terça-feira, 28 de maio de 2019

Fiat apresenta proposta de fusão à Renault e garante que não haverá fechamento de fábricas



A montadora ítalo-americana Fiat Chrysler (FCA) apresentou nesta segunda-feira (27) uma proposta de fusão com a francesa Renault, que pode criar a terceira maior montadora do mundo, atrás de Volkswagen e Toyota.
Segundo a proposta da Fiat para a Renault, o novo grupo seria detido por 50% dos acionistas de cada uma das empresas.
As ações seriam cotadas em Nova York, nos EUA, e em Milão, na Itália, disse a Fiat Chrysler em comunicado.
O conselho de administração da Renault se reunirá para estudar a proposta de fusão, anunciou a fabricante francesa em comunicado divulgado logo após o anúncio da proposta.
De acordo com a Fiat Chrysler, a fusão resultaria em vendas anuais de 8,7 milhões de veículos e "uma forte presença em regiões e segmentos importantes", gerando 5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 22 bilhões) em economia anual. 
O "amplo e complementar portfólio das duas marcas forneceria uma cobertura completa do mercado, do luxo ao 'mainstream'", afirmou a Fiat Chrysler.
O acordo proposto fundiria as duas montadoras sob uma holding holandesa listada. Após o pagamento de um dividendo especial de 2,5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 11 bilhões) aos acionistas da Fiat Chrysler, cada grupo receberia 50% da entidade combinada em novas ações.
A fusão não levará ao fechamento de fábricas, assegurou a Fiat Chrysler.
Fábrica na Grande Curitiba- Uma das fábricas da Renault fica em Sâo José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A Renault foi a primeira fábrica de automóveis em solo paranaense e completou 20 anos de produção de veículos no Brasil no ano passado. .Apesar se sua história no país ser mais antiga, desde 1960 quando com parceria com a Willys introduziu ícones como o Interlagos, Dauphini e o lendário Gordini até 1968. Com a paralisação de importação de carros no país na década de 70 a marca voltou apenas em 1992 trazendo da Argentina o Renault 19 alguns anos depois formou a Renault do Brasil Automóveis e foi escolhido o município de São José dos Pinhais para implantar a pedra fundamental de sua fábrica em 1996, dois anos depois o Complexo Industrial Ayrton Senna começou a produzir o primeiro Renault brasileiro o Scnénic a primeira minivan nacional que abriu as portas para o sucesso de hoje dos SUVs. Mas a grande arrancada da marca no Brasil foi a partir de 2008 com o Sandero que entrou para a história da Renault por vários fatores. Além de ter sido o primeiro modelo da marca lançado fora da Europa, ele foi fruto de desenvolvimento conjunto entre França, Romênia e Brasil.
FCA
Fábricas: 102
Carros e picapes: Alfa Romeo, Fiat, Lancia e Maserati (Itália); Chrysler, Dodge, Jeep e RAM (EUA)
Veículos de carga/vans: Fiat Professional
Motores: VM Motori
Versões especiais e acessórios: Abarth e Mopar
4,8 milhões
de veículos vendidos em 2018
Renault Group
Fábricas: 39
Carros e picapes: Renault e Alpine (França); Dacia (Romênia); Samsung (Coreia do Sul); Lada (Rússia)
3,9 milhões
de veículos vendidos em 2018 
Números do Complexo Ayrton Senna:
Área: 2,5 milhões de metros quadrados – 
60% mata nativa preservada
Capacidade produtiva anual:
Curitiba Veículos de Passeio: 320 mil
Curitiba Veículos Utilitários: 60 mil
Curitiba Motores: 600 mil
Curitiba Injeção de Alumínio: 500 mil
 Veículos produzidos: 
Kwid, Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch,
 Captur e Master.
 Número de colaboradores: 7.300
 Empregos indiretos: 25 mil, no Paraná