segunda-feira, 31 de maio de 2021

Copa América: em reviravolta, Conmebol decide sediar torneio no Brasil; Arena das Dunas em Natal é apontada como uma das sedes


 













O Brasil é o novo país-sede da Copa América. Após reunião emergencial nesta segunda-feira, a Conmebol decidiu por transferir para cá a realização do torneio, que seria inicialmente na Colômbia e na Argentina.

Pesou a favor do Brasil a expertise da organização da última Copa América, em 2019 (vencida pela Seleção). Além disso, outro argumento utilizado foi o fato do país ter mais estádios em boas condições para os jogos das equipes nacionais sul-americanas.

De acordo com a confederação, as datas de início e final do torneio estão confirmadas — 11 de junho e 10 de julho. As sedes e a tabela de jogos serão confirmados “nas próximas horas”.

Até o início da reunião, a possibilidade de o Brasil organizar o torneio era descartada tanto pela CBF quanto pela Conmebol. Mas ao longo do encontro mencionou-se que o país tem estádios de Copa do Mundo que estão ociosos, como Mané Garrincha em Brasília, Arena da Amazônia, Arena Pernambuco e Arena das Dunas em Natal.

A ideia é colocar um grupo para jogar em Manaus e Brasília, o outro nos dois estádios do Nordeste. O Campeonato Brasileiro não será interrompido.

A Conmebol havia anunciado no domingo que outros países tinham mostrado interesse em abrigar a competição de seleções sul-americanas. Os governos do Equador e da Venezuela enviaram propostas oficiais à Conmebol para receberem os jogos que seriam na Colômbia.

Já o Chile também tinha surgido como candidato informal para compartilhar o torneio com a Argentina. Mas como só poderia receber um grupo, a Conmebol achou melhor fazer tudo num só país, para evitar deslocamentos.

A Argentina deixou de ser sede da Copa América devido à piora da pandemia de Covid-19 no país. O ministro do Interior, Wado de Pedro, disse no domingo que organizar o torneio seria inviável, principalmente em Mendoza, Córdoba, Buenos Aires, Tucumán e Santa Fé. A Argentina tem cerca de 45 milhões de habitantes, e registrou até agora mais de 3,6 milhões de casos, com mais de 76 mil mortes.

A Colômbia, por sua vez, abriu mão da Copa América devido aos protestos populares vividos pelo país nas últimas semanas.

A Conmebol estimava que, sem público e sem a participação das convidadas Austrália e Catar, o torneio daria um prejuízo de US$ 30 milhões.

No mês passado, a Conmebol havia anunciado um aumento na premiação da Copa América, com o campeão passando a faturar US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões), além dos US$ 4 milhões (quase R$ 23 milhões) que cada seleção recebe por participar do torneio. Na edição anterior, disputada em 2019 no Brasil, o campeão levou US$ 7,5 milhões.

Enquanto isso, as equipes participantes do torneio começaram a se reunir na semana passada, em preparação para jogos das eliminatórias da América do Sul. É o caso da seleção brasileira, que vem trabalhando na Granja Comary desde a última quinta-feira.

Globo Esporte

Dois vereadores e um servidor testam positivo para covid

 


Dois vereadores e um servidor testaram positivo para Covid-19, na Câmara Municipal de Apucarana. As confirmações foram no sábado (29) de um vereador e um servidor e, nesta segunda-feira (31), de mais um vereador. Desde o início da pandemia já somam 10 servidores que testaram positivo e 3 vereadores, sendo que um deles não resistiu as complicações da doença e faleceu em janeiro, vinte e um dias após a posse. Todos estão, de acordo com informações da assessoria. 

“Estamos trabalhando, desde a semana passada com um número reduzido de servidores na Casa e não estamos fazendo atendimento presencial. O trabalho está sendo interno. Todas as medidas preventivas estão sendo tomadas. Os vereadores e os servidores que positivaram estão bem, cumprindo isolamento domiciliar e tendo acompanhamento médico”, explicou o presidente da Câmara, Franciley Preto Godoi, Poim.

SESSÃO ORDINÁRIA

Nesta segunda (31), tem dia de sessão ordinária na Câmara e, em respeito ao princípio da publicidade, a sessão será mantida com transmissão ao vivo. Em plenário, apenas servidores convocados para o trabalho legislativo poderão acompanhar as sessões. Com relação a presença da imprensa, ficou estabelecido que o acompanhamento das sessões poderá ser feito somente de forma virtual.

Durante o período de restrição, que segue até do dia 14 de junho, o atendimento à comunidade na Casa de Leis será feito através do telefone (43) 3420 7000 ou através do site oficial www.apucarana.pr.leg.br

Após parto prematuro, morre João Miguel, filho de Whindersson Nunes

 


João Miguel, filho de Whindersson Nunes e Maria Lina, morreu nesta segunda-feira (31) após um parto prematuro. O filho do humorista nasceu com apenas 22 semanas neste sábado (29).

A criança era o primeiro filho de Whindersson e Maria Lina. Após o nascimento de João Miguel, Whindersson comemorou: "Ontem eu conheci meu filho, e a primeira vez que encostei nele foi como se eu encostasse em um pedaço de Deus. Há tanto tempo eu não me sentia vivo", escreveu o youtuber ao publicar a primeira foto segurando a mãozinha do bebê, no Instagram.

O pai de primeira viagem contou um pouco sobre a chegada do filho e elogiou a noiva na hora do parto.

"Ele, como diz no interior, é minha cara, cagado e cuspido, até o pé é igual, mas ele é bem pequeninho, porque veio um pouco antes do esperado. A mãe dele foi uma leoa demais, e nessa hora a natureza me botou em um lugar que eu nunca estive, parado, e sem poder fazer nada, onde eu não tinha controle de nada. Só ver ela passar por tudo aquilo que nós ouvimos falar todos os dias mas só passando mesmo pra saber, obrigado por ser tão forte pelo meu maior presente!", agradeceu.

No Exército, Pazuello obrigou soldado negro a fazer papel de animal: "Ele me fez puxar carroça"


 













O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, obrigou um soldado negro de 19 anos a puxar uma carroça e carregar outro militar em cima. O episódio aconteceu em 2005, quando o general comandava o quartel do Depósito Central de Munições do Exército, em Paracambi (RJ). Na ocasião, a 1ª Região Militar resolveu abrir um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do oficial.


De acordo com o Estadão, que conversou Carlos Vítor de Souza Chagas, recruta que foi obrigado a substituir um cavalo, Pazuello teria visto os dois soldados passarem em uma carroça. No entanto, ele teria julgado que os homens estavam "rápido demais" e, por este motivo, resolveu dar uma "lição".

Gargalhando, Pazuello mandou os dois pararem, desatrelar o animal e ordenou que Carlos puxasse a carroça com o outro soldado em cima. "Eu não estava pilotando o cavalo, estava na carroça. Quem estava era o outro garoto", disse ao Estadão.

Hoje com 35 anos, Carlos ainda se lembra do episódio que viveu. Ele contou ao jornal que tinha sido convocado por um outro tenente para ajudar a carregar uma banheira na carroça. O ex-soldado diz acreditar que a decisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (sem partido) se trata de racismo.

Pelo ocorrido, Pazuello chegou a ser investigado pelo Exército. Na época, a 1ª Região Militar resolveu pela abertura do Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta do oficial.

Segundo o Estadão, que acessou o documento, o inquérito concluiu que Pazuello quis "orientar" o soldado “para a preservação da boa saúde dos cavalos de tração utilizados na OM (organização militar)”.

No Inquérito Policial Militar do caso, o outro soldado que estava na carroça, Celso Tiago da Silva Gonçalveso, disse que estava com o ombro machucado e por isso “não poderia cumprir a ordem de puxar a carroça”.

Procurado, o advogado do general, Zoser Hardman, não respondeu à reportagem

Mais 20 casos de Covid são confirmados em Ivaiporã

 


Vinte novos casos de coronavírus foram confirmados em Ivaiporã, após exames realizados pelo Laboratório Central do Paraná.

De acordo com o boletim divulgado neste domingo (30), pelo Departamento Municipal de Saúde e Vigilância Epidemiológica, o município soma um total de 3.116 casos confirmados desde que a pandemia começou e 70 óbitos.

Segundo o boletim, 20 pessoas estão internadas com coronavírus.

No total, 32 casos estão em investigação e envolvem três pessoas que já faleceram, 28 pessoas que estão em isolamento domiciliar e um paciente internado.

Covid-19: Bebê morre após complicações da doença no PR

 


Um bebê de penas 11 meses de idade morreu no sábado (29) por complicações da Covid-19 em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná. Ele estava internada em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Policlínica PB.

A Vigilância Epidemiológica de Pato Branco informou que o menino era de Cascavel e havia sido transferido para Pato Branco por falta de vagas.

Antes dele, a a pessoa mais jovem a morrer por coronavírus em Pato Branco tinha sido um jovem de 24 anos.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), desde o início da pandemia, outras 17 crianças entre zero e 5 anos morreram em decorrência da Covid-19.

Foram diagnosticados 21.788 casos de coronavírus na mesma faixa etária. 

Volume de doações para combate à pandemia no Brasil ultrapassa R$ 7 bilhões
















 As doações para o combate à pandemia de Covid-19 no Brasil já ultrapassam os R$ 7 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), que monitora os valores desde março do ano passado.

No total, mais de 700 mil doadores contribuíram com causas diversas: a saúde é a área mais beneficiada, com 74% das doações, seguida por assistência social, com 20%, educação, 4% e geração de renda, com 3%.

A presidente do Conselho da ABCR, Márcia Woods, explica que o foco da solidariedade foi mudando de acordo com o momento da pandemia. “Nos primeiros meses as doações foram muito expressivas. A gente atingiu a marca de R$ 5 bilhões logo nos primeiros três meses e muito disso era na área de saúde e para infraestrutura. Então uma preocupação de aumento da capacidade, de ter equipamentos de proteção individual, de testagem, que no começo era bastante difícil e aí ao longo do tempo vimos uma queda nas doações, mas também no segundo semestre do ano passando, quando parecia que a pandemia estava arrefecendo um pouco, o auxílio emergencial estava acontecendo. A diferença agora é que nos últimos meses as maiores doações estão indo para a área de assistência social, principalmente apoiando as famílias vulneráveis com doação de cestas básicas, então muita preocupação com a segurança alimentar da população.”

Jovem Pan

Vacinas da Covid-19 podem ser menos efetivas em mulheres, sugere estudo feito nos EUA


 














Ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos sugerem que as vacinas contra o coronavírus são ligeiramente menos eficazes entre as mulheres do que entre os homens. Um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) observou que 63% dos casos de infecções após tomar as duas doses da vacina aconteceram em pacientes do sexo feminino.

Os cientistas agora querem entender por que as mulheres podem responder de maneira diferente os imunizantes. “O CDC está trabalhando com departamentos de saúde estaduais e territoriais para investigar infecções por Sars-CoV-2 entre pessoas que estão totalmente vacinadas e monitorar tendências nas características dos casos e variantes de SARS-CoV-2 identificadas em pessoas com essas infecções”, afirma um comunicado publicado pela instituição.

De maneira geral, casos de Covid-19 diagnosticados em pessoas totalmente vacinadas após pelo menos duas semanas são raros: apenas 0,01% das 101 milhões de pessoas nos Estados Unidos foram totalmente vacinadas contra o coronavírus desenvolveram infecções invasivas até 30 de abril. Das 10.262 diagnosticadas, 6.446 (63%) ocorreram em mulheres, e a idade média das pacientes foi de 58 anos.

Com base em dados preliminares, 27% das infecções causadas após os pacientes tomarem a vacina eram assintomáticas, 10% foram hospitalizados e 2% morreram. Entre os 995 pacientes hospitalizados, 29% eram assintomáticos ou hospitalizados por um motivo não relacionado a Covid-19. A idade média dos pacientes que morreram foi de 82 anos, e 18% falecidos eram assintomáticos ou morreram de uma causa não relacionada ao coronavírus.

Em 5% dos casos notificados foi possível identificar as variantes do vírus: 56% eram B.1.1.7 (a chamada variante do Reino Unido), 25% eram B.1.429, 8% eram P.1 (variante brasileira do coronavírus) e 4% eram B.1.351 (variante sul-africana).

Esses dados são consistentes com os ensaios clínicos já realizados. A vacina da Pfizer apresentou uma taxa de eficácia de 96,4% em homens, mas 93,7% em mulheres. Sua taxa geral de eficácia é de 95%, uma média desses dois resultados. A vacina da Moderna, por sua vez, apresentou uma taxa de eficácia de 95,4% em homens, mas 93,1% em mulheres. E a injeção da Johnson & Johnson reduziu o risco de Covid-19 moderado a grave em 68,8% nos homens, mas 63,4% nas mulheres.

O CDC aponta, ainda, que as conclusões do relatório estão sujeitas a pelo menos duas limitações: o número de casos provavelmente está subnotificado e os dados da sequência SARS-CoV-2 estão disponíveis apenas para uma pequena proporção dos casos relatados. “Muitas pessoas com infecções, especialmente aquelas que são assintomáticas ou que apresentam doença leve, podem não procurar o teste”, explica o órgão.

Algumas explicações possíveis

Normalmente, mulheres apresentam respostas imunológicas mais fortes às vacinas do que os homens, uma vez que níveis mais elevados de estrogênio estimulam o sistema imunológico. Cientistas, porém, suspeitam que as variantes do coronavírus podem ter impactado a taxa de eficácia da vacina.

Para Sabra Klein, codiretora do Centro Johns Hopkins para Saúde Feminina, Sexo e Pesquisa de Gênero, é possível que as vacinas sejam mais eficazes para ajudar o corpo para reconhecer o coronavírus original identificado em Wuhan, porém menos efetivas contra suas variantes – e isso se reflita especialmente entre as mulheres.

“Toda a base da vacinação é ter algumas células de memória para que, caso você seja infectado com o vírus, se for mesmo possível, você fique assintomático em vez de sintomático porque seu sistema imunológico já foi treinado”, explica Klein. “Portanto, pode ser que parte desse treinamento e a especificidade desse treinamento sejam maiores para mulheres do que para homens”, completa, em entrevista à Business Insider.

Outra possibilidade é o fato de que mais mulheres do que homens foram vacinadas nos Estados Unidos até agora, e as mulheres podem estar mais inclinadas a procurar testes Covid-19 ou relatar sua doença se estiverem apresentando sintomas. As mulheres também representam a maioria dos profissionais de saúde, que são regularmente testados para infecções por coronavírus no trabalho.

“As diferenças biológicas entre homens e mulheres e como isso poderia estar acontecendo em resposta a essas vacinas são dados que não receberam a atenção adequada”, avalia Klein. “Definitivamente, não acho que esse tipo de coisa deva ser descartada – e isso é o que costuma acontecer porque é mais fácil pensar que isso é preconceito do que algo real”, completa.

Olhar Digital via Business Insider/CDC


Senadores decidem antecipar depoimento de Queiroga à CPI da Pandemia

 


Os senadores que compõem o grupo majoritário da CPI da Pandemia decidiram que irão alterar o cronograma da comissão para as próximas semanas, antecipando dois depoimentos que ainda não estavam com data acertada: a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a fala de Luana Araújo, médica escalada para comandar uma secretaria dedicada à Covid-19 e cuja nomeação foi barrada pelo Palácio do Planalto.

Eles devem ser chamados a falar ainda em junho, informou o comando da CPI à CNN. A estratégia foi debatida neste domingo (30), quando os integrantes do chamado G7 se reuniram de forma virtual.

Segundo Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, o grupo avalia que Queiroga precisa voltar a falar o quanto antes. A avaliação é que o atual ministro precisa ser novamente inquirido diante da insistência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em comparecer, sem máscara, a manifestações que causam aglomerações.

Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Queiroga tem sido “omisso e cúmplice” e, por isso, a CPI entende que sua fala deve ser antecipada.

“Queiroga tem silenciado quanto à continuidade do morticínio e este não é o seu papel. Enquanto as UTIs continuam a encher e o presidente pedindo ao STF autorização para aglomerar”, disse Renan, referindo-se à ação de Jair Bolsonaro para impedir medidas de restrição de governadores.

O plano acertado pelo G7 envolve também encerrar após a próxima semana o debate na comissão sobre o uso de cloroquina. Os senadores entendem que já está estabelecida a ineficácia do medicamento no tratamento da Covid-19 e, ao seguir falando sobre isso, a CPI favorece distorções e até propaganda indevida do chamado “kit Covid”.

“Não adianta mais ficar discutindo isso. O próprio presidente Jair Bolsonaro, que é o maior defensor disso, não tem mais falado o nome do remédio publicamente”, disse Otto Alencar (PSD-BA).

De acordo com Alencar, a ideia do G7 é usar o depoimento da infectologista Nise Yamaguchi para falar do gabinete paralelo que supostamente assessorava o presidente da República, como indicou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. O grupo de senadores concordou que não dará mais espaço na comissão para debater se cloroquina funciona ou não, pois já está comprovado que o seu uso é indevido.

“Tudo que ela (Nise Yamaguchi) precisaria falar sobre cloroquina já falou. Seria o caso de pedir algumas confirmações. Sobre o gabinete paralelo já temos muita coisa e a expectativa das pessoas que a conhecem é de que ela não vai mentir, se omitir ou negar o que ocorreu e ocorre”, diz Renan Calheiros.

Os integrantes da CPI já bateram o martelo sobre não chamar mais especialistas para falar do chamado “tratamento precoce”. Serão mantidos os nomes previstos para a próxima semana: Nise Yamaguchi na terça-feira (1º) e um grupo de médicos na quarta-feira (2)  – neste dia, serão ouvidos Cláudio Arns da Cunha, que é presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, e outros três especialistas.

Mas a CPI avalia ainda se Claudio Maierovitch, médico sanitarista e ex-presidente Anvisa e da Fiocruz, e Nathalia Pasternak, microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) falarão na outra semana.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que defende a manutenção do nome de ambos no cronograma. O grupo irá confirmar essa participação após os depoimentos da próxima quarta-feira.

CNN Brasil

COVID: Brasil irá testar combinação das vacinas de Oxford e da Clover

 


O Brasil será sede de um estudo inédito que busca avaliar a eficácia da combinação das vacinas de Oxford-AstraZeneca e da Clover na prevenção da Covid-19. A expectativa é que cerca de 600 pessoas participem das fases 1 e 2 do teste clínico, liderado pela pesquisadora Sue Ann Clemens, que também está à frente dos estudos fase 3 das vacinas de Oxford e da Clover no Brasil.

O protocolo do estudo ainda está em produção e os centros que irão realiza-lo inda estão em definição, mas a ideia, segundo Sue, é fazer no Nordeste, no Sul e no Sudeste, na cidade do Rio de Janeiro. “Queremos utilizar centros que já tenham estrutura para trabalhar com vacina de vetor viral e que recrutem rápido”, diz Sue. Já a parte laboratorial e de gestão de dados será feita fora do Brasil, já que o projeto é uma iniciativa da Universidade de Oxford em parceria com a Clover, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, com o apoio da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi, na sigla em inglês) e do governo chinês. O estudo está previsto para começar em julho.

Como vai funcionar o estudo

Na fase 1, os voluntários irão receber uma dose da vacina de Oxford e após um mês, uma dose da vacina da Clover. Nessa etapa, três concentrações diferentes do imunizante da Clover serão testadas. A que tiver melhor desempenho na ativação do sistema imunológico contra o novo coronavírus, irá avançar para a próxima fase.

Ao contrário dos estudos anteriores, que dividiam os voluntários entre aqueles que recebiam a vacina e os que recebiam o placebo, este estudo não terá grupo placebo. Sue explica que o grupo controle será formado por pessoas com perfil semelhante, que completaram o esquema normal de vacinação com duas doses da vacina de Oxford. “Vamos comparar se a pessoa vacinada com uma dose da vacina de Oxford e uma dose de reforço da Clover tem uma resposta imune melhor, pior ou igual a de quem recebeu duas doses da vacina de Oxford”, explica a pesquisadora.

Um estudo pré-clínico (feito em animais) pela Clover, na China, mostrou que a combinação das vacinas aumentou consideravelmente a resposta imune. “Os dados dos estudos pré-clínicos quando você mistura as plataformas foram tão mais elevados do que os dados de quando foram utilizadas duas doses da mesma plataforma que deixou todo mundo muito animado. Agora precisamos confirmar esse resultado na fase clínica”, diz Sue.

Otimização da produção e aumento do acesso

A escassez de vacinas é um problema mundial. Atualmente, mesmo com diversos imunizantes já aprovados, não há vacina suficiente para imunizar o mundo todo, em especial porque a maioria dos imunizantes disponíveis exigem duas doses. Dessa forma, a ideia de intercambiar doses, além de potencialmente aumentar a proteção, pode facilitar a logística de grandes programas de vacinação. “Isso dar certo seria o melhor dos mundos, na situação que a gente vive porque você consegue atingir um número maior de pessoas, com menos doses. Além disso, você potencializa uma vacina que já tem uma eficácia muito boa”, afirma a pesquisadora.

O nome dessa estratégia, de aplicar imunizantes diferentes e, principalmente, feitos com plataformas diferentes é reforço heterólogo. A prerrogativa é que ao se misturar plataformas que ativam o sistema imunológico de forma diferente, contra um mesmo inimigo, a proteção aumenta. Neste caso, a primeira dose é da vacina de Oxford-AstraZeneca, que é uma vacina de vetor viral, com reforço de uma vacina de proteína com adjuvante, como a da Clover.

“O importante é a plataforma e não a vacina em si”, explica Sue. Ou seja, se o estudo tiver um resultado positivo, qualquer vacina de vetor viral poderá ser reforçada por qualquer vacina de proteína para conferir melhor proteção contra o novo coronavírus. Vale lembrar que essa não é a única opção sendo avaliada. Em dezembro, a Universidade de Oxford anunciou cooperação semelhante com a vacina do Instuto Gamaleya, a russa Sputnik V. Neste caso, ambas utilizam a plataforma de vetor viral, mas com vetores diferentes. No Reino Unido, está em andamento um teste que avalia a eficácia da combinação da vacina de Oxford (vetor viral) com a da Pfizer (RNA mensageiro).

Veja

domingo, 30 de maio de 2021

Governo federal finaliza pagamento da 2ª parcela do auxílio emergencial 2021 neste domingo (30)


 











O governo federal finaliza neste domingo (30) o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial 2021. Para os 2,32 milhões que nasceram em dezembro o repasse totalizará R$ 480,3 milhões. O saque em dinheiro para o grupo poderá ser feito a partir do dia 17 de junho.

Conforme o Ministério da Cidadania, pasta responsável pelo programa, os investimentos nesta etapa, de maio, chegam a R$ 5,9 bilhões e alcançam 28,4 milhões de trabalhadores dos meios digitais e do Cadastro Único.

“São resultados que nos deixam confiantes de que estamos executando uma operação eficiente para fazer os recursos chegarem aos cidadãos em situação mais vulnerável. Antecipamos os calendários das duas primeiras etapas, o que foi possível pelo trabalho atento das equipes do Ministério da Cidadania e de seus parceiros”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.

Até a liberação da retirada em espécie, o valor pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem. Pelo sistema, os beneficiários conseguem pagar boletos, comprar pela internet e pelas maquininhas de estabelecimentos comerciais.

Outra opção é utilizar o Pix, sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central. A única exceção às transações se dá para os casos de transferência para conta de mesma titularidade.

O calendário do público geral (aplicativos e meios digitais e inscritos no CadÚnico) é dividido em quatro ciclos, de créditos e de saques. Já os integrantes do Bolsa Família recebem de acordo com o calendário regular do programa. Nesta segunda-feira, recebem o benefício as pessoas com NIS (Número de Identificação Social) final 0, fechando também o pagamento da segunda parcela ao público do programa assistencial.

R7

Morre o jornalista Fábio Campana, vítima da covid-19

 


Faleceu neste sábado (29) em Curitiba, o jornalista Fábio Campana.

Fábio Campana nasceu em 1947 no município paranaense de Foz do Iguaçu. Viveu em Curitiba desde 1960.

Publicou Restos Mortais, contos (1978); No Campo do Inimigo, contos (1981); Paraíso em Chamas, poesia (1994); O Guardador de Fantasmas, romance (1996); Todo o Sangue (2004); O último dia de Cabeza de Vaca (2005); Ai (2007); A Árvores de Isaías (2011); O Ventre, o Vaso, o Claustro (2017); e As Coisas Simples (2019).

Foi diretor da editora Travessa dos Editores, onde também dirigiu as revistas Et Cetera e Ideias.

No jornalismo, além de editor de seu blog por 15 anos, foi editor da revista Atenção e do jornal Correio de Notícias. Atuou como colunista político dos jornais Gazeta do Povo, O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná, Gazeta do Paraná e Tribuna do Norte. Foi comentarista de política das rádios BandNews, Banda B e CBN no Paraná. Como repórter, foi autor de matérias marcantes, como “Sodomia, suor e látego”, publicada na extinta Revista Panorama, em 1979. A reportagem denunciava as condições do sistema prisional juvenil do Paraná.

Foi secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba e secretário de Estado da Comunicação Social em três administrações do Governo Estadual do Paraná.

Como publicitário, trabalhou nas agências Equipe e Exclam. No campo do marketing político, atuou em diversas campanhas para governador do Paraná e em inúmeras campanhas para prefeituras, além de ter dirigido a comunicação das campanhas presidenciais que elegeram dois presidentes do Paraguai: as de Juan Carlos Wasmosy (1993) e de Raúl Cubas Grau (1998).

Foi filiado ao Partido Comunista em 1960 e esteve filiado ao PCdoB até 1981, quando deixou o partido. Foi preso político em 1966 e em 1970.

Casado com a psicóloga e professora Denise de Camargo desde 1975, Fábio Campana deixa também dois filhos e um neto.

Com informações do Blog do Fabio Campana


Anvisa alerta para riscos do uso de paracetamol após a vacinação contra covid-19

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa emitiu um alerta sobre os riscos do uso indiscriminado de paracetamol após a vacinação contra a Covid-19.

Segundo o órgão, o medicamento utilizado para que é indicado para aliviar dores moderadas e leves, pode  levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite e morte.

De acordo com a agência, o paracetamol deve ser usado com cautela, conforme as recomendações da bula, para cada faixa etária.

A Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária recomenda aos profissionais de saúde e à população que notifiquem à Anvisa os casos de reações indesejadas após o uso do medicamento.

Ainda segundo a Agência, as principais reações observadas após a vacinação contra covid-19 são febre e dores de cabeça e no corpo, que variam de leves a moderadas. No entanto, esses efeitos devem desaparecer em poucos dias.

Atenção ao uso correto

De acordo com a Gerência-Geral de Monitoramento, o paracetamol vem sendo utilizado para aliviar sintomas de eventos adversos pós-vacinais, como febre e dores de cabeça. Entretanto, a utilização incorreta pode causar eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa com desfecho fatal, quando o uso é prolongado ou acima da dose máxima diária.

Deve-se ter em mente que para qualquer medicamento existe um risco associado ao seu consumo. Por isso, é fundamental que o produto seja utilizado de forma correta, seguindo as recomendações da bula e as orientações dos profissionais de saúde.

Recomendações

Confira abaixo as informações sobre a dose máxima diária de paracetamol para cada faixa etária, conforme a bula do medicamento:

Adultos e crianças acima de 12 anos: dose máxima de 4 gramas em um dia.

Crianças entre 2 e 11 anos: não devem ser utilizados mais de 50-75 mg/kg em um dia (24 horas).

Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos ou com menos de 20 kg: consulte o médico antes de usar.

Para mais informações sobre as recomendações de uso dos medicamentos, consulte a bula disponível no Bulário Eletrônico da Anvisa.

R7

Em meio à pandemia, Brasil tem fila de 60 mil pacientes à espera de cirurgias cardiovasculares

 

Cerca de 60 mil pacientes com doenças cardiovasculares diretamente afetados pela pandemia de covid-19 tiveram procedimentos suspensos ou adiados porque leitos estavam ocupados com infectados pela doença.

A situação é agravada por uma crise no fornecimento de materiais essenciais para essas cirurgias. Com a alta do dólar e defasagem na Tabela SUS, fornecedores têm dificuldade de repassar os produtos sem prejuízo e hospitais da rede pública nem sempre conseguem repor a diferença para garantir as compras, o que já resulta em desabastecimento de itens em 52% das unidades que fazem o serviço, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

“A pandemia simplesmente represou as cirurgias cardiovasculares. Normalmente, a gente faz de 95 mil a 100 mil por ano e, no ano passado, fizemos menos de 40 mil. Então, tem mais ou menos 60 mil cirurgias eletivas que estão represadas. Elas não são de urgência, mas o problema é que estão ficando para trás”, diz Eduardo Rocha, presidente da SBCCV. “Além disso, teve o impacto tributário, o dólar disparou e muitos produtos são importados”, completa.

A entidade tem alertado sociedades médicas e instituições ligadas à indústria desde o fim do ano passado e começou a se deparar com o apagão de materiais em janeiro deste ano. “Começaram a faltar alguns produtos, como válvulas cardíacas, oxigenadores e cânulas para poder operar dentro do coração. São usados em cirurgias de ponte de safena, correção de defeitos congênitos de adultos e crianças, trocas de válvulas. E para cirurgia cardíaca de peito aberto.”

A retomada dos procedimentos eletivos não amorteceu o problema, pois esbarrou em outra questão que preocupou o País neste ano: a escassez de sedativos, analgésicos e bloqueadores, medicamentos do chamado “kit intubação”, que também são usados em cirurgias cardiovasculares. “Tivemos um primeiro trimestre com UTIs ocupadas, sem o kit intubação e isso é muito grave. Mesmo quem conseguir assistência pode ter o quadro agravado e muita gente vai morrer antes de ter assistência adequada. Estamos muito preocupados”, diz ele.

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Celso Amodeo explica que a fila já era um desafio antes da pandemia, mas que a covid-19 piorou a situação. “A pandemia veio mostrar uma série de deficiências do sistema público de saúde.” Com o represamento de cirurgias, o quadro de saúde pode se agravar, demandando tratamentos mais complexos e, em casos extremos, levando o paciente à morte. “Pode ter situações em que o momento cirúrgico é bom e se perde isso”, afirma.

A queda de procedimentos somada à questão dos reajustes da Tabela SUS impactou o setor que atua com esses materiais, segundo Fernando Silveira Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed). “No que diz respeito aos impactos da pandemia da covid e da redução de cirurgias eletivas, 89,66% das associadas reportaram queda na receita, 10,34% aumento do endividamento, 13,79% viram reduzir o número de clientes e 79,31% observaram aumento no valor da aquisição de produtos e insumos.”

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro diz que o principal componente para esses procedimentos é o oxigenador, que está, desde 2002 sem reajuste. “A inflação neste período, pelo IPCA, foi de 181%. Pedimos para o governo federal que, pelo menos, tenha um reajuste de 107,8%.”

O Ministério da Saúde informou, em nota, que tanto a compra de insumos quanto a realização de procedimentos cardiovasculares são responsabilidades dos gestores locais e que faz os repasses que “correspondem aos procedimentos realizados e informados pelas Secretarias de Saúde, de acordo com a Tabela SUS.” De acordo com o ministério, desde 2010, mais de mil procedimentos tiveram seus valores reajustados.

Estadão Conteúdo

Queiroga: É preciso ‘tranquilizar a população’ para enfrentar crise sanitária da Covid-19

 


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu neste sábado (29) que o país concilie “a saúde com a retomada da economia”.

Em discurso na cidade de Iguape, no interior de São Paulo, o ministro afirmou ser preciso “tranquilizar a população brasileira para que ela possa conosco enfrentar esse desafio sanitário”.

“Vou para o Recife e vou visitar a região do agreste pernambucano, que teve um aumento de casos uma pressão sob o sistema de saúde, e nós vamos levar concentradores de oxigênio para socorrer aquela região”, explicou.

O estado de Pernambuco e outras duas unidades da federação foram alvos de um recurso do presidente Jair Bolsonaro, no STF (Supremo Tribunal Federal), contra as medidas de restrição de mobilidade que visam reduzir a curva de contágio.

Na ação proposta pela AGU (Advocacia-Geral da União), o governo sustenta que Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraná impuseram regras que “não se compatibilizam com preceitos constitucionais inafastáveis, como a necessidade de supervisão parlamentar, a impossibilidade de supressão de outros direitos fundamentais igualmente protegidos pela Constituição e a demonstração concreta e motivada de que tais medidas atendem ao princípio da proporcionalidade”.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (26), Queiroga falou sobre a “preocupação” com a terceira onda e associou um eventual aumento de casos à flexibilização de medidas impostas por prefeitos e governadores para conter o avanço do vírus.

Meta de vacinação

Queiroga voltou a falar neste sábado que o país tem capacidade para vacinar 2,4 milhões de pessoas por dia, mas admitiu dificuldades na chegada de insumos e vacinas prontas. “A dificuldade com vacinas é mundial não é só do Brasil”, argumentou.

Segundo o ministro, está mantida a previsão de vacinar toda a população adulta até o fim deste ano. “É um desafio não só para o Brasil mas para o mundo inteiro. Mas se nos unirmos contra o nosso único inimigo, que é o vírus, nós vamos conseguir”, discursou.

R7


Show-teste para 5 mil pessoas é realizado em Paris sem distanciamento

 

Quase 5 mil pessoas participaram, neste sábado (29), em Paris, do show de um grupo francês que conquistou a fama na década de 1980, em um estudo científico há muito aguardado para um setor especialmente afetado pela pandemia de covid-19.

Os fãs da banda Indochine não precisou manter distanciamento, mas foi obrigado a usar máscaras.

Durante a apresentação, um dos membros do grupo, Nikolas Sirkis, pediu ao público que “fizesse barulho” pelo trabalhadores sanitários, os cientistas e, também, para prestar homenagem “a todos os mortos pela covid”.

Essa experiência, que já foi realizada em outras partes da Europa, foi adiada várias vezes na França e acontece em um momento em que a situação de saúde está melhorando e a vacina está prestes a ser oferecida a todos os adultos.

Neste momento, na França, este tipo de evento é autorizado, mas desde que a distância de quatro metros quadrados entre cada pessoa seja respeitada, o que obrigou o cancelamento de muitos porque se tornaram financeiramente insustentáveis.

O show deste sábado pretendia mostrar que se os espectadores fizerem um teste de diagnóstico e este apresentar resultado negativo, eles não correm o risco de serem contaminados.

O público tinha entre 18 e 50 anos e não devia apresentar nenhuma patologia que provoque o risco de morte em caso de infecção, como diabetes ou obesidade grave.

“Há meses que não temos tido shows. Voltar a ver a multidão faz bem, devolve o gosto pela vida”, disse Loïs, uma técnica de laboratório de 30 anos, que conseguiu um lugar perto do palco.

Experiências anteriores, na Espanha e no Reino Unido, não mostraram riscos elevados de infecção.

Mas os resultados encorajadores do primeiro show-teste europeu, realizado em Barcelona em dezembro, são difíceis de extrapolar devido às “rígidas” condições de prevenção que foram impostas, alertou um estudo publicado na sexta-feira.

R7

Experimento sugere que desempenho da CoronaVac cai contra variante brasileira P1

 


Um experimento de laboratório conduzido na China sugere que a vacina CoronaVac tem desempenho menor contra a variante do coronavírus brasileira, a P1, assim como contra a sul-africana e a nova-iorquina. Contra as cepas britânica, da Califórnia, e a D614G (mutação que surgiu nos primeiros meses da pandemia), o imunizante teve desempenho semelhante ao observado contra a versão original do coronavírus. A cepa indiana não foi incluída no estudo. Os resultados foram publicados na revista científica Lancet, na quinta-feira.

Para avaliar a potencial resistência de novas variantes à neutralização induzida pelo imunizante, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, pesquisadores avaliaram o soro do sangue de 93 profissionais de saúde saudáveis do Hospital Nanjing Drum Tower, em Nanjing, na China, antes e depois de receberem duas doses da vacina.

Eles testaram a resposta imune das amostras contra um vírus artificial, montado em laboratório, no qual adicionaram a proteína “spike” — responsável por forçar a entrada do vírus nas células humanas — de diferentes variantes do coronavírus.

Ao analisar o soro do sangue antes da vacinação, todos mostraram níveis indetectáveis de neutralização contra as sete variantes do Sars-CoV-2 testadas, como esperado.

Após a vacinação, 82% das amostras foram capazes de neutralizar o vírus da cepa “referência” do coronavírus, encontrada em Wuhan. Em comparação a ela, as amostras foram igualmente capazes de neutralizar as variantes D614G, B.1.1.7 (britânica) e B.1.429 (Califórnia).

No entanto, as variantes que possuem uma mutação no gene E484k apresentaram menor propensão a serem neutralizadas pelos anticorpos estimulados pela CoronaVac. Entre elas está a P1 (que emergiu em Manaus), assim como a B.1.526 (que emergiu em Nova York) e a B.1.351 (que emergiu na África do Sul). Contra essas variantes, a atividade neutralizante dos anticorpos caiu a cerca de um quarto daquela observada contra a cepa original do coronavírus.

O estudo é um experimento de laboratório em condições artificiais, portanto não reflete necessariamente as condições reais de uso do imunizante. Por isso, os pesquisadores recomendam trabalhos de vigilância epidemiológica:

“Nossos resultados ressaltam a necessidade de vigilância viral aprimorada e avaliação da eficácia da vacina atualmente autorizada contra variantes emergentes, especialmente na presença de E484K”, afirmam os autores.

Em abril, em uma análise interina realizada em Manaus, onde a variante brasileira P1 era predominante, a CoronaVac se mostrou 50% efetiva em prevenir adoecimento pela Covid-19 14 dias após a primeira dose. A pesquisa foi realizada pelo grupo Vebra Covid-19 e teve participação de mais de 67 mil profissionais de saúde.

O Globo


Estados e municípios citam agravamento da pandemia e pedem R$ 40 bilhões extras ao orçamento da Saúde










 











Representantes dos secretários estaduais e municipais de Saúde enviaram um ofício ao Ministério da Saúde em que apontam “sinais claros” de agravamento da epidemia no país e apontam a necessidade de que haja ao menos R$ 40 bilhões de crédito adicional ao Orçamento da pasta neste ano. Segundo os gestores, o recurso deve ser transferido para reforço, na ponta, do atendimento hospitalar, custeio de serviços da atenção básica e vigilância e compra de insumos, remédios e equipamentos.

No ofício, assinado pelo Conass e pelo Conasems, conselhos que representam gestores estaduais e municipais do SUS, o grupo cita dados da Fiocruz que apontam que 18 estados têm ocupação de leitos maior que 80%, e pede que a pasta agilize a busca por recursos extras para apoio a estados e municípios.

O pedido foi reforçado em reunião com representantes do Ministério da Saúde nesta quinta-feira (27). Na ocasião, parte dos secretários citou preocupação diante do risco de uma terceira onda da Covid.​

“Estamos olhando no horizonte e estamos claramente vendo uma escalada [de casos]. Se vai vir um terceiro degrau ou uma terceira onda, chamem como quiser, mas o certo é que está parecendo que virá, e os estados estão esgotados”, disse Carlos Lula, secretário de saúde do Maranhão e presidente do Conass. “Vai ficar ainda mais difícil se não nos sensibilizarmos e entender que precisamos de recursos agora. O SUS não vai aguentar os próximos meses se não tiver ajuda.”

Segundo ele, um primeiro pedido por recurso extras no Orçamento para repasse aos estados e municípios neste ano foi feito em março, também em ofício, mas não teve resposta.

Apesar dos alertas de piora na crise sanitária em 2021, o governo reservou inicialmente menos recursos para a Saúde neste ano do que em 2020, primeiro ano da pandemia, como mostrou a Folha em abril.

Isso ocorre porque o valor não considerou a necessidade de recursos adicionais por causa da pandemia, o que já havia levado a créditos adicionais em 2020, apontam gestores.

Ao sancionar o Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro também impôs vetos que retiraram R$ 2,2 bilhões de recursos da pasta —o que fez o total passar de R$ 146 bilhões para R$ 144 bilhões.

A Saúde, porém, tem dito que há espaço para solicitar recursos extras conforme necessário, o que tem ocorrido. Secretários, porém, dizem que há dificuldade de recursos na ponta.

No novo ofício, os gestores argumentam que o subfinanciamento do SUS se agravou com a pandemia e com a redução no orçamento.

“Diante do cenário gravíssimo em que estamos, e no intuito de que o Sistema Único de Saúde continue respondendo de forma efetiva ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, é preciso que os recursos para o financiamento do SUS previstos no orçamento do Ministério da Saúde, por meio da Lei Orçamentária Anual/2021, atendam as demandas dos entes federados para a oferta das ações e serviços públicos de saúde em todo território brasileiro”, disse o grupo no ofício.

O pedido foi reforçado por outros secretários durante o encontro com a Saúde. Alguns deles, porém, fizeram ressalvas à definição de “nova onda”. “Falam que estamos entrando na terceira onda, mas acho que nem saímos da primeira. Nosso alerta é no sentido de estarmos atentos ao recrudescimento da pandemia nesse momento”, disse o presidente do Conasems, Willames Freire.

“Para 2021, vamos precisar de muito mais recursos do que tivemos em 2020. O pleito apresentado, e que queremos apresentar ao presidente e Congresso, é de necessidade de aporte financeiro e renovação de recursos de Orçamento de guerra que tivemos em 2020. É mais do que necessário e urgente”, afirmou.

À Folha o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que vai discutir a demanda dos secretários de saúde com o Ministério da Economia.

Nos últimos meses, a pasta já tem feito pedidos por créditos adicionais. Segundo a Economia, já foram disponibilizados R$ 37,9 bilhões em recursos extraordinários à Saúde. Desse total, porém, R$ 21,6 bilhões são de medidas provisórias do ano anterior e que foram reabertas neste ano, as quais tratavam de recursos sobretudo para vacinas.

Outros R$ 16,4 bilhões são de recursos extras solicitados neste ano, e disponibilizados por meio de quatro medidas provisórias, as quais visavam custeio de leitos, equipamentos e vacinas.

Questionada sobre a previsão de novos recursos, a Economia disse ter atendido todas as demandas de crédito extraordinário ao orçamento da Saúde até o momento e que ainda não recebeu novos pedidos.

Disse ainda que o valor previsto para esse ano pode ser elevado com a aprovação de novas solicitações da Saúde “em caso de constatação, por aquele órgão, da necessidade de novos aportes”.

FOLHAPRESS