxamento explica, em parte, o aumento da incidência observada em 2016 e 2017, após quase 10 anos de redução contínua”, destacou André.
Apesar das dificuldades, o pesquisador enfatiza que a eliminação da malária no Brasil é possível, mas que para atingi-la é necessário um plano de médio e longo prazo com estratégias que levem à sustentabilidade. Entre essas ações destaca a adaptação das medidas de controle dos vetores, com integração e fortalecimento do sistema de saúde local, principalmente na Atenção Primária, envolvendo também a academia com o serviço. “Isso requer tanto inovações técnicas quanto compromisso político para garantir os recursos humanos e financeiros necessários”, concluiu.
No que se refere ao estado do Rio de Janeiro, André Siqueira informou que os casos de malária diagnosticados são de viajantes ou de frequentadores de áreas silvestres da Mata Atlântica, tema de estudo da pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas (LapClin DFA), Anielle Pina, apresentado durante o MedTrop 2018. Confira também como foi a participação da pesquisadora, em dezembro de 2018, do programa Sala de Convidados, do Canal Saúde da Fiocruz, que teve como tema a eliminação da malária.
Malária na Atenção Básica à Saúde
Um dos pontos críticos na luta contra a malária é a capacitação dos profissionais e serviços de saúde no diagnóstico correto da enfermidade, pois equívocos podem levar ao retardo do início de tratamento e, em consequência, a um maior risco de complicações e óbitos. Neste sentido, Siqueira lembrou que as inscrições para o curso Malária na Atenção Básica à Saúde estão abertas até 20 de novembro. A capacitação a distância é oferecida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição integrante do Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), e busca sistematizar e ampliar o conhecimento de profissionais de saúde de nível superior que atuam na Atenção Básica em regiões endêmicas e não endêmicas para Malária no Brasil.
O curso tem duração de 60 horas, é oferecido de forma totalmente gratuita, sem intermediação direta de tutor, professor ou orientador e conta com recursos educacionais que envolvem modelagem 3D e animação gráfica que auxiliam na assimilação das principais práticas e conceitos. A capacitação tem como público-alvo médicos vinculados ao SUS com registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e está dividido em quatro unidades: Malária – aspectos gerais, epidemiologia e ciclo do parasitoDiagnóstico epidemiológico, clínico e laboratorial da maláriaTratamento da malária; e Malária – vigilância, prevenção e controle da doença.
Malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies estão associadas à doença em seres humanos: P. vivaxP. falciparum e P. malariae. Os sintomas podem incluir febre, vômitos e/ou dor de cabeça e aparecem de 10 a 15 dias após a picada do mosquito. A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa.
Apesar de ser uma doença grave, a malária tem cura com o diagnóstico rápido e preciso e um tratamento adequado com antimaláricos. Entretanto, complicações podem ocorrer, principalmente quando casos provocados pelo P. falciparum não são tratados ou as pessoas infectadas possuem um sistema imunológico vulnerável, como ocorre em idosos, crianças ou grávidas. Essas complicações podem resultar no agravamento de doenças como anemia grave, insuficiência renal e hepática, icterícia, hipoglicemia, e, em casos mais raros, causar a malária cerebral, podendo o paciente chegar ao coma.
Saiba mais sobre a doença no site do Ministério da Saúde(Fiocruz)

Presidente da Câmara nega entrevista fazendo críticas a familiares de Bolsonaro



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou ao Diário do Poder ter concedido entrevista fazendo referências negativas aos filhos do presidente Jair Bolsonaro. “Concordei em bater um papo com o jornalista, deixando claro que não era entrevista”, disse ele sobre matéria divulgada no site Buzzfeed, destacando que expressões usadas pelo jornalista durante a conversa acabaram atribuídas a ele, no texto.
O presidente da Câmara disse também que tem como norma não fazer referência a família de outras pessoas, por isso ficou tão chateado com o que foi publicado. Ao conversar com o DP, na noite desta sexta (26), Maia já havia feito chegar esses esclarecimentos ao presidente Jair Bolsonaro, que na manhã deste sábado (27) afirmou ser tudo invenção.
“Tenho certeza de que isso é um fake. Eu gosto do Rodrigo Maia. Ele tem respeito por mim, eu tenho por ele”, afirmou Bolsonaro. A matéria do site atribui a Maia a afirmação de que o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) vive um “momento de deslumbramento”. Indagado sobre isso, Bolsonaro sorriu.
“Mandei uma mensagem via Onyx [Lorenzoni, ministro da Casa Civil] para ele ontem à noite dizendo que o que nós dois juntos podemos fazer não tem preço”, contou, “e 208 milhões de pessoas precisam de mim, dele e de grande parte de vocês”, continuou dirigindo-se a jornalistas.
“Rodrigo Maia é pessoa importantíssima para o futuro de 208 milhões de pessoas. Espero brevemente poder conversar com ele”, concluiu.
Visita a Yasmin
Bolsonaro visitou neste sábado (27) a estudante Yasmin Alves, 8, na Cidade Estrutural, periferia de Brasília, para, segundo ele, desfazer um mal-entendido provocado pela imprensa.
Há alguns dias, o presidente recebeu um grupo de alunos e o jornal O Estado de S.Paulo divulgou fake news de que a menina se recusava a cumprimentá-lo. A íntegra da cena mostrou que isso era falso. O jornal se corrigiu, mas a história já havia viralizado.
“Eu perguntei quem era palmeirense e ela falou que não, nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro na saída de sua casa. Yasmin vestia a camisa do Flamengo presenteada pelo presidente em visita que ela fez ao Palácio do Planalto nesta semana.
“Não tentei mudá-la de time, não”, comentou. Bolsonaro disse que fez a visita para desfazer a imagem de que ela era mal-educada em sua comunidade.
A região, carente, mobilizou-se em parte para recebê-lo. A rua e arredores da casa foram bloqueados, de modo que alguns moradores acenaram para o presidente à distância.
Pouco antes de Bolsonaro deixar a residência de Yasmin, o esgoto escorreu do cano da calçada bem na área montada para que desse a entrevista, impregnando a rua de mau cheiro. Bolsonaro acabou falando com os jornalistas alguns passos para o lado.
Ele estava acompanhado da mulher, Michelle, que levou um bolo de chocolate, o deputado Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, e o ministro Floriano Peixoto (Secretaria-Geral).
Os pais de Yasmin serviram pão com leite condensado, café da manhã do qual Bolsonaro mostrou gostar na eleição quando recebeu a Rede Globo em sua casa com a refeição servida. “Mas não deu tempo de comer, não. Tomei só uma xícara de café, tá ok?”, contou.