sexta-feira, 30 de abril de 2021

Prefeita de Querência do Norte morre por complicações da Covid-19

 


A prefeita de Querência do Norte, no noroeste do Paraná, Rozinei Aparecida Rigotto Oliveira (PSD), conhecida por Dra. Rose, morreu, aos 57 anos, por complicações da Covid-19 nesta sexta (30). Segundo a prefeitura, a causa da morte foi uma embolia pulmonar provocada pelo novo coronavírus.

Ela começou a ter sintomas no dia 10 de abril, mas o resultado do exame só foi divulgado no dia 17. No dia 12 de abril, quando fez a postagem, Rozinei disse que estava com 30% do pulmão comprometido. Ela continuou em casa, o quadro de saúde piorou, foi transferida para o hospital Bom Samaritano de Maringá e no dia 21 de abril foi transferida para UTI e intubada.

O velório está marcado para as 20 horas desta sexta (30) na quadra do Colégio Estadual Humberto Campos. O corpo será sepultado no sábado (1), às 10 horas, no Cemit´rio Municipal de Querência do Norte.

O marido dela também positivou para a Covid-19, e, segundo a prefeitura, ele está bem. O vice-prefeito Alex Fernandes, do PL, decretou luto oficial por dez dias. Ele deve assumir o cargo nos próximos dias.

Funcionários de hospital de Londrina morrem por covid-19 após recusarem vacina.

 


O Hospital da Zona Sul de Londrina, no norte do Paraná, informou que registrou a morte por Covid-19 de dois profissionais da unidade, ambos de 34 anos, que se recusaram a tomar a vacina contra a doença. Segundo a direção do hospital, o número de profissionais que oficializaram a recusa pela imunização chegou a 31, mas após um trabalho de convencimento das equipes, diminuiu para 10. 

Os trabalhadores que atuam na área da saúde têm direito e recebem recomendação de que todos sejam imunizados, mas, se não quiserem, precisam assinar um termo para declarar oficialmente a decisão De acordo com a 17ª Regional de Saúde, entre os principais motivos da recusa dos trabalhadores, está o medo de reações graves.

“FORÇA TOTAL”: Nova York será 100% reaberta em 1º de julho, diz prefeito

 


A cidade de Nova York será 100% reaberta a partir de julho, disse o prefeito Bill de Blasio nesta quinta-feira. “Nosso plano é reabrir totalmente em 1º de julho. Estamos prontos para as lojas reabrirem, as empresas, os escritórios, os cinemas, força total”, revelou ele em entrevista à emissora MSNBC.

Caso os planos se confirmem, esta será a primeira vez que a cidade voltará a funcionar normalmente desde março de 2020. Restaurantes, academias e ginásios esportivos, por exemplo, poderão funcionar com capacidade máxima. Teatros menores já poderão abrir durante o verão e a Broadway marcou seu retorno para setembro.

“Este será o verão da cidade de Nova York”, afirmou De Blasio. “O que estamos vendo é que números extraordinários de vacinação.”

Segundo dados do governo estadual, 45% da população de Nova York já recebeu pelo menos uma dose das vacinas contra a covid-19. Na cidade de Nova York, 36% dos adultos já foram totalmente vacinados. Desde o início de abril, a campanha foi ampliada para permitir que todos os maiores de 16 anos possam se vacinar.

O anúncio de De Blasio ocorre depois de o governador de Nova York, Andrew Cuomo, ter flexibilizado as restrições sobre os bares do Estado. A partir do próximo dia 3, clientes poderão se sentar e beber em áreas internas.

Cuomo também informou que o toque de recolher sobre bares e restaurantes, que obriga os estabelecimentos a deixarem de servir às 0h, será suspenso de forma gradual. A partir do próximo dia 17, não haverá mais limite de horário em áreas abertas. Para espaços fechados, a restrição deixará de valer em 31 de maio.

Valor

Homem morre após ser atacado por 60 mil abelhas

 


Thomas Hicks, de 70 anos, morreu após sofrer um violento ataque de abelhas enquanto cortava a grama do quintal de sua casa na cidadezinha de Breckenridge, no Texas. De acordo com a equipe de resgate, as milhares de picadas que o homem sofreu causaram um ataque cardíaco e ele foi declarado morto ainda no local.

A esposa de Kicks, Zoni, também foi atacada, mas resgatada a tempo pelo Corpo de Bombeiros local e encaminhada a um hospital, onde segue em recuperação. Os próprios oficiais da equipe de resgate relataram à mídia local que foram surpreendidos pelo violento ataque das abelhas na propriedade, e precisaram agir com rapidez e cautela.

Zoni contou que sabia da existência das abelhas e, antes de sair para fazer compras, alertou o marido para que não chegasse perto da área onde a colmeia estava localizada, e ele teria prometido que não iria até lá. Entretanto, ao voltar para casa, Zoni testemunhou o marido sendo atacado, gritando e correndo, com o corpo completamente coberto pelas abelhas.

Depois da retirada do corpo de Thomas do local e do encaminhamento de Zoni para um hospital da região, o especialista em abelhas Joey Venekamp foi chamado para fazer uma perícia no local. Ele descobriu uma enorme colmeia alojada em uma árvore que, segundo seus cálculos, tinha aproximadamente três anos e abrigava pelo menos 60 mil abelhas.

Fiocruz entrega 6,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca nesta sexta, a maior até agora

 


A Fiocruz entrega nesta sexta-feira cerca de 6,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 produzidas em Bio-Manguinhos. É a maior entrega deste imunizante já feita pela fundação.

Com a nova remessa, a Fiocruz chegará a 19,7 milhões de doses entregues no mês de abril, superando em quase um milhão a previsão para o mês, que era de 18,8 milhões. O maior fornecimento feito até agora foi o da semana passada, de 5,2 milhões.

Ficou acordado entre a fundação e o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que as entregas semanais de vacinas serão feitas sempre às sextas-feiras.

Para maio, a previsão é fornecer 21,5 milhões de doses. Com a chegada, no sábado passado, de novo lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) vindo da China, a fundação tem garantida sua produção até meados de junho.

Para junho, estão previstas 34,2 milhões de doses, mas o montante ainda depende de novas remessas de IFA provenientes da China. Em julho, estão programados 22 milhões. Caso tudo ocorra dentro do esperado, a Fiocruz vai cumprir o contrato de entrega de 100 milhões de doses até julho, com mais 4 milhões comprados prontos no começo do ano da Índia.

Até o momento, foram disponibilizados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, 20 milhões de doses da vacina Covid-19, sendo 4 milhões importadas e 16 milhões produzidas em suas instalações. Somando as 6,5 milhões de doses desta sexta-feira, serão 26,5 milhões.

O Globo

MPF identifica quebra de contrato da Covaxin e suspeita de favorecimento da gestão Pazuello a empresa

 


O MPF (Ministério Público Federal) identificou um descumprimento do contrato assinado para o fornecimento da vacina indiana Covaxin e investiga suspeita de favorecimento do Ministério da Saúde à empresa responsável, a Precisa Medicamentos, em razão de cláusulas tidas como benevolentes. O contrato para a entrega de 20 milhões de doses tem o valor de R$ 1,61 bilhão. Foi negociado na gestão do general da ativa Eduardo Pazuello e assinado em 25 de fevereiro.

Três dias antes, em 22 de fevereiro, o ministério já havia autorizado o pagamento à farmacêutica. A nota de empenho, que é a autorização para os depósitos, contempla a íntegra do valor. O pagamento ainda não ocorreu. Pazuello foi demitido do cargo de ministro da Saúde em 15 de março. É, hoje, um dos principais alvos da CPI da Covid, recém-instalada no Senado.

O contrato assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos —que representa a Bharat Biotech Limited International— estabeleceu um cronograma de entrega que deveria ser cumprido “após a assinatura”. Para 16 milhões de doses, esse prazo já se esgotou. Para os 4 milhões restantes, esgota-se no próximo dia 6, conforme cláusula prevista em contrato.

A Covaxin ainda não tem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No último dia 31, a agência negou pedido do Ministério da Saúde para autorização excepcional de importação e distribuição da vacina. Faltam dados técnicos básicos sobre o imunizante, segundo a Anvisa.

Também foi negado pedido de certificado de boas práticas de fabricação para a Bharat Biotech, após inspeção de técnicos da Anvisa na fábrica na Índia.

A especificação sobre entrega da Covaxin é diferente, por exemplo, da cláusula no contrato entre o ministério e a União Química, responsável pela vacina russa Sputnik V. A Sputnik também segue sem aval da Anvisa.

Assinado em 12 de março, o contrato prevê que 10 milhões de doses devem ser entregues em até 60 dias “após a obtenção da autorização temporária de uso emergencial ou registro definitivo”. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que não há diferença entre os dois contratos. “Trata-se meramente de redação”, afirmou.

Segundo a pasta, a aquisição da Covaxin só será concluída após a Anvisa conceder registro de uso emergencial ou definitivo. “Com a aprovação da agência sanitária, o laboratório deverá providenciar o embarque do produto na Índia.”

Diante do descumprimento dos prazos contratuais, o MPF em Brasília decidiu cobrar, no último dia 31, uma explicação do diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. É ele que assina contratos do tipo.

A Procuradoria também quer uma cópia dos processos de importação da vacina. Neste caso, o pedido se dirige ao tenente-coronel do Exército Alex Lial Marinho, nomeado por Pazuello no cargo de coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde.

O MPF investiga suspeita de favorecimento à Precisa em razão de termos contratuais tidos como benevolentes e por não ter havido sanção contratual após o descumprimento dos prazos previstos.

Além disso, a Procuradoria reúne indícios de que a cúpula do ministério pressionou as áreas técnicas para que fosse encontrada uma solução diante do descumprimento do contrato –o que o ministério nega. “Não houve pressão para solução no deferimento da licença de importação. Este assunto foi tratado entre a empresa e a Anvisa”, disse a pasta, em nota.

Os indícios levantados fazem parte de inquérito civil aberto para investigar suposta improbidade administrativa de Pazuello e seus auxiliares nos atos para compra e distribuição de vacinas, na distribuição de cloroquina —um medicamento sem eficácia para Covid-19—no país e na omissão diante do iminente colapso de oxigênio no Amazonas em janeiro.

Se ficar constatado que o Ministério da Saúde não adotou medidas diante do descumprimento do cronograma de entrega da Covaxin, o MPF pretende abrir uma investigação à parte, para apurar a ocorrência de crimes no caso.

A Covaxin é a vacina mais cara, dentre os imunizantes comprados pelo Ministério da Saúde para o combate à Covid-19. Pelo contrato, cada dose custa US$ 15 (R$ 80,70, pela cotação do dólar no momento da emissão da nota de empenho).

A Sputnik V tem um custo individual de R$ 69,36. Cada dose das vacinas da Pfizer e da Janssen saiu por US$ 10 (ou R$ 56,30, segundo pagamentos feitos antecipadamente). A Coronavac, do Instituto Butantan, custa R$ 58,20.

O Ministério da Saúde disse que os preços estão dentro da média e em conformidade com os mercados interno e externo.

No sábado (24), a pasta fez nova atualização no cronograma de entregas de vacinas e diminuiu em 31% a previsão até maio –de 46,9 milhões de doses antes para 32,4 milhões agora. Imunizantes sem autorização da Anvisa —Covaxin e Sputnik V— saíram do cronograma.

Em nota, a Precisa Medicamentos afirmou que o ministério fez pedido de importação dentro do prazo contratual e que, em paralelo, a empresa solicitou emissão do certificado de boas práticas de fabricação. “Embora o processo de emissão do certificado não tenha ligação formal com o pedido de licença de importação feito pelo Ministério da Saúde, e ainda que a lei não condicione a autorização de uso excepcional ou emergencial à emissão do certificado, a Anvisa indeferiu a licença solicitada pelo ministério”, disse.

Precisa e Bharat Biotech têm mantido contato permanente e relatado ao ministério as tratativas com a Anvisa, afirma a nota, “possibilitando assim, com a maior urgência e brevidade possível, sua entrega ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”.

FOLHAPRESS

Guedes pede a Fux que STF evite prejuízo superior a R$ 240 bilhões em julgamento sobre ICMS

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, que a corte evite um prejuízo aos cofres públicos e determine que a exclusão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da base de cálculo do PIS e da Cofins só valha daqui em diante, sem efeito retroativo. A reunião foi nesta quarta-feira (28), e o julgamento sobre o tema está marcado para quinta (29) como segundo item da pauta.

O primeiro é a análise da decisão liminar (provisória) do ministro Dias Toffoli que invalidou trecho de uma lei de 1999 que, segundo ele, abre margem para que patentes tenham prazo indeterminado. O interesse do governo está na análise do recurso em que a União pede para o Supremo esclarecer o alcance da decisão tomada em 2017 de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins.

Não há uma certeza sobre o tamanho do prejuízo que uma decisão contra a União representaria, mas todas as estimativas passam de R$ 220 bilhões.

Segundo a Receita Federal, o potencial impacto econômico está na ordem de R$ 258,3 bilhões. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020, o governo estimou que o prejuízo ficaria na casa dos R$ 229 bilhões.

Na reunião com Fux, por sua vez ,o ministro da Economia afirmou a Fux que esse valor pode passar de R$ 245 bilhões caso o Supremo tome uma decisão desfavorável.

Não é só o Executivo, no entanto, que tem pressionado o STF sobre o tema.

Em carta enviada ao presidente do Supremo, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e outras entidades que representam o setor privado foram no sentido oposto do governo e pediram que não seja restringido o alcance da decisão de 2017 sobre o tema.

Além do encontro de Guedes com Fux, integrantes da Procuradoria da Fazenda Nacional, por sua vez, também estiveram com outros ministros na tentativa de sensibilizar o tribunal e impedir uma derrota no julgamento.

A primeira derrota para a União sobre o tema foi há quatro anos, quando, por 6 votos a 4, o STF afirmou que o ICMS não faz parte do faturamento ou da receita da empresa e, por isso, deve ser excluído da base de cálculo das contribuições sociais.

Assim, os valores que as empresas pagam ao governo em PIS e Cofins devem ser reduzidos, uma vez que o imposto sobre circulação não incide também sobre eles.

A intenção da União é que seja aplicada a chamada modulação de efeitos à decisão de 2017, que ocorre quando o Supremo decide que uma nova regra só pode ser usada para processos futuros.

Assim, as empresas garantiriam o direito de recolher PIS e Cofins sem o valor do ICMS embutido no cálculo, mas não poderiam pedir para o governo devolver o imposto que foi recolhido com base na fórmula antiga.

Como o Supremo não definiu a extensão do resultado do julgamento de 2017, instâncias inferiores do Judiciário têm dado decisões contrárias à União.

Empresas de grande porte já afirmaram em seus balanços terem se beneficiado do novo entendimento ao conseguirem recuperar tributos que já haviam pagado.

A intenção do governo é evitar que novas decisões nesse sentido sejam tomadas pela Justiça, mantendo nos cofres públicos tudo o que já foi recolhido.

Antes de analisar o pedido da União, no entanto, os ministros vão ter que decidir sobre uma questão processual. Há dúvidas, na Corte, se são necessários seis ou oito votos para aplicar a modulação de efeitos nos julgamentos dos recursos extraordinários.

O caso concreto do recurso em que foi aplicada a repercussão geral e que foi analisado em 2017 trata de ação contra a União da Imcopa Importação, Exportação e Indústria de Óleos Ltda.

Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia votou a favor do contribuinte e foi acompanhada pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, que formaram maioria contrária à União.

Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Gilmar Mendes divergiram e ficaram vencidos.

Agora, para obter uma vitória, o governo federal espera contar com a ajuda do ministro Kassio Nunes Marques, que entrou no Supremo no lugar de Celso de Mello.

A esperança do Executivo é que, por ser o único indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a integrar a corte, o magistrado se posicione em favor dos interesses do Palácio do Planalto e do Ministério da Economia.

O governo também já calcula o voto contrário de Marco Aurélio.

O ministro costuma se posicionar contra a chamada modulação de efeitos em todos os julgamentos por entender que, quando o Supremo fixa o entendimento de que determinada interpretação é inconstitucional, ela não pode ser aplicada em nenhuma circunstância.

FOLHAPRESS

Arquiteta morre de Covid duas semanas após parto prematuro

 


A arquiteta Andressa Grassi, 27, morreu na última terça-feira (27) por complicações causada pela Covid-19, em Araçatuba, interior de São Paulo, após dar a luz ao seu único filho.

Segundo a família da jovem, ela começou a sentir os primeiros sinais da doença no início de abril e, por apresentar sintomas leves, realizou o tratamento em casa. No entanto, o quadro de Andressa se agravou e ela teve que ser internada no hospital no dia 13 de abril.

A moça estava com 27 semanas de gravidez e precisou ser intubada. A equipe médica optou por realizar um parto de emergência, mesmo ainda restando mais de dois meses para completar as 36 semanas de gestação.

Com informações : MSN


Renan Calheiros e governistas têm bate-boca na CPI

 


A apresentação de requerimentos com a digital do Palácio do Planalto por governistas gerou um bate-boca na CPI da Covid. De um lado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) questionou se os documentos deveriam ser apreciados, alegando que eles buscam “tirar o foco da investigação”. Autor de alguns dos documentos mencionados, Ciro Nogueira (PP-PI) defendeu que a proposta é válida se tiver sido assinada oficialmente por um senador. O caso foi revelado pelo GLOBO.

— São muitos requerimentos. Inclusive, tem que ver se o senhor [Omar Aziz] vai apreciar também os que vieram diretamente do Palácio do Planalto, que a imprensa está divulgando hoje. Não podemos votar requerimento para tirar o foco da investigação que estamos fazendo. O Brasil não vai perdoar nenhum dos senhores que está fazendo isso — disse Renan.

Aliado do Planalto, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), rebateu dizendo que “o foco da CPI não pode ser aquele que é dado pelo relator”.

— Os dois requerimentos de CPI foram subscritos pelos senadores — afirmou Rogério, em referência ao texto que amplia o escopo da apuração e trata de recursos federais enviados a estados e municípios — O relator deve respeitar o Senado Federal. Essa CPI não pode ser a CPI do ódio. Afasta o seu ódio, senador. Acalme-se, senador. Respire.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), rebateu Rogério, disse que o foco da CPI não deve ser aquele dado pelo relator, “mas também não pode ser o que veio do Palácio do Planalto”.

Autor de requerimentos com origem no Planalto, Ciro Nogueira entrou na discussão e disse que as propostas seguem válidas e devem ser apreciadas. Ele não negou em nenhum momento que os documentos tiveram origem no Planalto.

— Vamos aprovar se for assinado por um senador. O senhor não vai impedir de votar nenhum requerimento, não. Eu sei quais são os requerimentos que o senhor não quer — disse Nogueira diante do questionamento de Renan se também seriam votados os requerimentos que vieram do Planalto.

O debate começou porque Renan e aliados queriam que os requerimentos de informação apresentados à CPI fossem apreciados separadamente. A estratégia dá vantagem ao grupo da oposição, que está em maioria. Os governistas, por sua vez, querem aprovar todos ao mesmo tempo, “em bloco”, o que acabou acontecendo. Os requerimentos de informação ficaram de fora porque envolvem a convocação de especialistas.

Como revelado pelo GLOBO, registros eletrônicos de requerimentos apresentados na CPI da Covid indicam que o Palácio do Planalto produziu para senadores governistas o pedido de convocação de cinco especialistas associados à defesa do tratamento precoce ou a críticas ao lockdown.

O GLOBO coletou e analisou dados de todos os documentos registrados na comissão até o momento. Informações registradas nos arquivos do Senado apontam que em sete arquivos protocolados pelos parlamentares Ciro Nogueira e Jorginho Mello constam o nome de uma assessora da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (SEAP), vinculada à Secretaria de Governo, área responsável pela articulação política.

Essas informações estão presentes nos chamados “metadados” dos arquivos enviados ao Senado pelos parlamentares. Eles funcionam como uma espécie de RG de cada arquivo em um computador. Ao invés de data de nascimento, número do CPF ou nome dos pais, os metadados apresentam a data e horário em que um arquivo foi criado, modificado e, também, o nome do seu autor.

O Globo

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Cliente que pagou mais de R$ 1 milhão por Ferrari que sofreu batida grave deve ser indenizado

 


Uma loja de veículos de Minas Gerais foi condenada a devolver o valor pago por um cliente que desembolsou R$ 1,17 milhão, em 2009, por uma Ferrari F-430. O problema é que o motorista não sabia que o superesportivo teve a estrutura recuperada após um grave acidente. Setindo-se enganado, ele recorreu à Justiça.

Por maioria dos votos, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão inicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que condenou a concessionária. Não bastasse devolver o que o endinheirado pagou pelo carro, a loja terá que restituí-lo pelos gastos com seguro DPVAT, IPVA, revisão automotiva e parecer técnico.

Isso sem contar a indenização de R$ 25 mil, a ser paga por danos morais causados ao comprador. Mas, para ter toda a restituição, o motorista terá que abrir mão do carrão.

Em sua defesa, o lojista alegou que não havia vício na qualidade do automóvel, já que o veículo podia rodar normalmente. A concessionária pediu, ainda, que o cálculo do valor a devolver levasse em conta o desgaste do veículo pelo tempo de uso, sob pena de enriquecimento sem causa do cliente. Por fim, defendeu que as despesas de manutenção durante o tempo de utilização deveriam ser de responsabilidade do comprador.

Ao analisar o processo, o ministro relator do caso no STJ, Marco Aurélio Bellizze, afirmou que, quando há vício de qualidade, o consumidor pode escolher entre a troca do produto por similar em perfeitas condições de uso; a restituição imediata e total da quantia paga; ou o abatimento proporcional do preço. É o que prevê o artigo 18, paragrafo 1º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O magistrado reconheceu também o cliente tem direito à informação adequada e clara sobre todas as características de produtos e serviços, como qualidade, quantidade, preço e eventuais riscos. É o que determina o artigo 6º, inciso III, do mesmo CDC. E esse direito, na avaliação do ministro, foi desrespeitado pela loja, que não informou sobre o acidente, frustrando as expectativas do comprador.

Por fim, ele declarou que, por se tratar de um bem de alto valor, quem se dispõe a pagar um preço tão elevado não teria interesse em comprar um automóvel danificado, o que resultaria em depreciação do valor de mercado.

Bellizze observou também que, se o motorista não fizesse as revisões, o veículo sofreria depreciação maior ainda. Além disso, julgou necessária a indenização do consumidor por conta da despesa com o laudo técnico encomendado para comprovar o vício de qualidade.

Para encerrar o julgamento, o magistrado considerou que os pagamentos de IPVA e seguro obrigatório não seriam opções para o contribuinte, mas uma obrigação. E ele poderia ter que arcar com encargos moratórios por inadimplência, em caso de eventual devolução do bem ao fornecedor.

Polícia do Paraná prende foragido ligado a uma das maiores organizações criminosas de roubo do país

 


A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem, de 36 anos, que estava foragido da justiça, ligado a uma das maiores organizações criminosas de roubos a instituições, bancos e carros-fortes do país. O indivíduo foi capturado em Cotia, no estado de São Paulo (SP), nesta quarta-feira (28).

A PCPR chegou até o suspeito após investigações de alta complexidade, que se iniciaram após uma operação ocorrida no dia 4 de novembro de 2020, em Campina Grande do Sul. Na ocasião, os policiais civis apreenderam grande quantidade de armas, munições, explosivos e roupas táticas usadas em roubos, além de prenderem duas mulheres.

O indivíduo é suspeito de participar de ações criminosas como o roubo na empresa Prosegur, no Paraguai, em 2017, onde cerca de U$ 40 milhões foram subtraídos da instituição.





Infecções pela covid-19 no Brasil caem, mas seguem em patamar crítico, diz Fiocruz

 


O Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz divulgado nesta quarta-feira, 28, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta queda no número de casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos, mas os valores continuam em patamares críticos.

Outro dado preocupante é a taxa de letalidade da doença, que no final de 2020 estava em 2%, aumentou para 3% em março e agora subiu para 4,4%. O boletim analisou dados referentes à Semana Epidemiológica 15, de 18 a 24 de abril.

O número de casos diminuiu a uma taxa de -1,5 % ao dia, enquanto o de óbitos foi reduzido a uma taxa de -1,8 % ao dia, “mostrando tendência de ligeira queda, mas ainda não de contenção da epidemia”, segundo os pesquisadores.

Em relação à taxa de ocupação de leitos, chama atenção a redução nos Estados de Rondônia (de 94% para 85%) e Acre (de 94% para 83%), ainda que ambos continuem na zona de alerta crítico, a saída de Alagoas da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário (de 83% para 76%) e a saída da Paraíba da zona de alerta (de 63% para 53%).

O Brasil acumula quase 400 mil mortos e quase 15 milhões de casos. Desde o início da pandemia, porém, especialistas têm alertado para as dificuldades de testagem, o que impede conhecer com precisão o avanço da pandemia e também a real taxa de letalidade pela doença.

Para os pesquisadores do Observatório, o quadro atual pode representar desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, mas com números muito mais altos de casos graves e óbitos, que revelam a intensa circulação do vírus no país. “Esse conjunto de indicadores mostra que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas”, avaliam os autores do estudo.

Diante desse cenário, os pesquisadores alertam que a flexibilização das medidas de distanciamento físico e social, sem um controle rigoroso, pode retomar o ritmo de aceleração da transmissão, com o aumento de casos, internações e taxa de ocupação de leitos. Nas últimas semanas, Estados como São Paulo e Rio assistiram a um relaxamento da quarentena, com liberação de comércio, restaurantes e praias. Já o presidente Jair Bolsonaro mantém discurso crítico ao lockdown e até tentativas de derrubar regras de toque de recolher na Justiça.

“A integração entre Atenção Primária à Saúde e a Vigilância em Saúde deve ser intensificada para otimizar os processos de triagem de casos graves e seu encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos para medidas de proteção e quarentena. Além disso, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos e reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, orientam os pesquisadores.

Estadão Conteúdo

Adenovírus replicantes: o que são e quais os riscos quando usados em vacinas; entenda o motivo técnico pelo qual a importação da Sputnik V foi negada pela Anvisa

 


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou nesta segunda-feira (26) a importação da vacina Sputnik V, imunizante russo desenvolvido pelo Instituto Gamaleya contra a Covid-19. Entre os motivos para invalidar a liberação está o suposto risco à segurança em razão do uso de adenovírus replicantes na composição da vacina.

Adenovírus é o vírus causador do resfriado em humanos. Eles são usados como vetores virais em pelo menos quatro vacinas contra o coronavírus utilizadas no mundo – Oxford-Astrazeneca, Janssen, Sputnik V e CanSino. Em todas elas, os adenovírus são inativados, ou seja, perdem sua capacidade de se multiplicar no organismo humano.

“Quando o adenovírus não sofre essa mudança, ele é replicante, ou seja, capaz de se multiplicar de tal forma no organismo que pode deixar quem tomou a vacina doente e ainda transmitir o resfriado. Mas não é capaz de infectar contra o coronavírus”, afirma explica o imunologista João Viola, presidente do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI).

Diante desta questão, ficaram as dúvidas: afinal o que significa uma vacina de vetor viral? O que implica ela ser composta por adenovírus replicantes? Esta característica incorre em alguma gravidade para vacina? Entenda outras questões respondidas pelos especialistas:

1. O que é uma vacina de vetor viral?

Há diferentes metodologias na criação de vacinas (veja quadro abaixo). As de fase 1, mais antigas, usam agentes patogênicos inteiros em sua composição, vivos, mortos ou atenuados, que são inoculados no organismo humano para criar imunidade contra certas doenças. Este é o caso da Coronavac, criada pela Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que usa o coronavírus inativado na sua composição.

As vacinas de fase 2, por sua vez, usam apenas a proteína chamada Spike, ou proteína S do coronavírus (antígeno), que será transportada para o organismo humano por vetores (vírus que servirão de transporte). Por isso, são chamadas de vacinas de vetor viral. É o caso das vacinas Sputnik V, vacina Oxford-AstraZeneca, vacinas da Janssen e da CanSino.

Os adenovírus são vírus encontrados em animais e humanos. Nos humanos, costumam atingir mais a parte respiratória e são os mais comuns causadores do resfriado.

Com exceção da vacina Oxford-Astrazeneca, que usa adenovírus de chimpanzés na sua composição, as demais citadas usam adenovírus humanos para transportar material genético de um vírus diferente – no caso, a proteína Spike encontrada no Sars-coV-2 – para uma célula humana com o intuito de criar imunidade contra o coronavírus.

Em todas elas, segundo os estudos divulgados, os adenovírus e os antígenos estão inativados, de forma que se evita a propagação do coronavírus e do próprio resfriado. Por isso, são consideradas vacinas de adenovírus não replicantes, ou seja, incapazes de se replicar no organismo humano.

Já as vacinas de fase 3, consideradas as mais modernas, são as de RNA mensageiro, feitas com o material genético do vírus ou utilizando um vírus enfraquecido que transporta os genes virais para dentro das células, desencadeando a imunização. As vacinas da Pfizer/Biontech e da Moderna usam essa tecnologia.

2. O que são adenovírus replicantes?

Todas as vacinas contra o coronavírus licenciadas atualmente são de vetores não replicantes, e os vetores mais utilizados neste tipo de vacina são os adenovírus. Isto é, para evitar que o vírus do resfriado se multiplique no organismo humano, o adenovírus é modificado geneticamente, e parte de sua estrutura responsável pela sua multiplicação é retirada.

Com isso, o adenovírus se torna não replicante ou de replicação deficiente, que é quando ele passa a ter uma capacidade irrisória de se multiplicar no organismo. Esse fator é essencial para evitar que a vacina cause resfriado, por exemplo.

Na vacina de Oxford, a escolha de compor o imunizante com adenovírus de chimpanzés não é em vão. Por ser um vírus que causa resfriado nos primatas, não em humanos, é mais um fator de segurança, embora ele também seja inativado durante sua composição.

Quando o adenovírus ou qualquer outro tipo de vírus que se torna vetor viral em uma vacina, ou seja, não é inativado, ele mantém sua capacidade de se multiplicar no organismo dos seres humanos. Algo que não é recomendado em uma vacina.

Um imunizante que usa adenovírus causador de resfriado em sua composição precisa comprovar que eles estão inativados, sem a capacidade de se multiplicar no organismo humano.

3. No que a Sputnik V difere das outras vacinas?

Entre todas as vacinas contra a Covid-19 já registradas no mundo, a Gam-COVID-Vac (nome oficial da Sputnik V) é a única desenvolvida com dois adenovírus, nomeados de D-26 e D-5, aplicados um em cada dose, o que pode ser considerado duas vacinas em uma.

Na primeira dose, o D-26 leva a proteína S para dentro das células humanas, o que causará uma resposta do sistema imunológico, que começa a criar defesa contra a proteína e, consequentemente, anticorpos contra o coronavírus.

Na segunda dose, 21 dias depois, entra em cena o D-5, outro adenovírus que fará o mesmo papel, mas, ao mesmo tempo, tende a ser o diferencial mais assertivo do imunizante. Isso porque, segundo cientistas, por ter duas ‘fórmulas’ diferentes, essa vacina pode ajudar a produzir mais anticorpos contra o coronavírus e ser a responsável pela alta eficácia contra o vírus Sars-CoV-2.

Fontes: Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e João Viola, presidente do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI).

CNN Brasil


Arroz e feijão sobem 60% em um ano e prato feito fica 23% mais caro, diz FGV

 















Cozinhar para fazer para a família o prato mais tradicional da mesa dos brasileiros –arroz, feijão, carne, ovo, batata fria e salada– está, em média, 23% mais caro que há um ano.

É o que aponta levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que calculou qual foi o aumento dos dez principais alimentos que compõem o “prato feito” brasileiro em 12 meses. A conta considera as variações até março de 2021 capturadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela FGV.

Os principais responsáveis pelo aumento forte são, também, os principais ingredientes: o arroz, que subiu 61%, e o feijão, que subiu 69%, no caso do feijão preto. O feijão carioca, por sua vez, subiu 20%.

As carnes também não estão ajudando muito: a alta nos preços das carnes bovinas foi de 27,2% e do frango, de 13,9%. O ovo está 10% mais caro que há um ano. A batata subiu 19% e a cebola, 40%. O único alívio vem tomate, que está em queda de 24%.

Muitos alimentos marcam, desde o ano passado, altas e preços recordes nas prateleiras dos supermercados. O resultado é que o custo de comprar comida para a casa está subindo bem mais que a inflação total: o IPC geral teve alta de 6,1% nos 12 meses até março.

A explicação passa pelo aumento das exportações desses alimentos –o dólar alto estimula as vendas para fora e deixa os produtos ainda mais caros em reais. “Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços”, disse o pesquisador da FGV Matheus Peçanha. Ele avalia que a escalada de preços foi acentuada nos últimos anos com a desvalorização do real frente ao dólar.

CNN BRASIL

Governo prevê imunizar pessoas com ‘comorbidades’, deficiência e grávidas até o fim de maio

 

Em nova etapa da campanha nacional de imunização contra a covid-19, o Ministério da Saúde prevê aplicar, até o fim de maio, pelo menos a primeira dose da vacina em pessoas com doenças prévias como diabetes e hipertensão, deficiência permanente, gestantes e puérperas.

Dentro deste grupo, a orientação do governo federal é priorizar a imunização das pessoas com síndrome de down; doença renal que fazem diálise; com deficiência permanente (de 55 a 59 anos e cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada); com comorbidades (de 55 a 59 anos), além de gestantes e puérperas com comorbidades. Em uma segunda etapa, a recomendação é imunizar pessoas mais jovens que apresentam estas mesmas condições (a ordem de prioridade é detalhada no fim deste texto).

Esses grupos já estavam previstos no plano de vacinação para a covid-19, mas sem o detalhamento de prazos e a ordem de prioridades. Antes, o governo enviou doses para a imunização de grupos como trabalhadores da saúde, pessoas com mais de 60 anos, povos indígenas, além de parte das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas.

Em nota técnica, o ministério prevê que os novos grupos serão vacinados até o fim de maio, mas pondera que esta programação está “sujeita a alterações a depender da entrega efetiva de vacinas”. Estados e municípios podem alterar a ordem de vacinação, mas a Saúde alerta que é importante destinar doses aos grupos determinados no plano nacional.

O ministério estima que mais de 25 milhões de pessoas serão vacinadas nesta nova etapa. Trata-se do grupo mais volumoso previsto no plano nacional de vacinação contra a covid-19. Até agora, a Saúde afirma que pelo menos 27,45 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose do imunizante no País.

Segundo edição mais recente do plano nacional de vacinação da covid-19, de 15 de março, são consideradas doenças pré-existentes que podem agravar a covid-19 (comorbidades) a diabetes; hipertensão arterial resistente e doenças cardiovasculares. Também são prioridades nestes grupos os pacientes com doença cerebrovascular; doença renal crônica; anemia falciforme; obesidade mórbida; síndrome de down; cirrose hepática e imunossuprimidos (incluindo pessoas que vivem com o HIV).

Em reunião no Senado, na segunda-feira, 26, o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que todos os grupos prioritários devem receber pelo menos a primeira dose da vacina até a primeira quinzena de junho. A partir desta data, pessoas de fora da lista de prioridades do plano nacional de vacinação poderiam receber os imunizantes. Em setembro, todos os grupos prioritários já teriam recebido a segunda dose, disse Cruz.

O ministério orienta que gestantes devem comprovar a condição de risco por doenças pré-existentes (comorbidades) por meio de “exames, receitas, relatório médico, prescrição médica, etc”. Também podem ser usados cadastros já existentes em unidades de saúde. A vacinação deve ocorrer independentemente da idade gestacional e o teste de gravidez não é um pré-requisito, afirma a Saúde. No caso da puérpera, não é preciso interromper o aleitamento materno para receber a vacina. Gestantes e puérperas poderiam receber vacinas de vírus inativado, vetor viral ou mRNA, ou seja, não há restrição sobre os imunizantes Coronavac, Oxford/AstraZeneca, Pfizer e Janssen, já aprovados no Brasil.

O governo federal também recomenda que a vacinação de pessoas com doença renal crônica dialítica seja feita dentro das clínicas de diálise. Ainda é possível receber as doses em salas de vacinação, mas a Saúde orienta que, neste caso, a doença seja comprovada por meio de exames ou indicação médica.

Em outras duas notas técnicas também enviadas a gestores do SUS, o ministério reforça que é preciso seguir orientações sobre percentuais de lotes de vacinas que devem ser reservados para garantir a aplicação da segunda dose. A pasta recomenda que a segunda dose seja tomada mesmo após o prazo previsto na bula, de até 4 semanas. No caso da vacina da AstraZeneca/Oxford, o intervalo entre as doses é de até 3 meses.

O governo federal reconhece que há “reduzida quantidade de doses previstas para as próximas remessas” da Coronavac, mas afirma que há compromisso de garantir a aplicação das duas vacinas exigidas para a imunização.

O ministério afirma que pessoas com síndrome de down devem receber a vacina por apresentarem “elevado risco” de desenvolver complicações pela covid-19. Já pacientes renais em diálise têm risco potencializado de infecção por causa da frequente exposição ao ambiente hospitalar, “além de habitualmente apresentarem comorbidades adicionais (como hipertensão, diabetes, entre outros)”. Segundo a Saúde, gestantes com comorbidades possuem “risco obstétrico elevado”, independente da idade.

Pessoas com deficiência permanente estão em maior vulnerabilidade, diz a Saúde, e apresentam até impossibilidade de adotar medidas não-farmacológicas de proteção, como distanciamento social.

Abaixo, a orientação do governo federal sobre vacinação pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, gestantes e puérperas:

“Na fase I, vacinar proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado:

– Pessoas com Síndrome de Down, independentemente da idade;

– Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) independentemente da idade;

– Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade;

– Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;

– Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos

Na fase II, vacinar proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos:

– Pessoas com comorbidades;

– Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no BPC,

– Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes

 

ESTADÃO