quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Ex-ministro Mandetta prevê megaepidemia no Brasil em 60 dias

 


O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira (27), em entrevista ao programa Manhattan Connection da TV Cultura, que em 60 dias o Brasil pode ter uma megaepidemia causada pela nova variante do coronavírus, detectada em Manaus.

Para Mandetta, a transferência de pacientes para outros estados pode aumentar a disseminação dessa nova cepa.

“Hoje nós temos quatro grandes crises sanitárias. E entrando a quinta crise que é essa história, dessa Cepa, dessa variante de Manaus, que o mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil e o Brasil está, não só aberto normalmente, como está retirando paciente de Manaus e mandando para Goiás, mandando para a Bahia, mandando para outros lugares sem fazer os bloqueios de biossegurança. Provavelmente, a gente vai plantar essa Cepa em todos os territórios da federação e daqui a 60 dias a gente pode ter uma megaepidemia”, explicou.

Vacinas

Questionado sobre qual seria a vacina preferida, o ex-ministro disse que, para o uso individual, a da Pfizer seria a melhor opção, com 95% de eficácia. No entanto, para a imunização coletiva no Brasil citou as vacinas Coronavac e da AstraZeneca/Oxford. “Para um país como o Brasil, continental, que não tem como levar uma vacina a – 70ºC a todos os rincões. Tanto a vacina da Corona (Coronavac) e Astrazeneca, (armazenadas) de 2º a 8º, são aquelas que melhor se aplicam. E aquela que tiver disponível, eu vou tomar”.

Quadro de saúde de criança picada por jararaca é estável


 














Na noite desta terça-feira (26), uma menina, de 3 anos, foi encaminhada para Apucarana, após ser picada duas vezes no tornozelo esquerdo por uma cobra jararaca em uma propriedade rural de Marilândia do Sul.

De acordo com a assessoria do Hospital da Providência, local onde a menina está internada, o quadro da criança é estável Porém, ainda não há previsão para alta médica.

Pesquisa brasileira constata infecção simultânea por duas linhagens do coronavírus


 












Um estudo feito com pacientes do Rio Grande do Sul constatou que uma pessoa pode ser infectada ao mesmo tempo por diferentes linhagens do novo coronavírus, que causa a covid-19. A pesquisa foi feita pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Universidade Feevale e pela Rede Vírus.

A constatação foi feita ao analisar amostras de 92 pacientes do Rio Grande do Sul. Pelo menos duas pessoas registraram a chamada coinfecção, ou seja, a infecção simultânea por linhagens diferentes do novo coronavírus. Segundo os pesquisadores, a coinfecção com a variante E484K não havia sido descrita até o momento.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a coinfecção é preocupante porque mistura genomas de diferentes linhagens, permitindo recombinações que resultam na evolução do vírus. Apesar disso, os dois pacientes tiveram apenas quadro leve e moderado e estão se recuperando sem necessidade de hospitalização.

Também foi constatada a circulação de cinco linhagens diferentes do vírus no estado, entre eles uma nova, inicialmente denominada de VUI-NP13L. Neste momento, pesquisadores estão estudando essa nova linhagem, o que inclui o isolamento viral e a investigação sobre neutralização ou anticorpos presentes em pacientes infectados e recuperados.

Segundo nota divulgada pelo LNCC, o estudo gera preocupações devido à possibilidade de dispersão dessa linhagem para outros estados e países vizinhos. (ABr)

Defensorias pública estaduais se unem e pedem liberação de vacina contra Covid-19


 











As Defensorias Públicas Estaduais de norte a sul do Brasil se uniram e, juntas, entraram com uma petição que busca viabilizar o uso da vacina Sputinik V na imunização da população brasileira. A petição foi admitida na modalidade amicus curiae que permite que entidades que não integram o processo de manifestem, dando suporte técnico e auxiliando nas decisões judiciais.


A medida foi encabeçada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia, após o governo baiano entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. A ADI 6661 questiona as restrições impostas pela Medida Provisória n° 1026/2021, que impede a importação e distribuição de vacinas ainda não registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e limita a atuação dos Estados no combate à pandemia causada pelo coronavírus.

O documento exemplifica o cenário do país citando o elevado número de óbitos decorrentes da doença (mais de 216 mil) e a escassez de insumos para a produção das duas vacinas atualmente liberadas para uso no Brasil. Segundo a petição, a liberação de imunizantes já certificados por outras agências reguladoras se faz necessária no enfrentamento à crise sanitária, já que a vacinação em massa permitiria a imunização, também, de pessoas em situação de vulnerabilidade social — população assistida pela Defensoria Pública.

Confira a petição aqui.

Para o defensor público-geral da DPE-PR, Eduardo Abraão, essa união para tratar de questões tão relevantes para a população é importantíssima. “A DPE-PR também participou do pedido e entende que essa atuação estratégica conjunta fortalece nossas Instituições e, certamente, dá mais força aos pedidos feitos em favor de nossos assistidos e assistidas”, ressalta ele.

A petição foi formalizado pelo Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (Gaets) e Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege). Além da Defensoria Pública do Paraná, assinaram o documento as Defensorias dos Estados da Bahia, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Vai vendo!..........Ministério promete novo pedágio com tarifas até 67% mais baratas no Paraná .

 


Em reunião com representantes do setor produtivo paranaense, do governo do Estado, e bancada federal, o Ministério da Infraestrutura informou hoje que as novas concessões de pedágio no Estado terão tarifas de 25% a 67% menores do que as atuais, dependendo da praça de cobrança. 

Os dados são da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), contratada pelo ministério para elaborar o projeto das novas concessões. A EPL propõe uma licitação de modelo híbrido, com menor tarifa seguido de maior valor de outorga.

Segundo o governo federal, os descontos podem ser ainda maiores para os usuários frequentes e para aqueles que aderirem à cobrança automática. 

Na Assembleia Legislativa, os deputados tem se manifestado contra a cobrança de outorga, defendendo o modelo de licitação por menor tarifa.

Polícia Civil abre investigação sobre acidente que matou 19 na BR-376, no Paraná

 


A Polícia Civil do Paraná vai investigar o tombamento do ônibus de turismo, que ocorreu na BR-376, em Guaratuba, Litoral do Estado, nesta segunda-feira (25). Dos 55 ocupantes do veículo, 19 tiveram mortes confirmadas até a noite e outras 33 ficaram feridas.

O ônibus havia saido de Guaratuba, próxima à divisa com Santa Catarina, e se dirigia no sentido sul, pela BR-376, quando bateu e saiu da estrada, na altura do km 668, próximo da chamda “curva da santa”.

O veículo, de placa do Pará, levava 53 passageiros, além de dois motoristas. Dezenove pessoas morreram, sete foram socorridas em estado grave, seis em estado moderado e 20 com lesões leves.

As vítimas em situação grave foram levadas de aeronave para o Hospital Universitário Cajuru, na capital do estado, Curitiba, e as outras para o hospital São José, em Joinville, no norte de Santa Catarina.

Já as pessoas que ficaram em situações moderada e leve foram encaminhadas a hospitais da região, nas cidades de Guaratuba, Paranaguá, Garuva e Joinville. O acidente foi uma dos mais gravesjá registrados no Estado.

As reais circunstâncias só devem começar a ser esclarecidas com as investigações da polícia. Ontem mesmo, o motorista do ônibus, que saiu ileso do acidente, prestou depoimento na Delegacia de Guaratuba e foi liberado. O ônibus foi fretado para trazer turistas ao Sul do País.

Com o acidente, a rodovia ficou fechada por algumas horas e liberada totalmente às 16 horas. Depois que o ônibus foi retirado,um cão farejador dos bombeiros ainda realizou uma varredura no local no caso de haver mais vítimas, mas ninguém mais foi encontrado.

A “curva da santa” é dos pontos críticos da descida de serra na BR-376.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Paraná precisa de mais 40 mil doses para fechar primeira fase de vacinação

 


O Paraná recebeu neste fim de semana mais 86.500 doses da vacina contra a Covid-19. Desta vez o lote veio do laboratório AstraZeneca que, somados às 265,6 mil doses da CoronaVac que chegaram na semana passada somam 352,1 mil unidades. O total até o momento é menor do que o esperado para cobrir os grupos prioritários da primeira fase da campanha de imunização. Faltariam cerca de 40 mil doses, que devem chegar em algum momento, mas que acende o alerta para que o cronograma imaginado pelo governo do Estado possa ser cumprido.

Desde que as duas vacinas em uso no País começaram a ficar mais concretas, o governo planejava vacinar pelo menos 4 milhões de paranaenses até maio. Se as doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde não chegarem em quantidades, talvez esse número de vacinados atrase. A vacinação do grupo atual já deve sofrer uma demora.

O secretário disse esperar que o processo de vacinação ganhe ainda mais agilidade nos próximos dias. Segundo ele, está programado pelo Ministério da Saúde a divisão de outras 900 mil doses de CoronaVac entre todos os estados do País e o Distrito Federal ainda nesta semana. A estimativa, afirmou o secretário, é que aproximadamente 40 mil doses sejam encaminhadas para o Paraná.

“Outras 3,9 milhões de doses imunizantes, também desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, devem chegar até o fim do mês”, afirmou. “Queremos que o fluxo seja contínuo, sem interrupções”. O lote integra as 4,8 milhões de doses emergenciais autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira passada.

No total, confirmado os números da terceira remessa, o Paraná vai contabilizar cerca de 600 mil doses. “Dá para garantir a vacinação dos mais de 272 mil profissionais da saúde que temos no Paraná”, destacou Beto Preto.

O secretário disse que vai encaminhar ao Ministério da Saúde uma nota técnica pedindo o envio de mais doses ao Paraná com base na distribuição proporcional à população do Estado. “Nós entendemos que a distribuição deve ser equitativa e isonômica principalmente pela população. Independentemente de termos grupos, neste momento, de profissionais da saúde, o Paraná não tem números menores. Entendemos que existe aí um número grande para ser recomposto. Caso contrário, teremos dificuldades de fechar os grupos prioritários”, afirmou ele.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

ROSÁRIO DO IVAÍ......... Nosso blog ficará 15 dias sem novas publicações, só faremos em casos especiais.

 




Mortalidade por transtornos mentais e comportamentais bate recorde no Paraná














As crises nos âmbitos político, econômico e social pelas quais o Brasil atravessou (e ainda atravessa) ao longo dos últimos anos tiveram impactos graves na saúde do brasileiro. E uma evidência disso é o aumento da mortalidade por transtornos mentais e comportamentais, com o número de óbitos batendo recorde no Paraná em 2019, último ano com dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Naquele ano, 912 mortes registradas no estado tiveram como causa situações relacionadas ao uso de álcool e outras drogas, esquizofrenias, transtornos delirantes, transtornos de humor (entre eles a depressão) e transtornos relacionados com o estresse, entre outros. Trata-se de um recorde dentro da série histórica do Ministério da Saúde, iniciada em 1979, superando os dados de 2018, quando 905 pessoas faleceram por conta de situações desse tipo.

Professor adjunto da Universidade Federal do Paraná e ex-diretor de Política sobre Drogas da Prefeitura de Curitiba (cargo que ocupou entre 2015 e 2017), o psiquiatra Marcelo Kimati Dias aponta que, na prática, o que se tem é um cenário de “tempestade perfeita”, no qual uma série de fatores coadunam e resultam, não raro, em um desfecho trágico. Entre esses fatores está a hipermedicalização da população, o agravamento do cenário de crise econômica e social e a redução da capilaridade do sistema de saúde pública no Brasil, especialmente no que diz respeito à atenção básica, primária.

“Existem alguns estudos que falam em movimentos da sociedade, processos pelos quais a sociedade passa que de fato criam maiores situações de vulnerabilidade. Seguramente o fato do brasileiro estar empobrecendo ao longo dos últimos anos, de ter havido uma redução de políticas sociais, aumenta a vulnerabilidade das pessoas”, aponta o especialista.

“Em relação à saúde pública, nos últimos anos tiveram uma redução do dimensionamento e do financiamento. Então há uma população empobrecida, sujeita a cada vez menos políticas sociais e cada vez menos protegida pelo sistema de saúde. São 14 milhões de desempregados hoje, milhões de pessoas entrando na linha de pobreza. Isso tudo é associado a um aumento da prevalência do suicídio”, complementa.

Libertadores volta a ter decisão 100% brasileira após 15 anos


 












Disputada pela primeira vez em 1960, a Libertadores só teve três finais entre times do mesmo país até hoje. A quarta será no próximo dia 30, entre Santos e Palmeiras, às 17h (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro. O Peixe se classificou nesta quarta-feira (13), ao atropelar o Boca Juniors (Argentina). O Verdão avançou na terça-feira (12) ao superar o River Plate (Argentina) no placar agregado. Quinze anos depois, a decisão do maior torneio de clubes da América do Sul será 100% brasileira.

A primeira vez foi em 2005, quando se enfrentaram São Paulo e Athletico-PR. Como a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) avaliou que a Arena da Baixada (antes da reforma para a Copa do Mundo de 2014), em Curitiba, não tinha capacidade mínima para receber o jogo de ida, o Furacão teve de mandar o duelo no Beira-Rio. Após um empate por 1 a 1 em Porto Alegre, o Tricolor goleou no Morumbi, na capital paulista, por 4 a 0, e assegurou o tricampeonato sul-americano.

No ano seguinte, o São Paulo voltou à decisão continental, desta vez contra o Internacional. Diferentemente de 2005, o primeiro jogo foi no Morumbi, com vitória colorada por 2 a 1, em grande atuação do atacante Rafael Sobis. O empate por 2 a 2 no Beira-Rio deu aos gaúchos o primeiro título da Libertadores.

Em 2007, a Conmebol determinou que não poderiam mais ocorrer finais entre clubes do mesmo país. Por isso, nas semifinais daquele mesmo ano, apesar de estarem em lados opostos do chaveamento, Santos e Grêmio tiveram que se enfrentar antes da decisão

A medida foi mantida até 2017. Um ano depois, o confronto valendo o título voltou a reunir dois times de uma mesma nação. Desta vez, os argentinos Boca e River. O jogo de ida, na Bombonera, terminou empatado em 2 a 2. Após um ataque de torcedores ao ônibus dos Xeneizes no caminho até o estádio Monumental de Nuñez, também em Buenos Aires, a partida de volta foi suspensa e levada para o Santiago Bernabeu, em Madri, na Espanha. Os Millionarios ganharam por 3 a 1 e ficaram com o título pela quarta vez.

A final entre Santos e Palmeiras será a primeira entre dois times de um mesmo estado do Brasil e também a primeira vez que a dupla se enfrenta em uma decisão no Maracanã. O Peixe tem oito títulos no estádio carioca: quatro Campeonatos Brasileiros (1962, 1964, 1965 e 1968), três Torneios Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1997) e o Mundial de 1963. O Verdão ergueu duas taças no Maracanã: o Brasileiro de 1967 e a Copa Rio de 1951, competição que o clube pleiteia ser reconhecida como primeiro Mundial.

Fonte: Agência Brasil

Estadunidense esqueceu senha para conta com cerca de R$ 1,2 bilhão em Bitcoin; dispositivo de armazenamento pode travar dados permanentemente


 









Stefan Thomas, residente em São Francisco (Estados Unidos), contou ao New York Times seu caso surpreendente e preocupante. O norte-americano esqueceu sua senha e agora tem apenas duas tentativas restantes para acessar sua carteira física, em forma de HD, que guarda cerca de 7,002 Bitcoins, equivalentes ao valor atual de aproximadamente US$ 236 milhões ou R$ 1,2 bilhão em conversão direta.

Thomas confiava sua economia de Bitcoin em um dispositivo conhecido como IronKey, um pequeno HD, responsável por armazenar as chaves para uma conta digital que abriga, por fim, a quantia. O aparelho permite até 10 tentativas de senha antes de travar todos os dados presentes permanentemente. Foi nesse contexto que o estadunidense acabou perdendo o pequeno pedaço de papel contendo a senha, agora esquecida, para o dito HD.

O problema se agrava quando se considera a natureza da criptografia das “chaves-privadas”, que apesar de seguras podem se tornar um grande transtorno para seus usuários. A solução é tão eficaz que invalida até mesmo os melhores e mais esforçados especialistas em criptossegurança: atualmente, a empresa de análise de dados Chainalysis estima que quase 20% de todo volume de Bitcoins, cerca de US$ 140 bilhões, estão perdidos em HDs como o de Stefan Thomas.

Em tom conclusivo, Thomas lamenta que a experiência tenha tornado toda a ideia de criptomoedas um transtorno amargo: “Toda essa ideia de ‘ser seu próprio banco’ vou explicar da seguinte maneira: ‘Você faz seus próprios sapatos?'”, ele disse ao New York Times, “a razão de termos bancos é que não queremos lidar com todas as coisas que os bancos fazem,” explicou o rapaz frustrado.

Tecmundo



Clientes cancelam compras de veículos Ford e concessionárias querem indenização

 


O anúncio do encerramento na fabricação de veículos da Ford no Brasil pegou de surpresa donos de concessionárias e funcionários. Na ponta da cadeia de produção, empresários estão apreensivos sem saber o que fazer com os pedidos feitos, as vendas canceladas e a possibilidade de demitir ou até fechar suas empresas. Pedidos de indenização pelo prejuízo no faturamento com vendas estão em discussão.

A notícia do encerramento chegou apenas pela imprensa, diz a dona de duas concessionárias em Minas Gerais. O comunicado oficial por parte da empresa só chegou quatro horas depois. Ela pediu que seu nome não fosse divulgado, pois ainda aguarda negociação com a montadora.

A Ford divulgou a decisão de encerrar a produção de veículos no Brasil na segunda-feira (11) à tarde. Menos de 48 horas depois, a concessionária mineira já teve pedidos cancelados e negociações interrompidas. Com isso, os vendedores serão dispensados. Ao todo, são 38. Há um ano, antes da pandemia de Covid-19, eram 58.

A empresária relata ainda ter sido procurada por proprietários de veículos Ford que querem vendê-los por temerem que a manutenção fique mais cara ou mais difícil.

Dúvidas quanto à disponibilidade de peças ou mesmo ao custo de revisões têm chegado também ao gestor de pós-vendas Kleber Agostinho dos Santos, 41 anos, de Lavras (MG). Ele diz que ainda não tem muito o que responder. Sabe apenas que, por enquanto, a concessionária em que trabalha seguirá funcionando. “Agora que o mercado estava começando a melhorar com essa pandemia, acontece isso”, queixa-se.

Para ele, o primeiro sinal de que a relação da Ford com os negócios no Brasil não ia bem foi o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), em outubro de 2019. Lá eram produzidos caminhões. “Na região, outros concessionários Ford já tinham fechado. Quando pararam com os caminhões e tiraram o Fiesta de linha, muita gente já ficou com pé atrás”, diz.

Airbus da Azul decola às 13h para buscar 2 milhões de doses de vacina

 


O governo brasileiro finaliza os últimos preparativos para buscar os dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19 na Índia, em voo especial da empresa aérea Azul que sairá do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 13h desta quinta-feira (14) com destino ao Recife (PE), de onde partirá direto para Mumbai, na Índia. De acordo com nota conjunta dos ministérios da Saúde, da Defesa e das Relações Exteriores, as vacinas estão previstas para chegar ao Brasil no próximo sábado (16) no Aeroporto do Galeão (RJ).

O Airbus A330neo, a maior aeronave da frota da Azul, estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses de acordo com as recomendações do fabricante, e voará cerca de 15.000 quilômetros até o seu destino.

As doses foram produzidas pelo laboratório indiano Serum e compradas pelo Ministério da Saúde. A vacina da AstraZeneca/Oxford será distribuída aos estados em até cinco dias após o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à imunização em todo o país, de forma simultânea e gratuita.

O Ministério da Saúde recebeu o apoio da Azul e da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, por meio das empresas Gol, Latam e Voepass, para a logística de transporte gratuito da vacina contra Covid-19.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Nova Delhi, realizou gestões junto às autoridades indianas e ao Instituto Serum da Índia, em seguimento à carta do presidente Jair Bolsonaro ao primeiro-ministro Narendra Modi, do dia 8 deste mês. A segurança de todo o transporte em terra até os estados terá o apoio do Ministério da Defesa.

Tanto com a Índia quanto com o Reino Unido o Brasil tem mantido frequentes contatos em alto nível, segundo a nota conjunta dos três ministérios, “pautados por espírito de solidariedade e cooperação no enfrentamento da pandemia de Covid-19.”

DIÁRIO DO PODER

Paraná está pronto para iniciar vacinação contra a Covid-19, diz Ratinho Junior


 














O governador Carlos Massa Ratinho Junior vistoriou nesta quarta-feira (12) o estoque dos chamados insumos secos que o Paraná já tem disponível para iniciar o processo de vacinação contra a Covid-19. São agulhas, seringas, máscaras, luvas, aventais e algodão, entre outros itens, que estão centralizados em dois pontos principais em Curitiba: o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e o Ginásio de Esportes do Tarumã.

Apenas entre agulhas e seringas, o Estado conta atualmente com 11 milhões de unidades em estoque, quantidade que vai saltar para 27 milhões nos próximos dias com a compra de mais 16 milhões, em fase final de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde. O material garante as duas doses de vacinação de toda a população do Estado.

“Estamos prontos. Temos agulhas, seringas, mais de 1.800 pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegarem nos municípios. A ideia desta visita foi justamente para dar início à distribuição deste material aos 399 municípios do Paraná”, afirmou o governador. “É um planejamento que está sendo construído há dias para que possamos começar a imunizar os paranaenses assim que a Anvisa garantir a qualidade técnica de uma vacina”, acrescentou.

A primeira parte da visita foi às instalações do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. É lá que está armazenada a maioria dos insumos. O Ginásio do Tarumã, cedido pela Paraná Esporte, funciona como ponto de apoio. Ratinho Junior destacou que a distribuição deste conjunto de material para as 22 Regionais de Saúde do Estado vai começar imediatamente. O transporte será feito por meio de quatro caminhões com baús refrigerados e monitorados por satélite e, se necessário, também por três aviões da Casa Militar do Estado.

“Hoje nós temos a capacidade de aplicar a primeira dose em toda a população do Paraná no mesmo dia. Foi tudo pensado e planejado para que o paranaense possa ser assistido de maneira rápida e perto da sua casa”, ressaltou o governador.

Casal é preso por agredir adolescente desconhecida na rua


 













A PM, durante patrulha localizou o casal, uma mulher, de 30 anos, e um homem, de 22 anos, na região do Bairro 28 de Janeiro, em Apucarana.

A polícia deu voz de prisão ao casal, que foi levado para a 17ª SDP para as providências cabíveis.

Após fechamento da Ford, Audi negocia para reabrir fábrica no Brasil em 2022


 














A decisão de fechamento das fábricas da Ford no Brasil pode acelerar um processo de reabertura da fábrica de outra montadora concorrente no país, a alemã Audi.

Em entrevista à CNN, o diretor de relações institucionais e sustentabilidade da Audi do Brasil, Antonio Calcagnotto, afirmou que, se a negociação em curso com o governo Bolsonaro der certo, a empresa pode retomar operações no país.

A Audi foi uma das que desativou a produção em solo nacional depois da crise econômica das montadoras, que piorou em 2020, em plena pandemia do coronavírus.

A CNN apurou que a visão interna na Audi é de que a péssima notícia da Ford, com a potencial demissão de 5 mil pessoas, possa forçar o governo federal a rever as condições econômicas para montadoras no Brasil, o que abriria espaço para que a alemã reabrisse a fábrica no interior do Paraná, desativada no fim do ano passado.

“O governo poderia refletir como manter investimentos automotivos no Brasil, é uma indústria de cadeia extensa e importante”, disse Calcagnotto, sem mencionar a decisão da Ford.

Executivos do mercado automobilístico do país criticam o nível e a complexidade de impostos para o setor e pedem uma ‘política industrial automotiva’, com incentivos para que montadoras possam voltar a operar no país sob ajuda do governo.

No caso da Audi, a única fábrica no país era a de São José dos Pinhais, no interior do Paraná. Ela era responsável pela produção do antigo A3 Sedan.

Com cerca de 40 empregos diretos gerados, o número de postos de trabalho não chega perto do somado pelas três fábricas da Ford. No entanto, o nível de tecnologia trazida da Europa exige profissionais altamente capacitados.

Na mesa de negociações com o governo Bolsonaro estão créditos de IPI do extinto programa ‘Inovar-Auto’, que a empresa diz ter pago além do que era devido por condições da proposta que vigorou entre 2012 e 2017 – e quer de volta do governo.

“Se tudo der certo, a gente sinceramente acha que tem condições de retomar produção no Brasil”, diz Calcagnotto.

É que o Inovar-Auto impôs uma alíquota adicional de 30% sobre o IPI de carros importados, mas prometeu que devolveria o dinheiro para empresas que expandissem a produção nacional.

É esse dinheiro cobrado pela Audi como uma ‘sinalização à matriz’ para que a empresa decida novamente por produzir no país, uma vontade da filial brasileira da montadora alemã.

O diretor da filial brasileira da empresa alemã disse que, caso o dinheiro fosse devolvido, um novo modelo de veículo da Audi poderia ser produzido no Brasil.

Internamente, a empresa calcula que sejam necessários pelo menos seis meses para a concluir a negociação desse imbróglio com o governo federal e abrir o caminhar para voltar a operar.

Ainda está aberta uma negociação com o governo do Paraná, para facilitar os trâmites para uma eventual reabertura da unidade de Pinhais.

CNN Brasil

Puxado por EUA, mundo tem recorde de mortes por Covid


 










Puxado pelos Estados Unidos, o mundo registrou na terça-feira (12) novo recorde de mortes pelo novo coronavírus, aponta balanço da Universidade Johns Hopkins.

Foram 4.327 óbitos no país mais afetado pela pandemia e 17.186 em todo o planeta. Os recordes anteriores eram de 4.195 mortes nos EUA (7 de janeiro) e 15 mil no mundo (30 de dezembro).

Foi o quarto recorde de vítimas da Covid-19 nos últimos oito dias nos EUA, que também confirmou mais de 215 mil novos casos (o recorde de 302 mil infectados foi registrado no dia 2).

Os EUA são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 380 mil óbitos e 22,8 milhões de casos confirmados até o momento.

Na sequência vêm Brasil (204 mil mortes e 8,1 milhões de casos) e Índia (151 mil e 10,4 milhões, respectivamente).

Ao todo, são quase 2 milhões de mortes pelo novo coronavírus em todo o mundo e mais de 91 milhões de infectados.

Hospitalizações e vacinas

Cerca de 131 mil pessoas estão hospitalizadas atualmente nos EUA devido ao novo coronavírus, de acordo com o Covid Tracking Project.

Os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas contra a Covid-19 no mundo (9,33 milhões de doses), segundo o Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford.

Em seguida vêm China (9 milhões), Reino Unido (2,84 milhões) e Israel (1,93 milhões). Proporcionalmente, Israel é o país que mais aplicou doses em relação à população (22%).

Recorde de casos no Brasil

Segundo país com mais mortes e terceiro em infectados, o Brasil registrou 1.109 óbitos e 61.660 casos confirmados nas últimas 24 horas, segundo o consórcio de veículos da imprensa.

Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias foi de 993, alta de 49% na comparação com a média de 14 dias atrás.

Catorze estados estão com alta no número de óbitos e, pelo quinto dia consecutivo, nenhum apresenta queda de mortes.

Já a média móvel de casos foi de 54.784 novos diagnósticos diários, alta de 51% em duas semanas e um novo recorde desde o início da pandemia.

G1

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Morre Maguito Vilela, prefeito eleito e licenciado de Goiânia.

 

O ex-governador de Goiás e prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), faleceu aos 71 anos, nesta quarta-feira (13). A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação da capital, Bruno Rocha Lima. O político estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, lutando contra uma infecção pulmonar, em decorrência da Covid-19, da qual já havia se recuperado.

A nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da capital informou que “a família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal”.

O Hospital Albert Einstein confirmou a morte do político. Segundo a unidade de saúde, ele faleceu às 4h10 desta quarta-feira e estava internado na unidade de saúde “desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19”.

Maguito passou por vários cargos públicos em Goiás: vereador, prefeito, governador e senador. Ele ainda foi professor e advogado.

G1

Morre técnica de enfermagem que estava internada com covid


 


















Nesta quarta-feira (13),  a técnica de enfermagem Silvana da Silva Belasco, funcionária da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, que estava internada com Covid-19, no Hospital da Providência, morreu por complicações da doença. 

Conforme informações de amigos, Silvana estava na linha de frente da Covid-19 e contraiu a doença. Após seu estado de saúde agravar, ela foi levada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e entubada.

Familiares e amigos lamentam a morte da profissional. 

Governo do Paraná suspende reajuste salarial a servidores públicos estaduais


 











O governador Ratinho Júnior (PSD) determinou, em despacho encaminhado à Secretaria de Estado da Administração e Previdência (SEAP), a suspensão do reajuste salarial dos servidores públicos paranaenses, previsto para ser pago neste mês de janeiro. No despacho, Ratinho Jr alega que segundo informação da Diretoria de Orçamento Estadual, o Orçamento para 2021 não comporta a reposição.

De acordo com o documento, a diretoria alega que "o orçamento previsto para o exercício de 2021 não comporta a totalidade dos gastos com pessoal, o que corresponde a aproximadamente 1,3 bilhão, tampouco despesas com progressões e promoções, que representam cerca de 350 milhões e revisão geral anual dos servidores do Poder Executivo, em torno de 237 milhões".

Filha de ex-prefeito de Ponta Grossa exibe frasco com símbolo do Butantan em VÍDEO em rede social e escreve: ‘Vacina do Covid’


 











A filha do ex-prefeito de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, Marcelo Rangel (PSDB), publicou um vídeo em que aparece exibindo um frasco com o símbolo do Instituto Butantan na plataforma TikTok.

No vídeo, Juliana Rangel se refere à vacina contra a Covid-19. Nas imagens, ela mostra a embalagem enquanto é possível ouvir uma gravação com as falas “mostre algo que você tem, que mais ninguém tenha, e que você ache muito legal”.

A jovem publicou o vídeo na rede social e escreveu a legenda “Vacina do Covid”. 

A vacina do instituto ainda aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a distribuição pelo país. O pedido para uso emergencial foi protocolado na última sexta-feira.

Após a repercussão do caso, nesta terça-feira (12), o ex-prefeito Marcelo Rangel afirmou que a filha, de 19 anos, não se pronunciará sobre o fato. 

Ele confirmou a autenticidade do vídeo e disse que a publicação foi uma forma de publicidade da vacina, diante dos questionamentos da população sobre eficácia e compra.

Rangel compartilhou um print da publicação da jovem em uma rede social pessoal.

O ex-prefeito afirmou, ainda, que o frasco trata-se de uma amostra da CoronaVac, vacina fabricada no Instituto Butantan, que foi distribuída a prefeitos durante uma visita dos gestores municipais ao local, em dezembro.

Ele afirmou que teve autorização do instituto para uso do frasco com fins de divulgação.

O G1 aguarda retorno do Instituto Butantan, que desenvolveu a vacina no Brasil.

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa disse que o material foi entregue ao ex-prefeito após um pedido pessoal de Rangel, e que não realiza divulgação de vacina, uma vez que a função, segundo o município, cabe aos governos estaduais e federal.

Compra da vacina

Em dezembro do último ano, o então prefeito Marcelo Rangel (PSDB) viajou a São Paulo para negociar a compra de doses da CoronaVac para Ponta Grossa. O anúncio oficial do convênio saiu em 10 de dezembro, após uma visita do ex-prefeito ao Instituto Butantan.

Na época, Rangel afirmou ainda que a prefeitura tinha orçamento emergencial previsto para a aquisição das vacinas, com intenção de disponibilizar inicialmente recursos para compra de 60 a 100 mil doses.

Em 15 de dezembro, um ofício foi publicado pelo então prefeito com autorização para compra de 16 mil doses da CoronaVac, com intenção de iniciar a vacinação ainda neste mês.

Ponta Grossa tem 14.194 casos confirmados do novo coronavírus, com 6.143 pessoas recuperadas e 222 óbitos confirmados pela doença, segundo o último boletim divulgado pela prefeitura municipal, na segunda-feira (11).

G1

Anvisa decidirá no domingo sobre autorização emergencial de vacina


 













A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira que decidirá no domingo sobre a autorização de uso emergencial das vacinas submetidas à Agência. A data é o penúltimo dia do prazo estabelecido pelo órgão para avaliação dos pedidos.

Está prevista para domingo a realização de uma reunião da Diretoria Colegiada da agência, responsável por conceder ou não a autorização emergencial. Em nota, a empresa destacou que é preciso entrega em tempo hábil de documentos necessários à análise.

Até o momento, a Fiocruz e o Instituto Butantan solicitaram a autorização emergencial de uso para suas vacinas, a de Oxford e a CoronaVac, respectivamente. No entanto, a documentação apresentada pelo Butantan não estava completa.

” A data representa o penúltimo dia do prazo estabelecido pela própria Agência como meta para análise dos pedidos. Para tanto, faz-se necessária a entrega, em tempo hábil para análise, dos documentos faltantes e complementares”, disse o órgão em nota.

O Globo

BNDES cobra Ford sobre saída do Brasil; empréstimos passam de R$ 300 milhões


 












O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cobrou explicações à Ford sobre a decisão de finalizar a produção no Brasil.

Atualmente, dois empréstimos estão ativos, no valor de R$ 335 milhões, para desenvolvimento de novos veículos e ações sociais.

De acordo com o portal de transparência do BNDES, as dez maiores operações da Ford com a instituição somam quase R$ 2 bilhões. A aquisição de novas tecnologias e a exportação de automóveis estão entre as solicitações de auxílio financeiro ao governo federal.

Um dos contratos firmados com a Ford, em 2014, custou ao BNDES R$ 178 milhões. O pedido da verba pela concessionária teve como objetivo desenvolver novas tecnologias e apoiar a aquisição de máquinas e equipamentos para a fábrica de Camaçari (BA).

Em nota, a Ford justificou o fechamento devido aos grandes prejuízos financeiros causados pela pandemia de Covid-19 e à pouca rentabilidade com a venda dos veículos. A empresa afirmou ainda que todas as medidas possíveis foram tomadas, até a decisão de encerrar a produção.

“A companhia disse que não medirá esforços para minimizar os impactos do encerramento de produção. Combinado a um ambiente econômico desfavorável, a empresa se viu diante de uma grande decisão”, finaliza o pronunciamento.

A Ford anunciou, nesta segunda-feira (11), que vai encerrar a produção de carros no Brasil este ano. Serão fechadas as fábricas em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e em Horizonte (CE). Segundo estimativas da montadora, 5 mil funcionários devem perder o emprego na América do Sul.

CNN Brasil

Após puxar a inflação em 2020, preços de alimentos devem recuar em 2021, preveem economistas


 














Com alta de 14,09%, o grupo de alimentos e bebidas foi o que mais contribuiu para a inflação acumulada em 2020. O valor é o maior desde 2002, quando a alta foi de 19,47%. Mas a expectativa de mercado é que o segmento deixe de ser o vilão deste ano. Na verdade, é esse grupo que deve ajudar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo a ficar mais baixo. A meta para 2021 é de 3,75%, e a previsão de economistas é de 3,34%.

“Acho que (este ano), especialmente alimentos, deve ter um impacto muito menor do que vimos no ano passado. Essa forte pressão que vimos acontecer no segundo semestre vai arrefecer muito nesse primeiro semestre especialmente. Consequentemente, o Banco Central não vai precisar, por ora, subir taxa de juros”, avalia Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), explica que a concentração do IPCA de 2020 em alimentos é consequência, principalmente, da desvalorização cambial — que ampliou exportações e desabasteceu o mercado doméstico, favorecendo a alta de preços — e do aumento de custos provocado pela alta de commodities como soja, milho, trigo, minério de ferro e outros itens.

“Não foi só a inflação brasileira ou a desvalorização da nossa moeda. Quando a gente junta o aumento de preço em dólar com a nossa desvalorização cambial, dá uma mega pressão que se materializou nos alimentos”, completou. Outros fatores citados por ele foram os efeitos na cultura de grãos como a redução da área plantada do arroz e a quebra da safra do feijão.

Na visão de Vale, o crescimento econômico ainda fraco este ano também vai ajudar para uma inflação mais baixa. “Atrelado a isso, temos o auxílio emergencial que vai sair, já está saindo no começo deste ano. Então, a demanda por alimentos e toda a pressão que tivemos, especialmente nesse segmento, no ano passado, tende a desacelerar. Temos uma economia que ainda estará muito fraca ao longo deste ano. Então, não tem pressão de aumento de atividade e, consequentemente, não tem tanta pressão inflacionária”, reforça.

BC deve subir juros

Embora as estimativas para a inflação de 2021 sejam de redução, os economistas acreditam que, a partir do meio do ano, quando a política monetária já estiver mirando em 2022, o movimento de alta dos juros será necessário. Isso é reforçado por uma meta de inflação ainda mais baixa, de 3,5%, no ano que vem. Assim, o Boletim Focus prevê que, até o fim do ano, a taxa básica de juros, a Selic — atualmente em 2% ao ano —, deve alcançar os 3,25% ao ano.

“2022 é um ano eleitoral, naturalmente mais conturbado e mais difícil, com câmbio possivelmente pressionado e a economia ainda em recuperação. Então, é bem possível que, se o BC não fizer nada, a inflação pode passar de 3,5%. Para agora, o BC só está sinalizando que pode ter uma mudança de política monetária lá para frente, mas que ainda não vai acontecer”, explicou Vale.

Segundo a consultora econômica Zeina Latif, o menor esforço da política monetária a partir de 2022 também deve ser conciliado com o ajuste fiscal. Para ela, a falta de perspectiva de reequilíbrio, de reformas que, estruturalmente, melhore as contas públicas, também tem forte impacto nos preços de ativos e no dólar, que valorizado eleva a inflação do Brasil.

“Acho que (a inflação) ficou mais alta de fato, mas ainda não a ponto de acender as luzes vermelhas no painel de controle, mas é o alerta. Não é que vamos acordar um dia e a inflação explodir na nossa cara. É um processo lento. Todo ano vai piorando. O cuidado é este, não pode deixar subir porque depois fica muito mais custoso combater. Lá atrás, o BC precisou jogar a Selic em 14,25%. Então, é importante esse zelo: não é porque está bem comportada ou em patamares palatáveis que dá para descuidar”, completa.

Vale concorda que a atenção do mercado sobre a questão fiscal a partir de 2023 deve ter forte peso na condução da política monetária e do comportamento da inflação nos próximos anos.

“Vamos ficar os próximos dois anos sem fazer grandes reformas esperadas na questão fiscal depois da piora da dívida que tivemos no ano que passou. Acho que o mercado todo vai estar esperando o próximo presidente para ver o que vai acontecer. Aí sim a gente pode começar a ter um cenário muito mais preocupante: se não tiver um governo que consiga sinalizar que a questão fiscal vai ser bem encaminhada, a gente entra em um cenário de colapso e a inflação pode entrar em um patamar mais complicado”, diz.

CNN Brasil