domingo, 30 de junho de 2019

Alexandre Pato se casa com Rebeca Abravanel em São Paulo

Pato no Morumbi ao lado de seu pai, Geraldo, sua mãe, Rozeli, e Rebeca Abravanel (Renata Damasio/SPFC)

O atacante Alexandre Pato consolidou sua união com Rebeca Abravanel neste sábado. Segundo a revista Quem, em uma cerimônia fechada, o atacante se casou com a filha do apresentador e dono do SBT Silvio Santos.
O casal assumiu o relacionamento desde o fim do ano passado. O casamento foi realizado apenas com a presença de familiares e pessoas próximas na casa de Silvio Santos, na zona Sul da capital paulista.
A tendência é que não haja lua de mel neste momento, já que Alexandre Pato segue treinando com o São Paulo para o retorno do Campeonato Brasileiro. O Tricolor volta a campo no dia 13 de julho no clássico contra o Palmeiras.

Jogadora da seleção suíça desaparece após mergulho na Itália

WINTERTHUR, SWITZERLAND - APRIL 07: Florijana Ismaili of Switzerland passes the ball during the training session of Switzerland Women at Sportplatz Flüeli on on April 7, 2019 in Winterthur, Switzerland. (Photo by Daniela Porcelli/Getty Images)

O clube suíço Yong Boys informou neste domingo (30) que a sua jogadora Florijana Ismaili desapareceu após mergulhar em um lago no norte da Itália.
Segundo informações da imprensa italiana, a meia suíça, que já disputou a Copa do Mundo de 2015, estava no lago de Como em companhia de uma amiga, em um barco alugado, quando mergulhou e não emergiu. A polícia faz buscas com mergulhadores profissionais para encontrar Ismaili.
O clube de Ismaili divulgou nota sobre o caso. "Estamos muito preocupados, mas não perdemos a esperança de que tudo terminará bem", reforça.
Florijana Ismaili jogou pele Suíça na Copa do Mundo feminina de 2015, que aconteceu no Canadá, mas não chegou a entrar em campo na competição. Pela seleção do seu país, jogou na campanha das eliminatórias, mas não conseguiram a classificação.
* Com informações da Folhapress

Lava Jato desconfiou de empreiteiro que incriminou Lula, diz jornal

Lula: mensagens mostram que Léo Pinheiro só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex

O empreiteiro que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, segundo mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações.
Enviadas por uma fonte anônima ao The Intercept Brasil e analisadas pelo jornal Folha de São Paulo e pelo site, as mensagens indicam que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista.
“Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja”, escreveu o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes a outros integrantes da equipe que negociou com os
advogados da OAS em agosto de 2016, numa discussão sobre a delação no aplicativo Telegram. “Diziam q não tinha crime.” Léo Pinheiro só apresentou a versão que incriminou Lula em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações com a Lava Jato, quando foi interrogado pelo então juiz Sergio Moro no processo do tríplex e disse que a reforma do apartamento era parte dos acertos que fizera com o PT para garantir contratos da OAS com a Petrobras.
Os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept ajudam a entender por que as negociações da delação da empreiteira, até hoje não concluídas, foram tão acidentadas —e sugerem que o depoimento sobre Lula e o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com Pinheiro, meses depois de rejeitar sua primeira proposta de acordo.
Os advogados da OAS abriram negociações com a Lava Jato em fevereiro de 2016. Nessa época, as investigações sobre as relações de Lula com as empreiteiras estavam
avançando, e os procuradores já tinham muitas informações sobre o tríplex e as obras executadas pela OAS e pela Odebrecht num sítio que o líder petista frequentava em Atibaia (SP). Léo Pinheiro já havia sido condenado por Moro por ter pago propina a dirigentes da Petrobras e recorria em liberdade, mas temia ser preso se a apelação fosse rejeitada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, onde os processos de Curitiba são revistos.
O empreiteiro foi recebido com ceticismo desde o início. “A primeira notícia de versão do LP [Léo Pinheiro] sobre o sítio já é bem contrária ao que apuramos aqui”,
disse um dos procuradores, Paulo Roberto Galvão, no início de março. “Estamos abertos a ouvir a proposta da empresa mas não nos comprometemos com nada.”
Em abril, após analisar relatos anexados à primeira proposta entregue pelos advogados da OAS, outro integrante da força-tarefa de Curitiba, Januário Paludo, disse aos colegas que achava o esforço inútil. “Tem que prender Leo Pinheiro. Eles falam pouco”, escreveu. “Me parece que não está valendo a pena.”  Uma pessoa que acompanhou as conversas da OAS com a Lava Jato na época disse à Folha que, inicialmente, Léo Pinheiro descreveu o tríplex como um presente que oferecera a Lula sem pedir nada em troca. Segundo essa pessoa, a insatisfação dos procuradores o levou a mudar sua versão pelo menos duas vezes até chegar àquela adotada em 2017.
As mensagens analisadas pela Folha e pelo Intercept mostram que os relatos apresentados pela empreiteira sofreram várias alterações até que os procuradores
aceitassem assinar um termo de confidencialidade com os advogados, passo essencial para que as negociações avançassem. Mas os ajustes feitos pela OAS pareciam sempre insuficientes. “Na última reunião dissemos que eles precisariam melhor(ar) consideravelmente os anexos”, disse o procurador Roberson Pozzobon aos colegas em julho, quando se preparavam para um novo encontro com os representantes da empresa. “Os anexos que a OAS entregou hoje são muito semelhantes Àqueles que a carol enviou antes aqui”, escreveu a procuradora Jerusa Viecili no Telegram após a reunião. “Só há alguns anexos novos.”

Menino lançado em explosão de apartamento morre no hospital; prefeito emite nota



O menino de 11 anos foi lançado pela janela do sexto andar de um apartamento em Curitiba, depois de uma explosão manhã deste sábado (29) morreu nesta tarde no Hospital do Trabalhador. A criança teve uma parada cardiorrespiratória, foi socorrida por um médico que estava no local e levada de ambulância ao Hospital do Trabalhador.
A explosão provocou um incêndio, e outras três pessoas ficaram feridas - uma mulher, de 23 anos, e dois homens, de 27 e 30 anos. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Universitário Evangélico, duas delas em estado grave, segundo o Corpo de Bombeiros.
O prefeito Rafael Greca lamentou a morte do menino Mateus Henrique Lamb, e disse que aguarda o resultado das investigações para tomar medidas que ajudem a evitar casos como este. “Minhas profundas condolências aos familiares da criança”, afirmou o prefeito em nota no portal de Notícias da Prefeitura. “O município vai tomar todas as providências que estiverem ao seu alcance para evitar que tragédias como essa se repitam."

Maioria dos brasileiros acha que Sérgio Moro errou ao virar ministro da Justiça

Moro pede que empresários deem oportunidade de trabalho a presos

Levantamento do Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e esta coluna mostra que 52,1% dos eleitores consideraram “um erro” a ida do ex-juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. Moro desistiu da magistratura após ser convidado pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro para integrar a equipe do novo governo. São 40,7% aqueles que acreditam que Moro “acertou” na decisão de assumir o ministério. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Indagados sobre se o ex-juiz federal Sérgio Moro acertou ou errou em deixar sua carreira e virar ministro, 7,2% não souberam responder.
A taxa mais alta daqueles que consideram a mudança de carreira de Moro um erro está entre os jovens de 16 a 24 anos: 57,8%.

‘Mala’ da JBS/J&F revela que entregou R$ 3,8 milhões para Renan

‘Mala’ da JBS/J&F revela que entregou R$ 3,8 milhões para Renan

Um investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre compra do apoio do MDB à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, revelou em detalhes como teria participado da viabilização de supostas entregas de R$ 3,8 milhões em dinheiro vivo da J&F/JBS para o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL). As informações foram obtidas pela Polícia Federal em depoimento de Durval Rodrigues da Costa, tomado em Brasília (DF), em 21 de maio. E os investigadores pediram mais 60 dias para investigar emedebistas.
O depoente que foi assessor do governo de Minas e do ex-deputado federal Aracely de Paula (PR-MG) afirma ser amigo, há duas décadas, do delator Ricardo Saud, executivo do grupo J&F. E narrou que estaria prestando um “favor” ao amigo, quando foi apresentado a Renan ,em 2014, como sendo pessoa de confiança de Saud, após ter sido levado pelo executivo do Aeroporto de Brasília até a residência oficial do então presidente do Senado. No local, diz ter havido uma reunião reservada entre Renan e o empresário. E o senador teria ‘acatado a indicação’.
No depoimento, Costa narra um encontro em Recife (PE), sob orientação de Saud, com o publicitário condenado pela Lava Jato André Gustavo Vieira – que admitiu ter operado propinas para o ex-presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine. E afirma que o publicitário ‘revelou que seria necessária a realização de várias viagens para entrega de valor de entorno de R$ 4 milhões na cidade de Maceió ao Senador Renan Calheiros’. Tendo sido combinado que uma mala com R$ 600 mil seria sua primeira entrega na capital de Alagoas, antes de outras operações de repasses.

Aneel define bandeira amarela nas contas de energia de julho

Maio começa com bandeira tarifária da conta de luz mais cara

A bandeira tarifária utilizada como referência nas contas de luz do mês de julho será a amarela. O anúncio foi feito hoje (28) em comunicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a medida, as cobranças terão um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O adicional retorna às contas após a autoridade reguladora ter definido bandeira verde em junho, situação em que não é cobrado acréscimo nas contas. No comunicado, a Aneel justificou a bandeira amarela pelo fato de julho ser um mês “típico da seca nas principais bacias hidrográficas do país”.
“A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios. Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) em patamares condizentes com o da Bandeira Amarela”, justificou a agência.

CPI de Brumadinho vai confrontar diretores da Vale sobre rompimento de barragem

CPI de Brumadinho vai confrontar diretores da Vale sobre rompimento de barragem

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Barragem de Brumadinho (MG) realiza na próxima semana duas reuniões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para aprofundar as investigações sobre o rompimento da Barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão, da Vale, ocorrida em 25 de janeiro. Deputados esperam confrontar depoimentos de diretores e de funcionários da área operacional.
Na segunda-feira (1º), às 14h30, no Plenarinho IV, deputados recebem, na condição de testemunhas convocadas, Tércio Andrade Costa, operador do radar interferométrico da barragem, e Tales Bianchi, gerente de planejamento da Vale.
De acordo com informações da CPI, Tércio operava o radar de controle da barragem e vinha registrando medições consideradas anormais. Ele teria enviado e-mails sobre o assunto a outros funcionários e mantinha o registro das medições em um computador.
O equipamento, no entanto, foi confiscado por Tales Bianchi após o rompimento da barragem e encontrado depois, em sua casa, pela Polícia Federal.
Já na quinta-feira (4), a CPI recebe, na condição de investigados, Lúcio Cavalle e Silmar Silva, diretores da Vale. Eles coordenam gerências de geotecnia, sendo uma operacional e outra corporativa. As duas áreas, segundo a CPI, estão empurrado uma para a outra as responsabilidades pela tragédia. A reunião será às 9h30, no Plenarinho IV.
As audiências foram solicitadas pelos deputados Gustavo Valadares (PSDB), presidente da comissão; Sargento Rodrigues (PTB), vice-presidente; Noraldino Júnior (PSC) e André Quintão (PT). O requerimento para a reunião de quinta-feira foi assinado também pelo deputado Glaycon Franco (PV).
Todas as reuniões do Plenário e das comissões são transmitidas ao vivo pelo Portal da Assembleia. Para acompanhá-las, basta procurar pelo evento desejado na agenda do dia  e do dia 4.

Ministro determina que senador condenado se apresente todo mês ao STF

Ministro determina que senador condenado se apresente todo mês ao STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou hoje (28) que o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) compareça mensalmente ao tribunal para comprovar o cumprimento de sua condenação. Na mesma decisão, Moraes definiu que o Senado Federal informe a frequência do parlamentar nas sessões da Casa desde outubro do ano passado.
As decisões do ministro foram tomadas após a Justiça do Distrito Federal autorizar que Gurgacz viajasse para Aruba em julho. Além de suspender a autorização da viagem, Moraes também determinou que o senador entregue o passaporte. Ele ficaria hospedado no Renaissance Aruba Resort Hotel & Casino no período de 17 de julho a 3 de agosto de 2019.
Em 2018, o parlamentar foi condenado a quatro anos e seis meses por crime contra o sistema financeiro nacional. Ele foi considerado culpado de desviar recursos de um financiamento obtido junto ao Banco da Amazônia entre os anos de 2003 e 2004, quando era diretor da empresa de viação Eucatur. Atualmente, o senador cumpre pena em regime aberto e está em prisão domiciliar, podendo comparecer às sessões da Casa Legislativa.

sábado, 29 de junho de 2019

Incêndio atinge o HCor, em São Paulo

Reprodução/Diego Ramalho/Arquivo pessoal

Um incêndio atinge o andar superior do Hospital do Coração (HCor) em São Paulo. As chamas podem ser vistas à distância no final da tarde desta sexta (28).
De acordo com informações preliminares, as chamas atingiram o sistema de refrigeração dos hospital após começarem nas caldeiras.
Em janeiro, incêndio semelhante atingiu o Instituto do Coração (Incor), em janeiro, também em São Paulo.
Até o momento, de acordo com a Rede Globo, as chamas foram controladas por volta das 18h (Brasília) e não há vítimas. Os pacientes estão sendo transferidos.
O Corpo de Bombeiros agiu rapidamente com o envio de 18 viaturas que impediram que o incêndio tomasse maiores proporções.

Dodge solicita ao STF que Gleisi seja julgada pela 13ª Vara Federal

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envio de inquérito no qual são investigados a ex-senadora, presidente do PT e atual deputada, Gleisi Hoffmann (PR), e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, para a 13ª Vara Federal de Curitiba. Informação da Veja.
O pedido foi direcionado ao ministro Edson Fachin, para que o processo seja enviado a Luiz Antonio Bonat, juiz titular da vaga que era de Sérgio Moro. A denúncia por organização criminosa foi apresentada em 2017 e tramita no Supremo.
Apesar de ter foro privilegiado como deputada federal, Gleisi foi acusada por fatos ocorridos no período em que era senadora e, por isso, segundo a PGR, o caso não deve mais ficar no STF.

Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio



 O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando quase 20 anos de negociações.
Os dois blocos iniciaram a negociar em 2000, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.
Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após 39 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade. A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.

Senado aprova novo embaixador do Brasil no Paraguai



Incrementar a integração física entre Brasil e Paraguai terá um enorme impacto nas economias dos dois países, por isso vem sendo tratada como prioridade nas relações externas pelas duas gestões governamentais. Esta foi a tônica na sabatina do diplomata Flavio Damico, indicação aprovada nesta quinta-feira (27) pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CRE), para a chefia da embaixada brasileira no Paraguai.
Em relação à cooperação na infraestrutura, a integração física tem recebido impulsos de grande relevância. Já está acordado que o Brasil construirá uma nova ponte sobre o Rio Paraná, desafogando a Ponte da Amizade. Já o governo paraguaio vai financiar a ponte sobre o Rio Paraguai, ligando as cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Esta ponte vai ser muito importante para o corredor bioceânico e para as exportações de soja que produzimos no Centro-Oeste. É um projeto estratégico com enormes consequências positivas, porque encurtará a distância percorrida pelos produtores brasileiros no acesso aos portos do Pacífico — explicitou Damico.

Procuradores do MPF criticavam agenda política de Moro e temiam pelo futuro da Lava Jato caso juiz aceitasse convite de Bolsonaro



O jornal The Intercept divulgou na madrugada deste sábado (29 de junho) mais uma reportagem da série 'Vaza Jato', que tem revelado conversas que teriam sido mantidas por membros do Minitério Público Federal (MPF) e o juiz Sergio Fernando Moro, acerca da Operação Lava Jato. E na oitava reportagem, os jornalistas Glenn Greenwald, Rafael Moro Martins, Leandro Demori e Victor Pougy mostram que procuradores do MPF criticavam a agenda pessoal e política do hoje 'super-ministro' da Justiça e Segurança Pública, além de externarem preocupação quanto ao futuro da Lava Jato caso Moro aceitasse integrar o governo do então recém-eleito presidente da República Jair Bolsonaro.

Numa das conversas, uma integrante da Procuradoria da República nos municípios de Osasco e Barueri, que teria trabalhado no Paraná em 2008, critica a atuação de Moro, junto com outro colega. Ela escreve: "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados". A mensagem foi enviada uma hora antes do então juiz confirmar que aceitaria o convite de Bolsonaro para integrar o novo governo.
Na visão de procuradores, ao assumir o Ministério da Justiça (anteriormente, em pelo menos sete entrevistas ele havia negado que entraria para a política), Sergio Moro colocou em dúvida o legado e a legitimidade da Operação Lava Jato. Mesmo o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, e um dos mais experientes integrantes do grupo, Carlos Fernando dos Santos Lima, confessaram torcer para que Moro não se juntasse a Bolsonaro.
No dia 31 de outubro, um dia antes do anúncio de Moro, uma procuradora da força-tarefa em Curitiba escreveu num grupo do Telegram achar "péssimo" uma possível nomeação do então juiz federal. "Só dá ênfase às alegações de parcialidade e partidarismo". Outras integrantes da força-tarefa concordaram, acrescentando que a medida poderia "queimar a Lava Jato" e o próprio juiz. "É o fim ir se encontrar com Bolsonaro e semana que vem ir interrogar o Lula."
Um dos procuradores da operação ainda enfatiza que a postura de Moro era "incompatível com a de um juiz". "Ministro do STF é um cargo no Judiciário, que seria o reconhecimento máximo na carreira. Como ministro da Justiça vai ter que explicar todos os arroubos do presidente, vai ter que engolir muito sapo e ainda vai ser profundamente criticado por isso. Veja que um dos fundamentos do pedido feito ao comitê da ONU para anular o processo do Lula é justamente o de falta de parcialidade do juiz. E logo após as eleições ele é convidado para ser ministro. Se aceitar, vai confirmar para muitos a teoria da conspiração. Vai ser um prato cheio. As vezes, o convite, ainda que possa reepresentar o reconhecimento (merecido), vai significar para muita gente boa e imparcial, que nos apoia, sem falar da imprensa e o PT, uma virada de mesa, de postura, incompatível com a de Juiz."
No dia seguinte, a medida que os boatos da nomeação ganharam força, outros membros do MPF não envolvidos diretamente com a Operação Lava Jato passaram a criticar o futuro 'super-ministro' de Bolsonaro. Dois deles, membros do MPF no interior de São Paulo, comentam já terem atuado no Paraná e conhecerem o trabalho do juiz Sergio Moro. Acusam que ele faria 'tabelinhas', inocentando alguns e condenando outros tantos para criar uma percepção de imparcialidade.
Depois da nomeação, um dos membros do grupo no Telegram chega a afirmar que "o PT deve estar em festa agora, para justificar todo o discurso deles". Um procurador da República do Distrito Federal ainda complementa argumentando que "fica claro que ele (Moro) tinha Lula como troféu". 
A declaração mais forte, porém, teria sido dada por uma procuradora, que acusou ainda moro de fazer "escadinha" política com a Lava Jato. "Moro ajudou a derrubar a esquerda, sua esposa fez propaganda para Bolsonaro e ele agora assume um cargo político. Não podemos olhar isso e achar natural."
Num outro grupo, membros da Lava Jato no Rio de Janeiro reclamam da decisão do juiz, avaliada como 'inoportuna'. Um dos procuradores, inclusive, analisa que seria difícil, a partir da assunção de Moro ao Ministério da Justiça, afastar a imagem de que a Lava Jato integou o governo Bolsonaro. "Vejo, por esse motivo, com muita preocupação esse passo do Moro"
As preocupações de membros do MPF acerca da relação da Lava Jato com a candidatura de Bolsonaro, contudo, eram antigas. A três dias do segundo turno das eleições, em 25 de outubro, um procurador da Procuradoria Regional da República da 4ª Região teria escrito: "Ele (Moro) se perdeu e pode levar a Lava Jato junto."

'Pena que não foi na Indonésia', diz Bolsonaro sobre prisão de sargento com cocaína

Bolsonaro: presidente disse ainda que Rodrigues "traiu a confiança" da comitiva

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse ser "uma pena" que a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, 38, que carregava 39 kg de cocaína, tenha sido na Espanha e não na Indonésia, onde os condenados por tráfico de drogas são executados.
"Uma pena que não foi na Indonésia, eu acho que ele ia ter o destino do Archer", disse Bolsonaro, numa referência ao brasileiro Marco Archer, executado no país asiático em 2015, após ter sido condenado à morte por tráfico de drogas.
O sargento foi preso em Sevilha, na quarta-feira (26). Ele fazia parte de uma tripulação que ficaria na cidade espanhola para esperar Bolsonaro voltar do Japão.
O presidente disse ainda que Rodrigues "traiu a confiança" da comitiva por levar drogas em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Durante encontro do G20, em Osaka, Bolsonaro disse que está se mantendo informado sobre o caso. Ele afirmou ter pedido que a aeronáutica levante dados sobre a vida do sargento para averiguar sinais de enriquecimento.
Na sexta-feira (28), ele disse que essa não deve ter sido a primeira vez que o militar transportou drogas em um avião da FAB.
O episódio submeteu o governo a constrangimento internacional, provocou desconforto no Planalto e pôs em dúvida o aparato de segurança de viagens do presidente.
Prisão durante escala Rodrigues foi detido durante uma escala do avião. Após a prisão, a escala da aeronave de Bolsonaro, programada para a cidade espanhola, foi transferida para Lisboa na quarta (25). Em mensagem em rede social, o presidente disse ser "inaceitável" o comportamento do militar.
A detenção do sargento se deu após ele deixar o avião, quando passava pelo controle aduaneiro do aeroporto, segundo a imprensa espanhola.
O jornal El País afirmou que Rodrigues levava um porta-terno e uma mala pequena com 37 pacotes sem camuflagem. Cada um continha pouco mais de 1 kg da droga. 
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla, na Espanha, por transportar cocaína. Reprodução Rede Social O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso em Sevilla, na Espanha, por transportar cocaína.     
Ele responderá por crime contra a saúde pública, tipo penal que engloba os casos de narcotráfico na Espanha. As autoridades do país apuram agora o destino da droga. Suspeita-se que o sargento faria a entrega para uma máfia dentro do país. 
O vice-presidente Hamilton Mourão, que exerce interinamente as funções de Bolsonaro, chamou o sargento de "mula qualificada". Segundo ele, o militar era taifeiro (prestador de serviços de copa) e atuaria no avião com Bolsonaro no trecho de retorno entre Sevilha e o Brasil, previsto para o fim de semana, após a cúpula. 
"A legislação vai cumprir o seu papel. Esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada", declarou. 
Um inquérito policial militar foi aberto para apurar o episódio. Segundo relatos de integrantes do governo, raramente a tripulação de suporte é submetida a revista policial ou a detectores de metais antes do embarque no Brasil.
A cúpula militar aventa que o sargento teria sido pago para levar a droga à Espanha para uma facção criminosa. Sevilha é porta conhecida para a entrada de droga na Europa.

Juiz refaz decisão e quebra sigilo de mais 8 no caso Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro

 O juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, autorizou as quebras de sigilos bancário e fiscal de mais oito pessoas apontadas pelo Ministério Público como ex-funcionários do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
O magistrado aproveitou a nova decisão, proferida no dia 14 de junho, para aprofundar sua fundamentação para as quebras dos sigilos de 86 pessoas e nove empresas autorizadas em abril.
As defesas dos investigados pediram a suspensão da medida apontando que o juiz Itabaiana não expôs seus argumentos ao deferir o pedido da Promotoria do Rio.
A nova decisão, apurada pela reportagem, é mantida sob segredo de Justiça. Ela atendeu a pedido do Ministério Público, que apontou mais oito pessoas ligadas a Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, identificadas após nova pesquisa.
Fazem parte do rol de novos investigados ocupantes de cargos comissionados nomeados no gabinete, em comissões e órgãos da Casa vinculados hierarquicamente ao então deputado estadual. Os nomes são mantidos sob sigilo.
A investigação foi aberta após relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor Fabrício Queiroz de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Também chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo. As transações ocorriam em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia, onde Flávio exerceu o mandato de deputado por 16 anos (2003-2018) até ser eleito senador.
Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. E que usou o dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem o conhecimento do então deputado.
O posicionamento da defesa de Queiroz é uma das bases para o pedido de quebra de sigilo de todos os funcionários de Flávio que passaram pelo gabinete nesse período.
A Promotoria diz haver indícios de prática de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio na Assembleia.
A primeira decisão de Itabaiana foi atacada por advogados do caso por não ter apresentado os fundamentos da decisão. A justificativa do magistrado em abril toma um parágrafo do documento, adotando as razões expostas pelo Ministério Público em 87 páginas.
Ao deferir a quebra dos oito novos alvos, Itabaiana agora se estendeu para justificar a decisão anterior. Ele fez relatório sobre os dados do Ministério Público e disse que o "afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos ocupantes de cargos comissionados mencionados é imprescindível para o prosseguimento das investigações, pois somente seguindo o caminho do dinheiro é possível apurar os fatos".
Itabaiana cita decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para fundamentar o argumento. Mas mantém a posição de que sua primeira decisão é legal. Menciona julgamento do STF em que aceita a adoção dos argumentos da Promotoria como razões para decidir.
Ele faz referência à decisão do desembargador Antônio Amado, da 3ª Câmara Criminal, que negou liminar da defesa de Queiroz apontando a falta de fundamentação. O magistrado da segunda instância considerou que o juiz fez "expressa referência" à documentação do Ministério Público".
O mérito do habeas corpus de Queiroz será julgado pela 3ª Câmara Criminal, assim como o de Flávio, que também teve liminar negada por Amado.
Mas o desembargador deferiu liminar para suspender as quebras de sigilos da MCA Exportação e Participações e seus dois sócios --Marcelo Cattaneo Adorno e Délio Thompson de Carvalho Filho.
A empresa adquiriu de Flávio Bolsonaro 12 salas comerciais em construção 45 dias depois do senador ter firmado escritura para obter os direitos sobre sete desses imóveis --o filho do presidente Jair Bolsonaro lucrou R$ 504 mil, diz o Ministério Público.
A MCA tem como um dos sócios a Listel, empresa com sede no Panamá. As condições das transações e o envolvimento de offshore dão indícios, para o Ministério Público, de lavagem de dinheiro.
Paulo Klein, defensor de Queiroz, disse em nota que não foi sua manifestação de defesa que deu embasamento ao pedido de quebra de sigilo de pessoas que não têm relação com os fatos investigados.

Pesquisa Ibope mostra aumento da insatisfação com governo Bolsonaro



Pesquisa Ibope divulgada na tarde desta quinta-feira, 27, revela que a insatisfação do eleitorado com o governo de Jair Bolsonaro (PSL) aumentou entre abril e junho e é a pior desde o início de seu mandato. O percentual de pessoas que avaliam o governo como “ruim/péssimo’ subiu de 27% em abril para 32% em junho – a variação ficou acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Informações da Veja.
De acordo com o Ibope, o percentual de pessoas que avaliam o governo como “ótimo/bom” caiu de 35% em abril para 32% em junho e como regular, aumentou de 31% para 32% – as duas variações ocorreram dentro da margem de erro.
Já o número de pessoas que não confiam no presidente também cresceu de 45% para 51% no mesmo período, enquanto as pessoas que desaprovam a maneira de governar de Bolsonaro subiu de 40% para 48%.
O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ouviu 2.000 pessoas em 126 municípios entre os dias 20 e 23 de junho.
Veja os números da última pesquisa:
Avaliação do governo Jair Bolsonaro
Ótimo/Bom: 32%
Regular: 32%
Ruim/Péssimo: 32%
Não sabe/Não respondeu: 3%
Aprovação da maneira de governar
Aprova: 46%
Desaprova: 48%
Não sabe/Não respondeu: 5%
Confiança no presidente Jair Bolsonaro
Confia: 46%
Não confia: 51%
Não sabe/Não respondeu: 3%

Dez pessoas são presas em Guaíra em operação de combate ao contrabando



A Polícia Federal (PF) prendeu dez pessoas em Guaíra, no oeste do Paraná, em uma operação contra uma organização criminosa suspeita de contrabando. A ação, batizada de Integrum, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (27).
Ao todo, são 11 mandados de prisão preventiva, que é por tempo indeterminado. Havia também oito mandados de busca e apreensão. Todos foram cumpridos, com a apreensão de armas e dinheiro..

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Começa reunião de Cúpula do G20 em Osaka, no Japão

Começa reunião de Cúpula do G20 em Osaka, no Japão

Líderes mundiais iniciaram discussões na reunião de cúpula do Grupo dos Vinte em Osaka. O encontro de dois dias acontece em um momento de crescentes tensões globais, como a guerra comercial, que está sendo travada entre os Estados Unidos e a China, e o atrito entre Washington e Teerã.
Inicialmente, as autoridades discutiram comércio e economia global.
No início da primeira sessão, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou: “Economia livre e aberta é a base da paz e prosperidade. Temores e descontentamento em relação a rápidas mudanças, provocadas pela globalização, às vezes gera tentação de adotar protecionismo e graves conflitos entre nações. Contudo, a adoção recíproca de medidas comerciais restritivas não beneficiam país algum.”
A cúpula teve início oficialmente na manhã desta sexta (28), com uma cerimônia de abertura presidida por Abe. A meta da reunião é superar opiniões divergentes e obter consenso sobre uma ampla gama de questões urgentes.
As discussões devem dar enfoque ao comércio. Um dos momentos mais esperados é o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping, no sábado.
Tensões entre os Estados Unidos e o Irã também serão um tema polêmico. A situação vem piorando desde que dois navios petroleiros foram atacados, neste mês, nas proximidades de uma das principais rotas de transporte de petróleo do Oriente Médio. O governo americano culpa Teerã pelo incidente, mas o Irã vem negando as acusações. (ABr)

Nos pênaltis, Brasil vence o Paraguai e está na semifinal da Copa América

Firmino enfrenta o Paraguai: único brasileiro a errar uma cobrança de pênalti

O Brasil está na semifinal da Copa América 2019. A vaga foi garantida nessa quinta-feira (dia 27) à noite, com a vitória nos pênaltis por 4 a 3 sobre o Paraguai, pelas quartas de final, na partida disputada na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. No tempo normal, houve empate em 0 a 0. Agora, o time do técnico Tite vai enfrentar o vencedor do duelo entre Argentina e Venezuela, marcado para essa sexta-feira (dia 28) às 16 horas. A semifinal com o Brasil ocorre na terça-feira (dia 2) às 21h30, no Mineirão.
Esse foi o 39º jogo de Tite no comando da seleção, agora com 30 vitórias, 7 empates e 2 derrotas.
Nas cobranças, converteram para o Brasil: Willian, Marquinhos, Coutinho e Gabriel Jesus. O único a errar foi Firmino (chutou para fora). Para o Paraguai, erraram Alisson Gomez (Alisson defendeu) e Derlis González (para fora). E acertaram Almirón, Valdez e Rodrigo Rojas.
FASE
O Paraguai vive má fase em 2019. Só venceu um jogo (amistoso contra Guatemala). Nos demais, sofreu três derrotas (Colômbia, México e Peru) e somou três empates (Argentina, Qatar e Honduras).
ALGOZ
O Paraguai eliminou o Brasil das edições de 2011 e 2015 da Copa América, em decisões nos pênaltis nas duas ocasiões. Em 2016, a seleção brasileira caiu na primeira fase, após derrota para o Peru.
No total da história, o Brasil enfrentou 74 vezes o Paraguai, vencendo 46, empatando 18 e perdendo 10. A última derrota para esse adversário em solo brasileiro foi em 2002 – 1 a 0, em amistoso em Fortaleza.

Conselho do MP arquiva pedido de sindicância contra procuradores da Lava Jato

O procurador Deltan Dallagnol

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) arquivou, nesta quinta-feira (27), representação recebida no órgão para instaurar sindicância contra os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato em razão de reportagens com supostos diálogos dos membros do MP com o então Juiz Federal Sérgio Moro.
Segundo a decisão do Corregedor Nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, a veracidade dos elementos de prova não pode ser comprovada, além de não ser possível verificar adulterações.
Moreira também entende que não elementos que justifiquem a abertura de reclamação disciplinar contra os procuradores “considerando a ausência de qualquer elemento que indique materialidade de ilícito disciplinar imputado”.

Dinheiro desperdiçado no governo é absurdo, diz ex-ministro



O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, criticou nesta quinta-feira, 27, durante evento em São Paulo o desperdício de recursos públicos no Executivo Federal.

"Nestes meus seis meses de governo, o que vi de dinheiro desperdiçado e dinheiro jogado no ralo é impressionante", afirmou Santos Cruz durante o 14º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), sem entrar em detalhes sobre quais setores do governo fazem este desperdício.

Santos Cruz foi demitido em 13 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele disse não saber os motivos que levaram ele a sair do governo, mas afirmou ver como normal trocas em ministérios e empresas estatais.

"Como diz o Reginaldo (Rossi), meu caso é mais um que é banal", disse, arrancando risos da plateia de jornalistas. "Eu não vou criticar a forma para não ser antiético. Eu acho absolutamente normal, eu não sei os motivos, eu não perguntei."

Santos Cruz evitou ainda criticar a ala ideológica do governo. "Teria de baixar muito o nível do palavreado ao falar destas pessoas", disse. Ele negou, no entanto, que tenha no governo uma ala militar. "A sociedade tem esta impressão, mas é só uma impressão."

Ministro zomba com cocaína de avião e compara drogas a Lula

Ministro da Educação, Abraham Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se tornou o assunto mais comentado no Twitter do Brasil nesta manhã de quinta-feira ao postar, em seu perfil na rede social, que "no passado, o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?".
O comentário foi feito em referência aos 39 kg de cocaína encontrados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Osaka, no Japão. O comentário rapidamente mobilizou parte do debate nesta manhã, lançando a expressão "ministro da Educação" ao primeiro lugar nos Trending Topics do país no Twitter.

Até o momento, os internautas não receberam com simpatia o post do ministro. Entre as várias reações à publicação, os usuários da rede social classificaram como "imaturo", "infeliz", "inacreditável", "imoral" e "incompatível com o cargo de ministro".

Projeção para saldo negativo das contas externas cai para US$ 19,3 bilhões



O Banco Central (BC) melhorou a projeção para o saldo negativo das contas externas, neste ano. A previsão para o déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações) passou de US$ 30,8 bilhões para US$ 19,3 bilhões.
A estimativa para 2019 corresponde a 1% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (27).
Segundo o BC, a revisão ocorreu devido às perspectivas de desaceleração do crescimento da economia global e a redução na projeção do PIB, de 2%, previstos em março, para os atuais 0,8%. “A alteração incorpora modificações pontuais na composição do déficit, com expectativa de aumento do superávit comercial, e de reduções nas despesas líquidas de renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários] e serviços”, acrescenta o BC.
O BC revisou de US$ 40 bilhões para US$ 46 bilhões a estimativa para o superávit comercial neste ano. O déficit da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros) está projetado em US$ 31,4 bilhões – US$ 5 bilhões abaixo do previsto no Relatório de Inflação anterior, de março.
Segundo o BC, os pagamentos líquidos de juros estão projetados em US$ 19,4 bilhões, acima da projeção anterior, de US$ 17 bilhões. A projeção para as remessas líquidas de lucros e dividendos foi reduzida de US$ 20,5 bilhões para US$ 17,5 bilhões, “reflexo da menor perspectiva de crescimento econômico e de taxa de câmbio média mais desvalorizada em relação ao ano anterior”. Já os ingressos líquidos da conta secundária foram mantidos em US$ 2,7 bilhões.

"Temos que encerrar o ciclo de falsos heróis", Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes durante sessão do STF
22/03/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino

Defensor do projeto aprovado ontem pelo Senado que pune autoridades que cometerem abuso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes avalia que esse é apenas o ponto de partida para uma reforma na legislação e a correção de rumos contra exageros cometidos por juízes, promotores e policiais.

Entre as questões que precisam ser revisitadas, na opinião do ministro, estão a lei das delações premiadas e as ações sobre prisão após segunda instância. "A experiência indica que a gente não pode fugir dos temas problemáticos", afirma.

Em entrevista ao Estado, o ministro rebate a força-tarefa da Operação Lava Jato que enxerga na lei de abuso uma forma de amedrontar juízes e investigadores. Gilmar diz acreditar que o projeto pode evitar o surgimento de "falsos heróis", que cometem excesso "em nome supostamente" de um combate à criminalidade. "O cemitério está cheio desses falsos heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e acreditam nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo", diz.

Gilmar recebeu o Estado em seu gabinete um dia após defender liberdade provisória para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o julgamento do pedido de suspeição do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Os defensores da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem que o sr. tentou dar um golpe ao propor liberdade provisória até a conclusão do julgamento da suspeição do juiz Sérgio Moro. O que ocorreu?

Como está todo mundo operando sobre conjecturas, cria uma lenda urbana. É algo técnico - temos um réu preso, há mais de 400 dias, que está pedindo um habeas corpus. Na minha perspectiva, entendi que havia plausibilidade jurídica. É algo muito singelo.

O sr. disse que não devolveria o processo contra Moro para julgamento porque ele era o 12º item da pauta. A presidente da 2ª Turma, ministra Cármen Lúcia, por outro lado, disse que habeas corpus tem prioridade.

É claro que quando se coloca um processo em primeiro lugar na pauta, já é uma escolha. Mas essa discussão está superada.

O julgamento da suspeição de Moro abre brecha pra acabar com a Lava Jato?

Acho que não. O que ameaça qualquer operação policial é o serviço mal feito. Qualquer operação que é mal inspirada ou sem base jurídica acaba sendo uma ameaça. Por isso que se recomenda modéstia, cautela, cuidado.

Quando o sr. acha que já dá para concluir o julgamento?

O pedido de vista é importante para que tenhamos uma clareza em relação a tudo que ocorreu. Uma parte nós já sabemos, outra não. É importante que se saiba para fins jurídicos e históricos. Não houve aqui nenhum cálculo de retardar. Considero que hoje a matéria existente já é suficiente para fazer uma análise do tema, independentemente do que consta aí nessas publicações do Intercept (The Intercept Brasil). Meu voto já está pronto.

PF prende assessores de ministro do Turismo em caso dos laranjas do PSL



 A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (27) em Brasília e em Minas Gerais operação contra um assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em razão de investigação sobre candidaturas de laranjas do PSL na eleição de 2018. Dois já foram presos.
A ação da PF é decorrência da apuração sobre caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo em fevereiro. Há mandados em andamento de prisão e busca e apreensão, autorizados pela Justiça de Minas Gerais.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem dito que a situação do ministro do Turismo causa desgaste para o governo e que esperaria a conclusão da apuração da PF para decidir o destino de Álvaro Antônio. O presidente está em viagem ao Japão e ainda não se manifestou sobre as prisões.
O caso das laranjas do PSL, partido do presidente Bolsonaro, é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público em Minas e em Pernambuco e levou à queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido nacionalmente em 2018.
No início da manhã desta quinta-feira, em Brasília, policiais prenderam Mateus Von Rondon Martins. Ele é assessor especial no Ministério do Turismo, um dos mais próximos aliados de Álvaro Antonio. É seu braço-direito na pasta do governo de Jair Bolsonaro. 
Outro preso é Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho Soares, que foi o coordenador da campanha de Álvaro Antônio no Vale do Aço, em Minas, e figurou como assessor de seu gabinete na Câmara dos Deputados em períodos compreendidos de 2015 a 2018.
Como mostraram as reportagens da Folha de S.Paulo, na eleição do ano passado, Álvaro Antônio, reeleito sendo o deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas de fachada no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.
Após indicação do PSL de Minas, presidido à época pelo próprio Álvaro Antônio, o comando nacional do partido do presidente Jair Bolsonaro repassou R$ 279 mil a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
Apesar de figurar entre os 20 candidatos do PSL no país que mais receberam dinheiro público, essas quatro mulheres tiveram desempenho insignificante. Juntas, receberam pouco mais de 2.000 votos, em um indicativo de candidaturas de fachada, em que há simulação de alguns atos reais de campanha, mas não empenho efetivo na busca de votos.
Dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.
A Polícia Federal vê elementos de participação de Álvaro Antônio na fraude e apreendeu documentos em endereços ligados ao PSL-MG. Segundo os investigadores, foram encontrados indícios concretos de que houve irregularidade na prestação de contas das campanhas.  
Essa é a segunda operação da PF relacionada ao caso. 
A primeira, batizada de Sufrágio Ostentação, ocorreu em abril e teve como alvo empresas contratadas pelas candidatas suspeitas, principalmente gráficas.
Uma empresa ligada a Von Rondon é investigada como o principal elo entre o ministro e o esquema de candidaturas de laranjas do PSL no estado.
Aberta em 2013, uma empresa de serviços de internet e marketing direto teve Álvaro Antônio como principal cliente até 2018 por meio de verba da Câmara dos Deputados.
Mateus Von Rondon, dono da empresa, virou assessor especial do ministro do Turismo em 23 de janeiro de 2019, dois dias depois de ter encerrado as atividades do negócio na Receita Federal.
A mesma empresa aparece na prestação eleitoral de contas de quatro candidatas a deputada estadual e federal usadas como laranjas pelo PSL de Minas, partido comandado à época por Marcelo Álvaro Antônio, então deputado e candidato à reeleição.
Desde o começo das revelações sobre o caso, o ministro tem negado irregularidades.

Projeto permite concessão de porte de armas de fogo para novas categorias

Homicídios de mulheres cresceram acima da média nacional em 2017

O Projeto de Lei 3723/19 permite a concessão de porte de armas de fogo para novas categorias, além das previstas no Estatuto do Desarmamento, por decreto presidencial. De autoria do Executivo, o texto tramita na Câmara dos Deputados e substitui decreto revogado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente, o porte só é permitido para as categorias descritas no Estatuto do Desarmamento, como militares das Forças Armadas, policiais e guardas prisionais. O porte de armas é a autorização para que o indivíduo ande armado fora de sua casa ou local de trabalho. Difere da posse, que só permite manter a arma dentro de casa ou no trabalho.
O projeto também garante o porte para caçadores e colecionadores registrados junto ao Comando do Exército. O governo alega que a mudança visa adequar a legislação “às necessidades e ao direito dos cidadãos que pretendem e estejam habilitados a possuir ou portar arma de fogo para garantir a sua legítima defesa, de seus familiares, de sua propriedade e de terceiros”.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Brasil duela com o Paraguai para ir à semifinal da Copa América hoje as 21,30



A Seleção Brasileira abre as quartas de final da Copa América nesta quinta-feira às 21h30 (de Brasília) enfrentando o Paraguai na Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS). Lidar com o favoritismo vai ser um dos principais desafios dos canarinhos neste duelo.

O Brasil avançou para esta etapa ganhando o Grupo A com tranquilidade, somando sete pontos e goleando o Peru por 5 a 0 no fim de semana. Já os paraguaios sofreram para avançarem como um dos melhores terceiros colocados. Sequer ganharam um único jogo e no último perderam por 1 a 0 para a Colômbia.

Tite, treinador da Seleção Brasileira, trabalhou o aspecto psicológico dos jogadores no sentido de eles entenderem que as dificuldades encontradas pelo Paraguai até aqui não representam facilidades para o Brasil. O discurso foi bem assimilado.

“Vamos enfrentar um adversário que eliminou a nossa seleção por duas vezes recentemente e que por isso merece respeito. É um time muito sólido na defesa e que fecha bem os espaços. Vamos precisar tomar muito cuidado”, disse o atacante Everton

Juiz da Lava Jato determina sequestro de R$ 78 milhões de Lula

ARCHIVO - En esta fotografía de archivo del 7 de abril de 2018, el expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva observa antes de hablar a sus partidarios afuera de la sede de la Unión de Trabajadores del Metal en Sao Bernardo do Campo, Brasil. (AP Foto/Andre Penner, Archivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sequestrado R$ 77,9 milhões em bens pelo juiz federal Luiz Antônio Bonat, da 13.ª Vara Federal de Curitiba (PR), no âmbito da operação Lava Jato.
A decisão, proferida no dia 18 de junho, foi tomada com base em um pedido do MPF (Ministério Público Federal) em processo que envolve a compra de um terreno para nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo.
Bonat argumenta que um pedido do MPF para sequestro de bens de Lula tinha sido negado, em agosto de 2018, pelo então juiz federal Sérgio Moro, considerando que os bens do ex-presidente já tinham sido bloqueados na ação do triplex em Guarujá (SP).
O valor de reparação de danos na sentença do triplex tinha sido estabelecido em R$ 16 milhões, mas foi reduzido para cerca de R$ 2,4 milhões pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), em recurso apresentado pela defesa de Lula.
Com a redução, parte dos bens bloqueados no caso do triplex poderá ser liberada e, por isso, o juiz considerou oportuno rever a decisão e examinar os pedidos do MPF.
O juiz explicou que o bloqueio tem como objetivo a reparação mínima de danos, calculados em R$ 75,4 milhões, o equivalente ao total da porcentagem de propina supostamente oferecida pela Odebrecht em razão de oito contratos com a Petrobras, segundo a acusação.
O juiz também considerou uma pena de multa em R$ 3 milhões, valor que, segundo ele, poderá ser revisado quando a sentença do caso por publicada. O MPF tinha determinado essa multa em R$ 13 milhões, mas foi revisada pelo magistrado.
Desse modo, o valor calculado chega a R$ 78,4 milhões. Uma vez que o apartamento em São Bernardo do Campo já teve sequestro decretado, o juiz determinou o desconto de R$ 504 mil, restando o saldo de R$ 77,9 milhões.