quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Estaduais: Santos goleia Bragantino fora e continua 100% no Paulista



O Santos continua invicto e com 100% de aproveitamento no Paulistão de 2019.
A vítima dessa vez foi o Bragantino. O time de Sampaoli fez 4 a 1 e chegou aos 12 pontos pelo grupo A.
Mas a partida não começou fácil para a equipe da Vila Belmiro. Até os 25 minutos do primeiro tempo, as jogadas trabalhadas do Peixe, tão elogiadas nas últimas apresentações, falharam. Mas a persistência valeu a pena. Aos 37, Carlos Sánchez contou com o desvio da defesa para marcar seu primeiro gol com a camisa do Peixe. Em menos de 10 minutos os visitantes ampliaram com Jean Mota e Derlis González.
No segundo tempo, logo aos 9, Arthur Gomes sofreu pênalti. Sánchez cobrou, com cavadinha, e anotou seu segundo tento da partida.
Aos 17, Matheus Peixoto descontou para os donos da casa. Depois disso, o Santos ainda criou mais chances, jogou com intensidade, como manda a cartilha de Sampaoli, mas ficou nos 4 a 1 mesmo.

Sobe para 99 número de mortos por lama de rejeitos em Brumadinho



A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou, no final da tarde hoje (30), em 99 o número de vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML). O último balanço da corporação registra 259 desaparecidos.
De acordo com a Polícia Civil, dos 99 mortos, 57 foram identificados. A orientação é que as famílias não compareçam ao IML e, sim, comuniquem-se via internet e redes sociais.
Segundo a Defesa Civil, cinco dias após o desastre causado pelo rompimento da barragem, ainda há regiões de Brumadinho que sofrem com a falta de energia.
Até agora, 192 pessoas foram resgatadas; 393 localizadas; e 176 estão desalojados.
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, disse que os trabalhos na região da mina do Córrego do Feijão começaram por volta das 4h da manhã.
A barragem B6, com água, segue monitorada 24 horas por dia, segundo o órgão, sem risco de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva. (ABr)

Em um mês, governo Bolsonaro corta 381 mil benefícios do Bolsa Família



Se um dia, em sua campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro chegou a defender, em entrevista ao vivo à Record, a existência do Bolsa Família e o aumento do programa, depois de eleito as coisas correram conforme seus antigos discursos contra o assistencialismo e o Bolsa Família.
Logo em seu primeiro mês de governo, o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família foi reduzido em 381 mil em relação a dezembro do ano passado.
A informação consta em um relatório do Ministério da Cidadania, que afirma que o corte é fruto de procedimentos que geram cancelamentos por “inadequações” e desligamentos voluntários.
Segundo o relatório, em dezembro do ano passado foram pagas 14,1 milhões de famílias. Já no primeiro mês do ano foram 13,7 milhões.
O valor pago em janeiro também teve uma redução: de R$ 2,6 bilhões, em dezembro, para R$ 2,5 bilhões. O valor médio do benefício foi de R$ 187.
O programa Bolsa-família foi criado em 2004, durante a gestão do ex-presidente Lula, para atender famílias de baixa renda, principalmente no estado do Nordeste.
O valor pago a cada família depende da renda per capita de cada uma e número de filhos.

PF diz que advogada de Beto Richa intermediou para que ex-governador ficasse preso em unidade da PM

Beto Richa está preso no Regimento da Polícia Montada, em Curitiba — Foto: Reprodução/RPC

A Polícia Federal (PF) informou nesta quarta-feira (30) que o ex-governador Beto Richa (PSDB) está preso no Regimento de Polícia Montada, unidade da Polícia Militar (PM), no bairro Tarumã, em Curitiba, porque a advogada dele intermediou a transferência dele com o comando do regimento.

A Justiça questionou a polícia na terça-feira (29) o motivo pelo qual Richa está preso em uma unidade da PM ao invés do Complexo-Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana.

Richa foi preso no dia 25 de janeiro porque, de acordo com a Justiça, tentou influenciar os depoimentos de testemunhas da investigação que apura supostos crimes na concessão de rodovias do estado.

Segundo a PF, o pedido foi feito pela advogada Antonia Lélia Neves Sanchez diretamente ao comando do quartel ao saber que Richa poderia ser transferido para o CMP.

De acordo com a Polícia Federal, como não havia vaga para Richa na carceragem da PF, o ex-governador precisaria ficar preso em uma unidade estadual, e a Secretaria de Segurança do Paraná afirmou que o local mais adequado era o Complexo Médico-Penal.

Mas, conforme a resposta da PF à Justiça, a advogada "pleiteou verbalmente o encaminhamento do preso para o quartel e providenciou, por iniciativa própria, o contato com o comando do Regimento de Polícia Montada, o qual nos prestou informações - por telefone - de que haveria vagas disponíveis naquele local e que o preso poderia ser apresentado lá".

Depois deste contato, de acordo com a Polícia Federal, o comando do quartel entrou em contato com a PF para informar que Richa poderia ser preso lá.

A PF afirmou que não se opõe a uma "eventual transferência do preso para o CMP".

A 23ª Vara Federal de Curitiba ainda não se manifestou a respeito do caso.

O outro lado

A defesa de Beto Richa afirma que, como ele foi governador do estado e administrou a estrutura do sistema prisional, a "sua presença pode ensejar retaliações ou até mesmo a prática contra ele, de atos de vingança".

Confira a nota na íntegra:

"O ex-Governador é detentor de curso superior, portanto tem direito a recolhimento especial e em unidade apropriada, em razão da dignidade do cargo ocupado, devendo se aplicar, por simetria, a Lei n. 7474/86, que dispõe sobre medidas de segurança aos agentes públicos.

Observe-se que na condição de ex-Governador do Estado, exerceu cargo superior hierárquico da estrutura administrativa no sistema prisional, e por isso, sua presença pode ensejar retaliações ou até mesmo a prática contra ele, de atos de vingança.

De outra parte, a existência de organizações criminosas nos presídios impedem que o Poder Público tenha pleno domínio da segurança, em relação à pessoa do ex-Governador, havendo, inclusive, risco de rebeliões.

Quanto ao ex-Governador Beto Richa, a PF informou não ter vaga disponível para seu recolhimento. Portanto, cabe à autoridade administrativa estadual, responsável por garantir a segurança do ex-Governador Beto Richa, disponibilizar local apropriado para seu recolhimento, não sendo de atribuição do MP tal mister.

Atente-se ao precedente firmado, concernente à prisão de Beto Richa, em 11/09/2018, que, em razão de decisão proferida pelo D. Desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Dr. Laertes Ferreira Gomes, houve a aplicação, por simetria, da Lei n. 7474/86, razão pela qual também ficou recolhido no Batalhão da Polícia Montada Coronel Dulcídio."

Hospitais para ricos têm isenção de impostos que chaga a R$3,2 bilhões



Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) contesta a “efetividade e economicidade” do Proadi, programa do Ministério da Saúde que beneficia 6 hospitais de celebridades. Eles mal atendem pelo SUS, mas conseguiram que o governo federal os dispense de pagar mais de R$500 milhões por ano em impostos. De 2012 a 2017, Albert Einstein, Moinhos de Vento, Samaritano, Sírio Libanês, Hospital do Coração e Oswaldo Cruz, deixaram de pagar R$3,2 bilhões em tributos federais. 
TCU reclama que não há avaliação do benefício social ou de saúde que justifique a isenção anual de meio bilhão dos hospitais dos ricos.
Mais da metade da renúncia fiscal beneficiou o Einstein e o Sírio. O restante fez a alegria do HCor, Oswaldo Cruz, Samaritano e Moinhos.
O hospital Albert Einstein é a unidade de saúde “de excelência” que mais recebeu isenções fiscais: R$1,3 bilhão em descontos desde 2012.
Para o TCU, tampouco o “Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS” avalia criteriosamente projetos desses hospitais.

Juíza de Curitiba acolhe parece da PF e veta ida de Lula ao enterro de Vavá



A juíza responsável pela execução penal do ex-presidente e presidiário Lula, Carolina Lebbos, acoheu parecer da Polºicia Federal e decidiu recusar solicitação para o político ir ao enterro do irmãoGenival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu de câncer nesta terça-feira (29). Lula não foi ao sepultamento de outros dois irmãos falecidos em 2004 e 2005, quando ainda estava solto e era presidente da República. No caso de um dos irmãos mortos, no dia do enterro Lula preferiu participar de um encontro de confraternização.
O superintendente da PF em Curitiba, Luciano Flores, afirmou que, após as análises de risco, não seria possível promover o deslocamento e escolta de Lula até São Paulo garantindo a integridade do ex-presidente, bem como a ordem pública.
Segundo a PF, a medida seria “pouco recomendável”, “tomando-se por base única e principalmente o resguardo da incolumidade física do custodiado e da ordem pública”.
Entre os problemas apontados pelo órgão, estão a ausência de helicópteros que fizessem o transporte do ex-presidente até São Paulo (já que, segundo a PF, os helicópteros do órgão que não estão em manutenção estão sendo usados no resgate de vítimas em Brumadinho), a ausência de policiais militares e federais disponíveis para “garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor” e as possibilidades de fuga, atentados contra Lula, comprometimento da ordem pública e protestos contra e a favor do petista.
“É importante que Lula seja mantido a longa distância de aglomerações, já que esse fato pode desencadear crises imprevisíveis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua prisão, em abril de 2018”, afirma o órgão.
A defesa do ex-presidente que cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro ainda recorre ao TRF (Tribunal Regional Federal) para reverter a decisão.

Republicano comemora governo Bolsonaro e quer EUA investindo pesado no Brasil



O senador americano Marco Rubio comemorou a eleição e as primeiras ações do presidente Jair Bolsonaro e defendeu o apoio ‘pesado’ dos Estados Unidos no Brasil.
Segundo o político republicano, mesmo partido do presidente dos EUA, Donald Trump, o governo Bolsonaro marca “uma nova era na política brasileira que marca uma grande mudança dos governos esquedistas, anti-americanos, de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”.
“Governos esquerdistas anteriores prejudicaram a economia e estabilidade política do Brasil, causando aumento da inflação, das taxas de pobreza e declínio dos níveis de renda”, diz Rubio.
Esse é um dos motivos alegados pelo senador para que Trump apoie a ascensão do Brasil como membro permanente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde o país mantém status de “parceiro chave”.
Rubio cita a melhora nas relações entre os dois países durante o governo Michel Temer, mas os EUA deve capitalizar essa “oportunidade histórica de estreitar laços” entre as duas maiores nações do continente e que um Brasil forte, vibrante e democrático vai ajudar na resolução da crise na Venezuela.
O americano também cita a importância de uma cooperação entre os dois países para os programas espaciais. “A localização geográfica oferece grande potencial para lançamentos espaciais. Se executada apropriadamente, parcerias entre empresas brasileiras e americanas, como Boeing e Embraer, trarão benefícios para as duas nações”, disse.

Células-tronco ajudam a recuperar área cerebral danificada por AVC



Pesquisadores conseguiram diminuir lesões provocadas por isquemia cerebral no cérebro de camundongos usando células-tronco.
Extraídas da medula óssea dos animais, as células-tronco mesenquimais – que originam tecidos – estavam em um suporte feito de um material que não só permitiu a sobrevivência e a multiplicação delas como impediu que migrassem para outras regiões do cérebro, como é comum ocorrer quando implantadas diretamente na lesão.
A técnica pode ajudar na recuperação de vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, quando uma veia do cérebro é bloqueada (trombo) e a parte do cérebro que deixa de ser irrigada tem morte de neurônios. A isquemia pode causar sequelas graves, como perda de movimentos, e mesmo levar à morte.
Atualmente, há dois procedimentos possíveis para os pacientes que sofrem um AVC isquêmico. Um deles é a terapia de recanalização intravascular (trombólise), em que é aplicado um medicamento ativador de plasminogênio (rtPA) que desfaz o trombo. A outra opção é um cateterismo para desobstruir mecanicamente o vaso, para o sangue então voltar a circular.
No entanto, as terapias só têm eficácia se aplicadas em até quatro horas e meia após o AVC. Depois disso, a morte celular é irreversível. A nova técnica surge como uma possibilidade de tratamento mesmo depois desse intervalo.
Resultados do estudo foram publicados na Nanomedicine: Nanotechnology, Biology, and Medicine, em artigo que tem como primeira autora Laura Zamproni e é parte de seu doutorado com Bolsa da FAPESP na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), onde atualmente faz pós-doutorado.
Zamproni é médica neurologista do Hospital São Paulo, da Unifesp. O trabalho no dia a dia despertou sua curiosidade para a pesquisa básica. “O procedimento que existe hoje para isquemia tem benefícios, mas mesmo quando realizado dentro desse curto intervalo ainda pode deixar sequelas e algum déficit cognitivo”, disse.
Não é a primeira vez que cientistas tentam usar células-tronco para recuperar uma área danificada do cérebro de camundongos ou ratos. Nos ensaios anteriores, porém, quando implantadas diretamente na lesão, quase nenhuma célula sobreviveu (0,005%). As que sobreviveram migraram para outras regiões do cérebro. Quando injetadas na corrente sanguínea, ficaram retidas nos rins ou nos pulmões das cobaias.
O que fez a diferença desta vez foi o uso de um material que, além de ser biocompatível (não tóxico), aumenta a sobrevivência das células-tronco e faz com que elas permaneçam na área da lesão, diminuindo a inflamação. Depois de alguns meses, com a área em grande parte recuperada, o material é totalmente absorvido pelo corpo.
A novidade foi desenvolvida pelos engenheiros biomédicos Anderson de Oliveira Lobo e Fernanda Roberta Marciano, da Universidade Brasil. Ambos tiveram auxílio Jovem Pesquisador da FAPESP.
A fibra que desenvolveram é de um polímero orgânico, o ácido polilático. Ela se forma quando colocada em um equipamento que aquece o material e gira em alta velocidade, como uma máquina de algodão-doce. O “algodão” que se forma tem fibras altamente porosas.
Para o estudo, as células-tronco mesenquimais foram retiradas da medula óssea de camundongos e cultivadas em placa de Petri. Em seguida foram depositadas no material.
“Quando esse material contendo as células-tronco mesenquimais foi implantado em um cérebro lesionado, a lesão ficou com um terço do tamanho que ficaria se não houvesse intervenção”, disse Marimélia Porcionatto, professora da EPM-Unifesp e coordenadora do estudo.
“Antes, realizamos vários testes para mostrar que as células não perdem características biológicas, como diferenciação e proliferação. Isso é importante, pois não podemos usar como suporte um material que altere muito as características da célula”, disse Porcionatto.
As fibras contendo as células-tronco foram então colocadas sobre a lesão e acompanhadas por 30 dias. Os pesquisadores observaram que elas se dão melhor no material do que na lamínula em que são normalmente cultivadas em laboratório.
Testes mostraram que elas produzem mais uma citocina chamada CXCL12, que atrai as células para a região. Além disso, produzem mais proteínas chamadas integrinas, que fazem as células-tronco aderirem à área em que estão.
“É como se a célula-tronco mesenquimal estivesse produzindo um ambiente apropriado para ficar. Ainda não sabemos o que nesse material causa isso, mas é muito interessante ver como um material não biológico interfere no comportamento da célula”, disse Porcionatto

Secretaria de Turismo do DF promove ação de boas vindas aos novos parlamentares



Deputados, senadores, familiares e amigos que desembarcarem no aeroporto de Brasília para a posse dos parlamentares no dia 1º poderão admirar várias alamedas de ipês-amarelos, que serão colocadas nas esteiras de bagagens do desembarque do terminal. O ipê amarelo é a árvore-símbolo de Brasília e do Brasil.
Com o slogan “Uma nova Brasília recebe um novo Brasil”, a ação da Secretaria de Turismo do DF começa quarta (30) e, além do aeroporto, invadirá as ruas.
“Queremos receber com muito carinho nossos novos moradores, que virão acompanhados de milhares de turistas. Vamos mostrar que, assim como teve uma grande renovação no Congresso, Brasília também está renovada para essa nova história que se inicia”, comenta a secretária de Turismo da capital, Vanessa Mendonça, que quer surpreender os novos visitantes – e também os próprios moradores.
“Brasília é muito mais do que você pensa. É um destino que oferece inúmeras atividades que podem ser exploradas”, enfatiza Vanessa.
Sobre o ipê amareloO ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção por sua beleza. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou a árvore a “Flor Nacional”. Desde então, o ipê-amarelo é a flor símbolo do País.
Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua).
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás.
No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho

Lula ignorou enterros de irmãos enquanto esteve solto, até como presidente



Ao contrário do que faz parecer em seu novo pedido à Justiça para ser autorizar a comparecer ao enterro do irmãoGenivaldo Inácio da Silva, o Vavá, falecido de câncer nesta terça (29), o ex-presidente e presidiário Lula nunca foi a sepultando de um irmão enquanto esteva solto e até mesmo no exercício da presidência da República.
Como lembrou o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, em sua coluna de 27 de dezembro passado, Lula já era presidente quando, em 2004, nem sequer foi ao velório e tampouco ao sepultamento do irmão João Inácio, que faleceu vítima de câncer.
Em janeiro de 2005, Lula também não compareceu ao enterro de outro irmão, Odair Inácio de Góis, que morreu após um ataque cardíaco.
Essa discussão foi suscitada por ocasião do falecimento do advogado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, quando o presidiário pediu autorização pela primeira vez para ir ao sepultamento, em Brasília. Se não foi aos enterros dos próprios irmãos, Lula também nunca foi de confortar familiares de amigos falecidos. Quando em 2013 morreu o velho amigo Jorge Ferreira, dono de bares e restaurantes em Brasília e muito mais ligado a ele que Sigmaringa, Lula ignorou o enterro.
Como presidente, não gostava nem mesmo de sobrevoar áreas vitimadas por desastres naturais, como inundações e deslizamentos. Em 2010, com isopor na cabeça, Lula não saiu da praia da base naval de Aratu, na Bahia, para visitar ou ao menos sobrevoar área de deslizamento no Estado do Rio que matou dezenas de pessoas. Um avião da TAM caiu em Congonhas, matando 199, em 2007. Lula jamais visitou o local e só anos depois receberia familiares das vítimas.

Ativo nas redes sociais, Rollemberg tenta ignorar prisão de ex-presidente do BRB



O ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB), que se mostrava tão ativo nas redes sociais para atacar iniciativas do sucessor Ibaneis Rocha (MDB), que o derrotou por 70% a 30% dos votos válidos, nesta terça-feira (29) evitou contato com a imprensa e se ausentou da sua conta do Twitter, a fim de não comentar a prisão de um dos mais influentes auxiliares da sua gestão: o ex-presidente do BRB Vasco Cunha Gonçalves. Ele e mais dois diretores do banco foram presos acusados de corrupção passiva, entre outros crimes. Os investigadores estimam que a quadrilha recebeu ao menos R$16,5 milhões em propinas.
Rollemberg divulgou apenas uma nota com duas frase em duas linhas sobre a prisão de Vasco Gonçalves, um dos seus auxiliares mais próximos. Na nota, ele tenta se distanciar das irregularidades alegando que a direção do BRB teve “autonomia administrativa e financeira, sem qualquer tipo de intervenção”. Na frase seguinte, Rollemberg tenta se afastar também das referências a Ricardo Leal, citado nas investigações e suspeito de atuar como seu “operador”, seja lá o que isso signifique, afirmando que ele “nunca foi tesoureiro” de suas campanhas.
Vasco Cunha Gonçalves e os diretores do BRB Nilban de Melo Júnior (Financeiro e de Relações com Investidores) e Marco Aurélio Monteiro de Castro (Serviços e Produtos) foram presos pela Polícia Federal por determinação do juiz federal Valisnei, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. Vasco Gonçalves foi recém-nomeado para presidir o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), do governo de Renato Casagrande (PSB), correligionário de Rollemberg.
Aos procuradores da força-tarefa Greenfield, responsável pela investigação na Procuradoria da República no Distrito Federal, o empresário Ricardo Siqueira Rodrigues, delator do esquema, resumiu assim o funcionamento do banco estatal de Brasília no governo Roillemberg, durante a gestão de Vasco Cunha Gonçalves: “Tudo no BRB é extorquir. Não é depois. Hoje. Qualquer negócio lá tem que ter pedágio. Por isso que o BRB é um banco totalmente – como é que se chama? – inoperante do ponto de vista de mercado. O objetivo lá é cobrar pedágio”.
A nota
É a seguinte a nota de duas frases e duas linhas divulgada pela assessoria do ex-governador Rodrigo Rollemberg:
“Durante o período em que governei o Distrito Federal o BRB teve autonomia administrativa e financeira, sem qualquer tipo de intervenção. Ricardo Leal nunca foi tesoureiro de qualquer campanha eleitoral minha.”

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Bombeiros passam a usar máscaras por causa do mau cheiro de corpos em decomposição em Brumadinho

Agentes do Corpo de Bombeiros e brigadistas continuam trabalhando na escavação do local onde estão dois ônibus soterrados,no sexto dia de buscas por vítimas, após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale, no município de Brumadinho (MG) nesta quarta-feira (29) — Foto: Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
Bombeiros começaram a usar máscaras durante o trabalho de resgate das vítimas, em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo

Os bombeiros que participam das buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho passaram a usar máscaras nesta quarta-feira (30) no trabalho de resgate. O mau cheiro forte dos corpos em decomposição já atrai dezenas de urubus para a região da Mina Córrego do Feijão.

A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da mineradora. Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da Vale. A vegetação e rios foram atingidos. Há ao menos 84 mortos, além de 276 desaparecidos pessoas desaparecidas.

De acordo com a assessoria de comunicação dos bombeiros, as máscaras de proteção têm dupla função: evitar a inalação de resíduos tóxicos e dos equipamentos que os bombeiros utilizam nas buscas e, também, que os soldados sintam o mau cheiro tão intensamente.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou o aumento das dificuldades do trabalho. "Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos", afirmou.

Narrador da Globo diz que primo está desaparecido em Brumadinho

Crédito: Reprodução/TV Globo

Jaime Júnior, narrador da TV Globo, participou do “Bom Dia MG” desta quarta-feira (30) para comentar sobre esportes, mas relatou também um drama pessoal. Ele afirmou que um primo está desaparecido após a tragédia em Brumadinho e ainda contou que o nome do familiar está errado na lista divulgada pela Vale.

“Eu tenho, infelizmente, um primo que está desaparecido nessa tragédia em Brumadinho. O nome dele é Alisson Pessoa Damasceno. Não aparece em nenhuma lista. Estranho, né? A gente foi verificar e encontramos no fim da lista ‘Wallison Pessoa Damasceno’”, declarou. Na lista divulgada pela Vale, o primo do narrador ainda aparece com o status de “sem contato”, ou seja, sem que tenha sido encontrado.
Jaime Júnior ainda declarou que familiares pediram para a Vale mudar o nome, mas só a Polícia Civil atendeu o pedido. No fim de sua participação no programa, ele ainda emocionou os demais jornalistas ao manter a esperança de encontrar o primo. “A gente torce para um milagre. Se não encontrarem meu primo vivo, que pelo menos nos dê a dignidade de conseguir enterrar o corpo”, afirmou.

Corinthians tenta embalar pré-Derby contra o Red Bull, na Arena



O Corinthians conquistou uma “suada” vitória no último final de semana ao derrotar a Ponte Preta dentro dos seus domínios e agora tenta embalar uma série positiva antes do seu primeiro clássico oficial da temporada, contra o Palmeiras, no sábado, no Allianz Parque. O rival, que fecha uma trinca de adversários campineiros, será a equipe do Red Bull, nesta quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), na Arena, pela quarta rodada do Paulista.
Com quatro pontos conquistados, o Timão espera ter um resultado positivo em seus domínios para manter o bom clima no elenco e, de quebra, não precisar se preocupar com os pontos conquistados. Com apenas 12 jogos, a fase de classificação do Paulista completa 13 disputado já neste meio de semana, 10 dias depois do primeiro jogo oficial da temporada.
“A gente está trabalhando bastante, entendendo a ideia do professor Fabio, esperamos entrosar rápido para conseguir a vitória e a classificação para o mata-mata do Paulistão”, observou o centroavante Gustagol, que terá seu primeiro descanso da equipe titular, abrindo espaço a Boselli. Ao todo, ele tem três gols marcados em quatro jogos na temporada, sendo o único que atuou por todos os minutos no Paulista.
O time, no entanto, terá diversas mudanças com relação aos titulares que enfrentaram a Ponte Preta. Fagner retorna na lateral direita, Manoel estreia na zaga e Ralf fará seu primeiro jogo no ano. Ao todo, a equipe pode ter até nove titulares diferentes frente ao Toro Loko.
Do outro lado, o time do técnico Antonio Carlos tenta mostrar que pode ser uma pedra no sapato para os grandes. Depois de empatar com o Palmeiras na estreia, a ideia é aproveitar o começo de ano turbulento do Timão para arrancar pontos também dentro de Itaquera.
“Estamos em grupo equilibrado, mas mais um pouco de concentração e estaríamos na segunda posição com pontos a mais. Agora, descansar e já pensar na quarta. Jogo difícil contra o Corinthians, mas a gente tem equipe para bater de frente com eles”, assegurou Zago, que terá o ex-corintiano Júlio César no gol.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X RED BULL
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data: 30 de janeiro de 2019, quarta-feira
Horário: 19h15 (de Brasília)
Árbitro: Vinícius Furlan
Assistentes: Herman Vani e Vitor Carmona

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Léo Santos; Ralf e Thiaguinho; Ramiro, Jadson e Mateus Vital; Boselli
Técnico: Fábio Carille



RED BULL: Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Rafael Carioca; Uillian Correia, Jobson, Pio e Everton; Osman e Ytalo
Técnico: Antonio Carlos Zago

Diretores da Vale ganham até R$1,5 milhão por mês entre salários e vantagens



OS diretores espertos da Vale, que usaram a jogada de marketing de oferecer a merreca de R$100 mil para cada vítima fatal da tragédia de Brumadinho, ganham por mês quinze vezes mais esse valor. Entre salários e benefícios (bônus, participação nos lucros), cada diretor da Vale ganhou no ano passado R$1,6 milhão por mês (exatos R$ 1.587.180,70), no total de R$19 milhões (ou R$19.046.168,46) por ano. 
Já na primeira entrevista, o presidente da Vale usava preto, sugerindo luto e despojamento. Tudo retirado dos manuais de gestão de crise.
Murilo Ferreira, presidente da Vale até fevereiro/2017, foi o executivo mais bem pago do país no ano: levou quase R$60 milhões para casa.
Para não irritar a Justiça, como reza o manual, a Vale não hesitou em desmoralizar o seu advogado Sergio Bermudes, desautorizando-o.

Primeira versão de medida provisória sobre ensino domiciliar já está pronta



O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos comunicou, na manhã desta terça (29), que redigiu uma primeira versão da medida provisória que irá regulamentar o ensino domiciliar no país. Em nota, o ministério explica que os detalhes do normativo deverão ser divulgados somente quando o texto for finalizado, já que poderá sofrer alterações na Casa Civil e no Congresso Nacional.
A ministra titular da pasta, Damares Alves, destacou que, embora o assunto pertença ao campo da educação, “é uma demanda de família”, devendo ser, portanto, sugerido pelo ministério que comanda.
“Nós entendemos que é direito dos pais decidir sobre a educação dos seus filhos, é uma questão de direitos humanos. Então, a iniciativa sai deste ministério sob esta vertente. É uma questão de direitos humanos também. E nós somos signatários do Pacto de San José da Costa Rica que garante isso às famílias”, afirmou, segundo a assessoria de imprensa.
Suprema Corte
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não reconhecer o ensino domiciliar de crianças. Para a Corte, a Constituição prevê apenas o modelo de ensino público ou privado, cuja matrícula é obrigatória, e não há lei que autorize a medida.
Segundo a fundamentação adotada pela maioria dos ministros, o pedido formulado no recurso, que discutia a possibilidade de o ensino domiciliar ser considerado lícito, não pode ser acolhido, uma vez que não há legislação que regulamente preceitos e regras aplicáveis a essa modalidade de ensino.
Durante a discussão no STF, no ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República manifestaram-se contrárias ao homeschooling. A PGR entendeu que “a utilização de instrumentos e métodos de ensino domiciliar para crianças e adolescentes em idade escolar, em substituição à educação em estabelecimentos escolares, por opção dos pais ou responsáveis não encontra fundamento próprio na Constituição Federal”.
Medidas prioritárias
Regulamentar o direito à educação domiciliar, conhecido como homeschooling, está entre as 35 metas prioritárias dos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro.
A demanda por regulamentação do ensino domiciliar foi levada ao governo pela Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). O presidente da associação, Ricardo Dias, diz que procurou o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo ele, a pauta foi bem recebida nos dois ministérios, mas ficou decidido que o segundo seria o responsável por garantir a regulamentação.
“A gente sugeriu uma MP. Fomos ao governo em face da situação que o STF deixou as famílias, em uma espécie de limbo jurídico. Foi uma decisão muito estranha, até um pouco paradoxal. O que o STF disse é que a Constituição não proíbe, mas também não garante. Para garantir, tem que ter lei e se tiver lei, ok”, diz.
A entidade participou da construção da medida provisória. Segundo Dias, trata-se de um texto simples, que tem como principal objetivo não impor grandes restrições ao ensino domiciliar, como exigir, por exemplo, formação em pedagogia. Ele estima que mais de 90% dos pais que educam os filhos em casa não têm essa formação.
De acordo com o presidente da Aned, o texto sugerido deve garantir às crianças que estudam em casa os mesmos direitos das demais, como carteira de estudante e direito de pagar meia-entrada em atrações culturais. Além disso, deve prever um registro nacional das famílias que optem por essa modalidade de educação.
“Somos a favor de que haja algum tipo de registro. Isso é importante, até para não sermos confundidos com evasão escolar”, afirma Dias acrescentando que isso ajudaria na fiscalização por parte do governo.
O último levantamento da Aned, de 2018, mostra que 7,5 mil famílias educam os filhos em casa – número que representa mais que o dobro das 3,2 mil famílias identificadas em 2016. A estimativa é que 15 mil crianças recebam educação domiciliar. A estimativa do governo é que 31 mil famílias são adeptas da modalidade.
Regulamentação
Caso a medida provisória seja aprovada, o ensino domiciliar terá que ser regulamentado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Em 2000, o conselho emitiu um parecer orientando que crianças e adolescentes sejam matriculados em escolas devidamente autorizadas.
O CNE também entende que a legislação vigente enfatiza “a importância da troca de experiências, do exercício da tolerância recíproca, não sob o controle dos pais mas no convívio das salas de aula, dos corredores escolares, dos espaços de recreio, nas excursões em grupo fora da escola, na organização de atividades esportivas, literárias ou de sociabilidade, que demandam mais que os irmãos apenas, para que reproduzam a sociedade, onde a cidadania será exercida”.
Procurado pela Agência Brasil, o CNE diz que este é o último posicionamento do colegiado que ainda não teve acesso ao texto da medida provisória. A questão está na pauta do CNE, que realizou, no ano passado, seminários e reuniões sobre o assunto. (ABr)

Paraná tem 450 barragens e pelo menos 11 apresentam alto risco de romper

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Depois da tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) na última sexta-feira, com pelo menos 65 mortos e 292 desaparecidos, a questão da segurança em barragens passou a virar o foco das atenções. E no Paraná, o cenário apresentado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em seu mais recente relatório, divulgado em novembro de 2018, não é dos mais animadores.
De acordo com o Relatório de Segurança de Barragens, que traz dados referentes ao ano de 2017, o Paraná conta com 450 barragens para diferentes finalidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou industriais e para geração de energia — a ANA, contudo, estima que o número de represamentos artificiais espalhados pelo País seja pelo menos três vezes maior que os dados oficiais, uma vez que não são todos os órgãos e entidades fiscalizadoras que cadastraram as barragens sob sua jurisdição.
Ainda assim, apenas com relação aos barramentos oficialmente cadastrados, temos que 11 são classificados como apresentando alto risco, 30 de médio risco e 63, baixo risco. A categoria de risco refere-se a espectos da própria barragem que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente, como a condição da estrutura.
Dentre as classificadas como alto risco, sete ainda apresentam um Dano Potencial Associado (DPA) considerado alto, clasificação esta que se refere ao dano causado em caso de acidente ou rompimento. O caso mais grave é o da Represa Canteri, em Imbituva, na região Centro-Sul do Estado, cujo nível de perigo da barragem é classificado como demandando atenção das autoridades.
Fiscalização é o maior problema
O maior problema com relação às barragens no Paraná, contudo, diz respeito à fiscalização. Das 450 barragens existentes no Estado, apenas 79 (17,5% do total) receberam alguma inspeção desde 2015. A questão, inclusive, foi citada expressamente pela ANA em seu relatório, com o órgão apontando haver apenas quatro funcionários no Instituto de Águas do Paraná atuando na fiscalização.
“Todas as pessoas que atuam nesta questão, além de possuírem outras tarefas, estão quase se aposentando ou não fazem parte do quadro funcional, sendo servidores de outros órgãos e estando temporariamente à disposição do Águas Paraná”, escreve a ANA.
A engenheira Mariana Alice Maranhão, do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, aponta algumas melhorias que seriam importantes para se evitar acidentes e tragédias como as ocorridas em Mariana e Brumadinho.
“É preciso ampliar o banco de dados, não colocar só quais as barragens (existentes), mas os profissionais responsáveis, e exigir relatório visual, verificação com frequência maior, para que não ocorra nenhum tipo de acidente”, aponta a especialista. “Claro, mesmo com laudo é possível acontecer acidentes, mas a chance diminui muito”, ressalta.

Em quatro anos, houve pelo menos 56 ocorrências, uma delas no Sul do PRNos últimos quatro anos com dados disponíveis (2014, 2015, 2016 e 2017), pelo menos 56 ocorrências envolvendo barragens (acidentes ou incidentes) foram registrados em todo o país. Os dois episódios mais graves ocoreram em Minas Gerais, nos municípios de Mariana (em 5 de novembro de 2015) e Brumadinho (na última sexta-feira). No primeiro caso, foram 19 mortos e um ferido. No segundo, já eram 65 mortos e 292 seguiam desaparecidas até esta segunda-feira (28).
Dentre todas essas ocorrências, uma foi registrada no Paraná. Foi na Barragem Fazenda Guavirova, em União da Vitória, no dia 24 de agosto de 2016. Na ocasião, uma cheia provocou o rompimento da barragem, ocasionando a morte de uma pessoa.

Simepar avaliará as unidades paranaenses
Nesta segunda-feira (28), o Governo do Estado anunciou que fará um contrato de gestão com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) para avaliar a situação das barragens existentes no território paranaense. Em paralelo, duas unidades que abrigam resíduos minerais, em Cerro Azul e Campo Largo, serão vistoriadas nessa semana. Os trabalhos serão monitorados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental e Turismo (SEDAT).
Enquanto isso, o Estado também auxilia Minas Gerais. Três bombeiros altamente qualificados do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) foram mandado para Brumadinho na noite de domingo e atuarão como observadores, fazendo o levantamento de informações, e auxiliarão na busca às vítimas, se solicitado.

Barragens de Alto Risco no Paraná
Nome da Barragem                 Município
Represa Canteri                        Imbituva
Lago Favoretto                          Manoel Ribas
Barragem Costa                        São João do Ivaí
Represa Três Barras                  São Sebastião da Amoreira
Eugenio Carneiro                       Tibagi
Coronel Domingos Soares           Coronel Domingos Soares
Barragem São Bento                  General Carneiro
Lago Paulo Gorski                      Cascavel
Cristo Rei                                  Campo Mourão
Justus                                       Inácio Martins
Usina e Fábrica de Papelão 
Apucaraninha                            Londrina

Homem mata a própria mulher durante visita íntima em presídio de SP

Michael e Nicolly: "Até o fim"

Um detento do Centro de Detenção Provisória (CDP), de Jundiaí (interior de São Paulo) matou a mulher durante uma visita íntima, na noite deste domingo (27). Ela foi derrubada da cama em que ambos estavam e agredida com vários chutes no rosto.
A vítima foi identificada como Nicolly Guimarães Sapucci, 22 anos. Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o autor do feminicídio é Michael Denis Freitas, de 25 anos. Ele autuado em flagrante e continuará preso – estava cumprindo pena por um roubo executado no ano passado.
Segundo a polícia, o agressor assumiu o crime e disse ter sido motivado por ciúmes. No dia do crime, os dois estavam na cela reservada para visitas íntimas, quando teriam começado a discutir. O acusado teria empurrado a mulher para fora do beliche e, já no chão, desferido chutes em seu rosto. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital São Vicente, mas não se recuperou e acabou morrendo por volta das 20h40 de domingo. Os médicos constataram que ela sofreu traumatismo craniano
De acordo com boletim registrado na Polícia Civil, a jovem morava em Bragança Paulista e vivia com Freitas desde agosto de 2017.
Em seu perfil nas redes sociais, a jovem declarou seu amor ao parceiro e disse que ficaria com ele até o fim. “Troquei as maquiagens pelas lágrimas, o salto pelo chinelo, a balada pelo trabalho, as viagens pela visita. Troquei minha vida pela sua. To (sic) com você até o fim.”

Socorro a estados vai tirar da União R$ 167 bi até 2022



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Mudanças feitas na legislação nos últimos anos para socorrer governos estaduais vão fazer com que R$ 166,7 bilhões deixem de entrar nos cofres do governo federal até 2022, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28).
A divulgação do impacto negativo para as contas da União ocorre em meio à ampliação da crise nos estados, com governadores em busca de ajuda federal ou tentando se enquadrar no regime que suspende o pagamento de dívidas.
Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff sancionou lei que alterou o indexador das dívidas de estados e municípios com a União, reduzindo as taxas que corrigem os saldos das dívidas.
Em 2016, foi a vez de Michel Temer assinar lei para renegociar dívidas estaduais. Com isso, os governos regionais tiveram seus débitos alongados por 20 anos, reduzindo o valor das parcelas devidas.
No ano seguinte, o Congresso aprovou e Temer deu aval ao Regime de Recuperação Fiscal, um programa que concede benefícios e suspende o pagamento de dívidas estaduais em troca de um rigoroso programa de ajuste nas contas públicas.

Venda de material escolar tem alta de até 12%

Varejo comemora as boas vendas neste início de ano

A volta às aulas está perto. São pouco menos de três semanas de férias para os estudantes das redes municipal e estadual de Curitiba, que iniciam o ano letivo entre 14 e 15 de fevereiro. Com isso, já há uma corrida para a compra do material escolar, que neste ano começa com alta nas vendas de até 12% em relação o mesmo período do ano passado.
Este é o caso de um balanço divulgado pelas Livrarias Curitiba, que já ampliou as vendas em 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Os itens mais procurados até agora são os cadernos, mochilas e planners.
Entre os diferenciais que estão ajudando nesse crescimento, destaque para a variedade de opções (cerca de 3 milhões de itens), os parcelamentos em até dez vezes sem juros e os preços atrativos, entre outros motivos.
O marketing também ajuda. Até o dia 3 de fevereiro, alunos de todas as idades podem encontrar uma grande variedade de produtos na Campanha “Volta às Aulas Mueller. Não Falte!”. E para inspirar as compras, o Shopping Mueller preparou cinco vitrines no mall, com sugestões de itens de diferentes lojas. As vitrines estão divididas por fases da vida escolar.
Redes de educação
Algumas escolas da rede particular já iniciaram o ano letivo, no caso de alunos do terceiro ano. A rede estadual do Paraná começa as aulas no dia 14 de fevereiro e as escolas e Cmeis de Curitiba no dia 25.
117 mil bolsas no ensino superior
Os meses de janeiro e fevereiro são os principais para o ingresso de estudantes no ensino superior. Juntas, as 98 instituições de ensino parceiras da plataforma Quero Bolsa no Paraná oferecem 117 mil bolsas de estudo no estado. Na região metropolitana de Curitiba são 35 mil bolsas de estudo disponíveis no site www.querobolsa.com. São oportunidades para fazer cursos de graduação e pós-graduação nas modalidades presencial e a distância (EaD). Os descontos oferecidos chegam a 76.35% e valem para todo o curso. A oferta cada vez maior de bolsas de estudo tem se consolidado como alternativa aos programas públicos de estímulo ao ingresso ao ensino superior, como o Fies, que a cada ano tornam-se mais restritivos. “O crescimento da oferta de vagas com bolsas de estudo acompanha também a expansão da rede de ensino. Com a criação de uma rede de polos de ensino a distância, tanto nos grandes centros quanto nas cidades menores, as oportunidades para fazer faculdade se multiplicam”, explica Marcelo Lima, diretor de relações institucionais da plataforma Quero Bolsa.

Governo cria comitê para monitorar ocorrências de febre amarela no Paraná



A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná criou um comitê operacional para enfrentamento da febre amarela no Estado. O grupo vai atuar desde a investigação de casos e na intensificação da vacinação, até o tratamento aos doentes. O Centro de Operações em Emergências em Saúde (Coes) está focado, inicialmente, nos sete municípios da 1ª Regional de Saúde, onde o vírus da doença foi confirmado em macacos encontrados mortos, em Antonina.
Em videoconferência realizada nesta segunda-feira (28) com as 22 Regionais de Saúde do Paraná, foi reforçada a necessidade de vacinar a população em todo o Estado, na faixa etária de 9 meses a 59 anos. A Superintendência de Atenção à Saúde também está levantando, junto a cada município, a capacidade de monitorar e atender eventuais casos.
“Além das providências que estamos tomando, é sempre preciso alertar a população para que não deixe de tomar a vacina”, destaca João Luís Crivellaro, da Superintendência de Vigilância em Saúde. Ele explica que a vacina precisa de dez dias para começar a fazer efeito, e é a única forma de evitar a doença. O uso de repelente também é indicado.
Os macacos encontrados mortos estavam na localidade de Morro Queimado, em Antonina, um local de circulação de praticantes de eco-turismo. O resultado positivo dos exames que confirmaram a circulação do vírus saiu em apenas dois dias.