quinta-feira, 30 de abril de 2020

Sete suspeitos morrem após confronto com a PM de Prudentópolis

Divulgação

Sete homens morreram após uma intensa troca de tiros com policiais militares na zona rural de Prudentópolis, nos Campos Gerais do Paraná, na madrugada desta quinta-feira (30).
Segundo a polícia, os suspeitos invadiram uma olaria, no distrito de Rio do Areia e fizeram uma família refém por cinco horas. Os ladrões fugiram em uma caminhonete Amarok.

A PM realizou buscas e na região da Ponte Alta e Tijuco Preto os suspeitos foram encontrados. Aconteceu uma intensa troca de tiros. 

Conforme a PM, os suspeitos estavam fortemente armados, com escopetas, pistolas automáticas, colete à prova de balas, muita munição e também toucas balaclava. Nenhum policial ficou ferido. 

Duas viaturas do Instituto Médico-Legal (IML) foram acionadas para recolher os corpos, que foram encaminhados ao IML de Guarapuava para identificação.

Com taxa de ocupação de UTI em 89%, São Paulo vai transferir pacientes com coronavírus ao interior

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O secretário de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, afirmou, nesta quinta-feira, que hospitais do interior do estado vão passar a receber, neste fim de semana, pacientes transferidos da capital com coronavírus. A medida servirá para desafogar as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da capital, que atingiram 89% de ocupação hoje. De acordo com o secretário, em todo o estado a taxa de ocupação cai para 69,3%.Mais: Busca por informações sobre testes rápidos para Covid-19 dispara na internet

Germann não informou o número de pacientes que serão transferidos no primeiro momento, mas explicou que a medida está sendo tomada diante de uma "defasagem" na chegada de respiradores para atender pacientes mais graves.- Vamos adicionar recursos, insumos e leitos novos, mas agora, com a defasagem na chegada de respiradores, vamos usar por um tempo a transferência de pacientes para o interior. Depois, volta para a capital, onde terá um número maior de leitos.Entenda: Anvisa libera testes de Covid-19 em farmácias

Em UTIs do estado de São Paulo há 1.744 pacientes internados por Covid-19. Em enfermarias, o número é um pouco maior: 2.138 pacientes.

Segundo último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, São Paulo tem 28.698 casos de coronavírus e 2.375 mortos. O número de óbitos é 6% maior do que o registrado ontem.

Uso de máscaras

Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo anunciou que tornará obrigatório o uso de máscaras em transportes públicos, táxis e carros de aplicativo em todo o estado a partir de 4 de maio. Empresas privadas que não obedecerem à regra, estarão sujeitas a uma multa diária de R$ 3.300. Os passageiros serão verbalmente advertidos por fiscais da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).

Covid-19: Bolsonaro diz que governadores não 'achataram curva' e questiona óbitos



O presidente Jair Bolsonaro acusou nesta quinta-feira (30) governadores e prefeitos de não "achatarem a curva" de contágio do novo coronavírus. O presidente também questionou a veracidade dos números sobre as mortes doença.
"O Supremo Tribunal Federal STF decidiu que as medidas para evitar, ou melhor, para fazer com que a curva fosse achatada, caberia aos governadores e prefeitos. Não achataram a curva", disse.
"Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas não achataram a curva, a curva tá aí. Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro", afirmou. Bolsonaro citou a imprensa quer "colocar no seu colo a responsabilidade por mortes" pela covid-19.
Ele questionou, em especial, os óbitos em São Paulo, Estado mais afetado pela doença. "Cada vez mais chegam informações, que o próprio Diário Oficial lá do Estado de São Paulo que na dúvida sobre a causa da morte bota coronavírus para inflar o número para fazer uso político disso", declarou.
Em mais uma crítica pública, Bolsonaro acusou o governador João Doria (PSDB) de usar a pandemia de forma política. "É o governador gravatinha de São Paulo fazendo 'politicalha' em cima de mortos, zombando de familiares que tiveram seus entes queridos que morreram por vírus ou outra causa", afirmou.
Segundo o presidente, "o governo federal fez tudo" que era possível para o combater o novo coronavírus e mencionou a liberação de liberação de verba para os Estados.
"Nós fizemos tudo que foi possível e mais alguma coisa. Agora cabe aos governadores gerir esse recurso. O que mais nós temos, por parte de alguns Estados, é desvio de recursos. É isso que está acontecendo. Por isso, precisamos da Polícia Federal isenta, sem interferência para poder tratar desse assunto, para poder coibir possíveis abusos"
Bolsonaro negou, contudo, que esteja em um "embate" com os governadores, a quem vem criticando a atuação desde o início da pandemia. "Esse problema (da pandemia) é para todo mundo resolver, não é para ser politizado".
Sobre o desemprego causado pela pandemia, o chefe do Executivo citou que "milhões" de brasileiros já perderam seus trabalhos e que a volta da economia não será "rápida". "Só não está uma desgraça maior porque fizemos esse plano emergencial para pagar os R$ 600 para as pessoas". Ele destacou ainda que cerca de 30 milhões de cidadãos já receberam o benefício, mas pontuou que "muita gente se inscreveu de má-fé".

TRE-PR prorroga suspensão do atendimento presencial por tempo indeterminado

TRE suspende atendimento no Paraná | CBN Curitiba

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) prorrogou hoje, por tempo indeterminado, a suspensão do atendimento presencial a eleitores em razão da pandemia do coronavírus. O TRE também determinou o restabelecimento, a partir de 4 de maio, sa contagem dos prazos processuais dos feitos que tramitam em meio eletrônico.
As medidas podem ser revistas, prorrogadas ou revogadas a qualquer momento em virtude do avanço ou retrocesso dos índices de infecção, divulgados pelas fontes oficiais brasileiras. Além da suspensão do atendimento presencial ao público, também foi mantido o regime diferenciado de trabalho remoto para os servidores do órgão. 

Pacientes com suspeita de Covid 19 reclamam da dificuldade em realizar exames

Testes rápidos que são distribuídos pelo Ministério da Saúde

Até esta quarta-feira (29), Curitiba havia confirmado, conforme boletim divulgado pela Prefeitura, um total de 564 casos de Covid-19. Considerando-se que a população da cidade é de 1,93 milhão de habitantes, quase dois meses depois do início da circulação do novo coronavírus pela cidade o número de contágios nem parece tão expressivo assim. Uma pergunta, no entanto, é inevitável. Afinal, os dados refletem a realidade da dimensão do problema? A considerar pela escassez de testes, a resposta tem de ser negativa.
Na rede pública de saúde, os exames para o novo coronavírus estão sendo feitos, prioritariamente, em casos graves da doença, principalmente quando há internação do paciente. O protocolo segue recomendação do Ministério da Saúde e se baseia no fato de que há uma limitação no número de exames disponíveis no país. Já na rede privada, são poucos os laboratórios que possuem algum dos testes para detecção do novo coronavírus e o custo para fazer o exame não é baixo – vai de R$ 290 a R$ 505.
Há no país dois tipos de testes, os sorológicos e os que usam o método RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase). Os testes sorológicos fazem uso de amostra de sangue, soro ou plasma para detectar anticorpos produzidos pelo próprio organismo do paciente em resposta à infecção pelo novo coronavírus, chamados de IgM e IgG. Como o organismo demanda um tempo para a produção desses anticorpos, esse tipo de teste é indicado para exames a partir de 10 dias após o início dos sintomas.
Já o PCR, como é conhecido, se baseia na detecção de fragmentos do material genético do vírus em raspados da mucosa do nariz ou da garganta do paciente para revelar se ele está doente no momento da realização do exame, porém não detecta contágios passados.
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formalizou no Diário Oficial da União (DOU) a decisão de autorizar farmácias para aplicarem testes rápidos de detecção de anticorpos de covid-19. A resolução confirma ressalva feita pela diretoria da agência ao conceder a permissão de que esse tipo de teste não serve para confirmar o diagnóstico da doença, mas ajuda a mapear o quadro de saúde.
Até esta quarta, pelo menos cinco laboratórios estavam realizando os testes
Ao longo do dia desta quarta-feira, o 'Bem Paraná' esteve em contato com diversos laboratórios da cidade, tentando descobrir quais possuíam o teste para a Covid-19 e também qual o valor do exame. Cinco dos estabelecimentos consultados disseram estar oferecendo o serviço, mas a maior parte dos locais só faz os testes em caso de recomendação médica e há ainda quem só esteja atendendo a partir da próxima semana.
O Labcen, por exemplo, está realizando somente o teste rápida feito por meio de coleta de sangue, indicado após 10 dias do início dos sintomas ou para os pacientes assintomáticos, com o o objetivo de verificar se estão imunes. É necessário agendamento e o valor do exame está em R$ 295 – se a coleta for feita em domicílio, há ainda uma taxa extra de R$ 100. A Unimed, por sua vez, está realizando o exame apenas por Swab (PCR) e somente a caráter domiciliar. É obrigatório ter solicitação médica para realizar agendamento e o teste custa R$ 505.
Genoprimer também está com testes de PCR, feitos sob requisição médica, e as coletas são realizadas no laboratório com horário marcado. O custo é de R$ 300.
Jáno Scriber, o valor dos testes IgG/IgM para detecção de anticorpos é de R$ 330 (R$ 280 pelo teste em si mais R$ 50 de taxa de coleta). Estão sendo agendados exames para a partir de 5 de maio, próxima terça-feira.
Pacientes com suspeita da doença tentaram, mas não conseguiram o teste
Desde a semana passada a advogada Paola Bianchi Wojciechowski apresenta sintomas que indicam a possibilidade de um caso moderado de coronavírus. O que começou com uma tontura não demorou a evoluir para enjoo, tosse seca e estado febril persistente. A mulher de 33 anos conta que chegou a desmaiar em casa e até chamou o Siate. Foi recomendada que fizesse o exame para averiguar se não havia sido havia contraído o novo coronavírus.
Para além dos sintomas, a proximidade dela para com alguns dos pacientes que tiveram quadros mais graves de Covid-19 indicam uma alta possibilidade de contágio. O avô, de 94 anos, faleceu, assim como a esposa dele. O pai dela também pegou a doença e o mesmo aconteceu com pelo menos outros seis parentes, entre primos, tios e tias.
“Depois que meu avô testou [positivo para Covid-19], mesmo com todos os meus tios tendo problemas de saúde, uma tia com câncer, mesmo eles sendo grupo de risco, não testaram. Teve um tio que chegou a ir para o hospital, mas todos os outros foram assintomáticos. Se não fossemos preocupados...”, conta ela, relatando que todos os parentes fizeram o exame por conta, em laboratório particular, pagando cerca de R$ 300 pelo teste.
Enquanto os parentes estão curados, ela ainda está enfrentando um quadro febril e tentando realizar o exame para averiguar, enfim, se contraiu ou não o novo coronavírus. Foram dois dias entrando em contato com diversos laboratórios até que ontem ela conseguiu marcar o exame, que deverá ser feito hoje, no começo da tarde, com coleta em casa feita por um laboratório particular.
“Minha maior indignação é pelas pessoas que não têm condição. Eu que tenho médico particular, consegui requisição, quase não consegui fazer o exame. Agora imagine as pessoas que não têm essa condição e dependem do sistema público”, questiona Paola.
Já a veterinária Luciana Helena, de 31 anos, apresentou os sintomas do novo coronavírus em meados de março, pouco após a adoção de medidas de isolamento social por Curitiba. Quando tudo começou, conta ela, parecia um resfriado. “Estava mais com coriza, o nariz escorrendo, e espirrando bastante. Depois começou uma dor de garganta chata e no segundo ou terceiro dia começou a febre. Foi a hora que vi que tinha algo estranho. Aí dois dias depois começou a parte respiratória, com falta de ar. Teve noite que eu só cochilei sentada, não conseguia ficar deitada porque não respirava direito”, relata.
Da Prefeitura ela recebeu orientação para ficar em casa, mas nada de teste, que ela ainda tentou fazer em laboratórios privados. “Tentei de todas as formas possíveis, mas na época não tinha em lugar nenhum e só estavam fazendo em quem estava internado e em UTI.

Deputada Maria Victoria, o marido e a filha também testam positivo para Covid-19



Em novo exame, a deputada estadual Maria Victoria, o marido, advogado Diego Campos, e a filha testaram positivo para a Covid-19. O novo diagnóstico foi solicitado por recomendação médica. Todos estão sem sintomas e cumprirão o isolamento em Curitiba. Nesta quarta (29), a mãe de Maria Victoria, a ex-governadora Cida Borghetti  também anunciou que está infectada pelo covid-19. 
Ricardo Barros, pai de Maria Victoria, chegou a ser internado na última sexta-feira (24) após procurar a Santa Casa de Maringá, na região norte do Paraná. O ex-ministro da Saúde do governo Michel Temer recebeu o resultado do exame positivo para Covid-19 no sábado (25) e recebeu alta um dia depois. 
No mesmo dia em que foi internado, Ricardo Barros participou do anúncio da contratação de leitos para o Hospital Universitário de Maringá. Toda a comitiva do governo estadual passou por exames após a confirmação de que Barros estava com coronavírus. O governador do Paraná, Ratinho Junior, o secretário da Saúde, Beto Preto, e o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, testaram negativo para Covid-19.

Brasil tem 5.466 mortes e 78.163 casos confirmados de Coronavírus em 29/04



O balanço do ministério da Saúde desta quarta-feira (29) aponta para o total de 5.466 mortes pela Covid-19 e para 78.163 casos confirmados da doença no Brasil.


Os principais números são:
  • 5.466 mortes, na terça-feira (28) eram 5.017
  • Em 24 horas, foram 449 mortes
  • 78.162 casos confirmados, 6.276 casos a mais em 24 horas
  • 38.564 estão em acompanhamento (49%)
  • 34.132 pessoas estão recuperadas (44%)
  • 1.452 mortes em investigação
  • São Paulo tem 2.247 mortes e 26.158 casos confirmados
Com informações do G1.

Bolsonaro sobre seus testes de coronavírus: ‘Quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar’



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou na noite desta terça-feira (28) sobre a decisão judicial que dá ao jornal O Estado de S. Paulo o direito de acessar os resultados de seus testes de coronavírus.

“Vocês nunca me viram aqui rastejando, com coriza. Eu não tive [a doença], pô. E não minto […]. Da minha parte, não tem problema mostrar. Mas, agora, eu quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar”, disse Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Bolsonaro ainda brincou ao dizer que daqui a pouco vão querer saber se ele é virgem ou não. “Vou ter que apresentar exame de virgindade para vocês. Vai dar positivo ou negativo?”, perguntou, aos risos, a simpatizantes.


O presidente fez dois testes para verificar se havia contraído o vírus após parte da comitiva que o acompanhou na viagem aos Estados Unidos, em março, ter sido infectada. Bolsonaro já disse que o resultado dos testes havia dado negativo, mas se recusou a divulgar os exames.
‘Quer que eu faça o quê?’, diz Bolsonaro sobre nº de mortes no Brasil maior que na China
A empatia não é o forte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), definitivamente. Basta o leitor ver a reação de Bolsonaro quando questionado sobre o Brasil ultrapassar a China na quantidade de mortos por coronavírus.
‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”’, disse ríspido nesta terça-feira (28).
O número de mortes confirmadas pelo coronavírus ultrapassou a marca dos 5 mil, chegando a 5.017. Na China, são 4.643. O Brasil registrou nas últimas 24 horas mais mortes que Itália, França e Espanha.
Para o leitor ter uma noção da proporção de mortes no Brasil, que tem 210 milhões de habitantes, a China é um país sete vezes mais populoso. Tem 1,5 bilhão de pessoas. Foi o epicentro da doença.
Após a declaração inicialmente apática, Bolsonaro disse lamentar as mortes e se solidarizou com as famílias.

Paraná tem 77 novos casos e mais cinco mortes pela Covid-19. Total de óbitos vai a 82



A Secretaria de Saúde do Paraná divulgou um novo informe sobre a situação da Covid-19 no estado. Nesta quarta-feira (29), 1.348 pessoas têm o diagnóstico de Covid e residente no Estado. Destas, 879 já foram liberadas do isolamento e são, portanto, consideradas recuperadas. Outras 82 pessoas morreram em consequência da Covid-19.
O total de óbitos de residentes no Estado chegou a 82 por Covid-19. Nas últimas 24 horas foram cinco mortes em decorrência da doença, todas estavam internadas. Os pacientes que faleceram residiam em: Campina Grande do Sul (homem de 84 anos), São José dos Pinhais (homem de 53 anos), Pinhais (homem de 70 anos), Umuarama (mulher de 61 anos) e Fazenda Rio Grande (mulher de 68 anos). São 37 municípios que já registram óbitos.
MUNICÍPIOS - 127 municípios paranaenses registram casos confirmados. As novas 77 confirmações estão em: Alto Paraná (2), Amaporã (1), Araruna (5), Araucária (1), Assis Chateaubriand (4), Boa Vista da Aparecida (1), Campo Mourão (3), Carlópolis (1), Cascavel (9), Céu Azul (2), Cruzeiro do Sul (1), Curitiba (9), Fazenda Rio Grande (2), Foz do Iguaçu (4), Guarapuava (3), Iretama (1), Itaúna do Sul (1), Ivaiporã (1), Londrina (1), Lupionópolis (1), Marilena (1), Maringá (1), Medianeira (2), Paranaguá (2), Paranavaí (5), Pinhais (2), Ponta Grossa (1), Santa Mariana (1), Santa Mônica (1), Santo Antônio do Caiuá (1), São João do Caiuá (2), Terra Rica (4) e Toledo (1).
FORA DO PARANÁ – Aumentou um caso de paciente que foi diagnosticado e tratado no Paraná, mas que reside fora, no total somam agora 16 confirmações e dois óbitos. Este divulgado hoje é morador de Tarumã, em São Paulo.
AJUSTES: Um caso confirmado na data 27/4 de Curitiba foi transferido para São José dos Pinhais.
Os números do boletim da Sesa podem conflitar com o dos municípios, mas isso ocorre pelo horário em que os boletins são fechados.

Ratinho Jr defende isolamento social, mas evita confronto com Bolsonaro

Ratinho Jr (PSD): governador afirmou que ele e Bolsonaro têm "visões diferentes" sobre pandemia

Em entrevista à CNN Brasil, o governador Ratinho Júnior (PSD) evitou, hoje confrontar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que criticou as medidas restritivas à circulação de pessoas tomadas pelos estados contra o coronavírus, mas voltou a defender o isolamento social como estratégia de combate à pandemia. 

Ratinho Jr também voltou a ‘afagar’ o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmando que ele tem todas as condições de se candidatar à Presidência, mas não quis comentar as acusações trocadas entre o ex-juiz e o presidente sobre a suposta tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Bolsonaro responsabiliza governadores e prefeitos por mortes



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (29) que a responsabilidade pelas mais de 5 mil mortes por coronavírus no Brasil é dos governadores e prefeitos, e não dele.


“Questão de mortes, a gente lamenta as mortes profundamente. Sabia que ia acontecer. Agora, quem tomou todas as medidas restritivas foram governadores e prefeitos”, disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada.
“Essa conta tem que ser perguntada para os governadores. Perguntem ao senhor João Doria, ao senhor (Bruno) Covas, de o porquê terem tomado medidas tão restritivas e continua morrendo gente. Eles têm que responder. Vocês não vão colocar no meu colo essa conta”, completou.


Questionado se não tinha nenhuma responsabilidade sobre as mortes, o presidente disse: “A pergunta é tão idiota que eu não vou responder”.
O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (28) o registro de 5.017 óbitos pelo novo coronavírus no Brasil. Com isso, o país passou a China no número de mortes pela Covid-19 – até agora, a nação asiática registrou 4.637 vítimas fatais.

Com informações do O Globo.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Há 5 anos, Beto Richa massacrava os professores no Centro Cívico de Curitiba



29 de abril de 2015 ficou marcado na história do Paraná e do Brasil como o dia em que o então governador Beto Richa (PSDB) montou um aparato de guerra e massacrou milhares de professores e servidores estaduais.

O palco para a barbárie foi a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, em Curitiba. Local onde estão situados o Palácio das Araucárias, sede do governo do Estado; a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça do Paraná.
Dezenas de milhares de professores e servidores de diversas categorias do funcionalismo público estadual estavam reunidos na praça protestando contra um projeto do governo para confiscar seu fundo de aposentadoria. A votação da matéria estava prevista para aquele dia e já havia sido adiada por causa dos protestos.
O então governador Beto Richa e seu secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, não estavam dispostos a deixar os manifestantes atrapalharem seus planos, e ao menor sinal de avanço dos manifestantes a Polícia Militar abriu fogo.
Foram tiros de balas de borracha, bombas lançadas de helicópteros, gás lacrimogênio, cães ferozes, cassetetes. Tudo contra os professores e servidores armados somente com palavras de ordem.
“Helicópteros disparavam a esmo bombas contra o povo”, testemunhou horrorizada a senadora Gleisi Hoffmann (PT), em missão oficial do Senado, ao atravessar a Praça Nossa Senhora Salete.
Mais de 200 feridos deram entrada em hospitais. Aliás, a própria Prefeitura de Curitiba foi transformada em hospital de primeiros socorros. Após o massacre, o governo ainda tentou passar parte da culpa para os professores e servidores. Como não colou, o então secretário de Segurança, Fernando Francischini (PSL) foi sacrificado como bode expiatório.
Enquanto as bombas e tiros explodiam na Praça, os deputados votavam o projeto do confisco. A bancada da oposição tentou parar a sessão e suspender a votação, mas o presidente da Assembléia, deputado Ademar Traiano (PSDB) ameaçava continuar só com os governistas.
Um vídeo mais que bizarro que circulou aquele dia mostra integrantes do Palácio Iguaçu assistindo ao massacre e comemorando quando a Polícia fazia ataques aos servidores.

URGENTE: Bolsonaro nomeia Ramagem novamente para a Abin



O presidente Bolsonaro emitiu nesta quarta-feira (29) um decreto revogando a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da Polícia Federal.

O mesmo decreto tornou sem efeito a exoneração de Ramagem da Agência Brasileira de Informação. Portanto, o delegado volta ao comando do Abin tornando sem objeto a ação do PDT e outras no STF, que questionavam sua nomeação à PF.
Confira o decreto a seguir:

STF revoga nomeação de amigo da família Bolsonaro na PF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou nesta quarta-feira (29) a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo do família Bolsonaro, para a direção-geral da Polícia Federal.
A decisão está no âmbito de um mandado de segurança impetrado ontem pelo PDT como forma de impedir a posse de Ramagem, que havia sido marcada para acontecer às 15h desta quarta-feira.
“Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto [de nomeação] no que se refere à nomeação e posse de Alexandre Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal”, diz a decisão do ministro do STF.
Uma das alegações que sustentam o pedido é a declaração do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de que Bolsonaro pretende interferir politicamente na PF para ter influência nas investigações da organização.

Coronavírus e gripe juntos: Paraná está a dois meses de um pico de síndromes respiratórias



Com 1.271 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus e 77 mortes decorrentes da Covid-19, o Paraná terá um grande desafio nos próximos meses. De acordo com o Ministério da Saúde, estados da região sul e sudeste devem registrar, de forma concomitante, o pico de casos de coronavírus e de gripe/influenza. E isso, segundo mostra o histórico do InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), deve acontecer daqui a dois meses, aproximadamente.
Para descobrir quando costuma haver um maior número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Bem Paraná levantou os dados do InfoGripe semana a semana, de 2010 até hoje. Esses registros mostram que, entre 2010 e 2019, foi entre as semanas 26 e 28, entre o final de junho e o começo de julho, que o estado teve uma concentração mais significativa de hospitalizações por SRAG.
Por ano, o Paraná registra, em média, 3.076 internações por SRAG. A fase mais intensa de hospitalizações relacionadas a problemas respiratórios costuma se iniciar na semana 19, ou seja, a próxima semana (3 de maio a 9 de maio), e só se encerra depois da semana 29 (que neste ano cairá entre os dias 12 e 18 de julho). Dentro desse intervalo, o período com mais internações acontece entre as semanas 26 e 28 (21 de junho a 11 de julho), que costumam registrar 13,45% do total de internações por SRAG num único ano.
Os casos de SRAG são de notificação obrigatórios em todo o país e incluem hospitalizações de pacientes que apresentaram sintomas como febre, tosse ou dor de garganta e dificuldade de respirar e óbitos de pessoas que apresentaram esses sintomas, mesmo que não tenham sido hospitalizados. Este quadro pode ser resultado de vírus respiratórios, como o vírus da influenza e, mais recentemente, o novo coronavírus.
Antes de deixar o Ministério da Saúde, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta chegou a comentar sobre o assunto em uma de suas últimas entrevistas coletivas, no dia 15 de abril. Na ocasião, destacou que o Brasil teria um “desafio a mais” do que outros países.
“Os outros países tiveram primeiro a temporada de gripe deles, de influenza. Quando saíram dessa temporada de influenza, tiveram a de corona. É o caso de Nova Iorque. Eles já tinham terminado o inverno, estão na primavera e estão tendo corona. O nosso, não. Nós estamos no outono, entrando no inverno. E vamos ter a nossa sazonalidade de influenza junto, sobreposta com a de corona”, comentou Mandetta.
Na região Sul do país, destacou ainda o ex-ministro, a situação seria mais preocupante pelo fato de a população idosa ser mais significativa dentro do total da população, na comparação com outras regiões. No Paraná, por exemplo, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que haja uma população de 11,52 milhões de pessoas, das quais 1,78 milhão (15,5% do total) tenham mais de 60 anos, população considerada de maior risco para a Covid-19 e também para a gripe sazonal.
“Nos preocupa muito as SRAG em estados do Sul, por conta da faixa etária da população. [Em pessoas] Acima de 60 anos o coronavírus começa a ter uma letalidade maior e um número muito grande de hospitalizações”, afirmou ainda Mandetta.
No ano, internações estão 380% acima da média histórica
Até o momento, o Paraná teve um total de 2.525 casos já reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no ano. Para se ter noção do que isso representa, a média histórica para esse período é que tivéssemos um total de 526 casos. Ou seja, as internações por SRAG estão 380% acima da média histórica.
O índice de hospitalizações no estado começou a aumentar de forma mais significativa a partir da semana 11, entre os dias 8 e 14 de março, coincidindo com o início da circulação do novo coronavírus em território paranaense. Desde então foram registradas pelo menos 2.134 internações por SRAG no Paraná e, embora a tendência de alta nas últimas semanas seja menos acentuada do que as observadas nas semanas anteriores, a Fiocruz aponta que os dados ainda não indicam estabilização e exigem cautela.
“O atraso nas notificações dos casos, que precisam ser registrados no banco de dados pelas unidades de saúde, pode interferir nos resultados, que são calculados por estimativas que depois confirmadas pelos os dados consolidados”, aponta a Fundação.
No país, mortes por SRAG crescem mais de 1.000%
Desde o cdia 16 de março, quando o Brasil registrou o primeiro óbito por Covid-19, os Cartórios de Registro Civil de todo o país registraram um aumento de 1.012% nos números de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até ontem às 12 horas, eram 1.784 registros, ao passo que no mesmo período do ano passado haviam sido registrados 149 óbitos causados por SRAG.
Considerando-se apenas os dados do Paraná, o crescimento verificado nesse mesmo intervalo temporal (16 de março a 28 de abril) foi de 260%, saltando de 10 mortes em 2019 para 36 neste ano. Só em Curitiba foram sete óbitos causados por síndromes respiratórias desde o dia 16 de março, enquanto no ano anterior foram duas mortes.

'E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu não faço milagre', diz Bolsonaro sobre recorde de mortes



O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 29, que lamenta, mas não tem o que fazer em relação ao novo recorde de mortes registradas em 24 horas, com 474 óbitos, ultrapassando a China no número total de óbitos pelo novo coronavírus.
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse Bolsonaro, em referência ao próprio sobrenome.
Durante a entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, uma jornalista disse ao presidente: "A gente ultrapassou o número de mortos da China por covid-19..." Foi quando Bolsonaro respondeu que não poderia fazer nada.
Nesta terça-feira, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de mortes confirmadas por covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, ultrapassou a marca dos 5 mil, chegando a 5.017. Na China, são 4.643.
Momentos depois, na mesma entrevista, Bolsonaro disse se solidarizar com as famílias das vítimas. "Mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente, a gente quer ter uma morte digna e deixar uma boa história para trás", disse o presidente.
Questionado se conversaria com o ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre a flexibilização do distanciamento social, Bolsonaro afirmou que não dá parecer e não obriga ministro a fazer nada.

Anvisa aprova testes rápidos para covid-19 em farmácias

Anvisa aprova testes rápidos para covid-19 em farmácias

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (28) a aplicação de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus (covid-19) em farmácias. Com a decisão, a realização deixará de ser aplicadas apenas em ambiente hospitalar e clínicas das redes públicas e privadas.
“O aumento [dos testes] será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, disse o diretor presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres.
As farmácias não serão obrigadas a disponibilizar o teste. O estabelecimento que optar pelo procedimento deverá ter profissional qualificado para realizar do exame.
A realização dos exames não servirá para a contagem de casos do coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo, destacou ainda que o teste não terá efeito de confirmação do diagnóstico para o coronavírus, uma vez que há a possibilidade de o teste apontar o chamado “falso negativo” quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas.
“Os testes imunocromatográficos não possuem eficácia confirmatória, são auxiliares. Os testes com resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser usados como evidência absoluta de infecção, devendo ser realizados outros exames laboratoriais confirmatórios”, disse.

Polícia espanhola prende brasileiro suspeito de matar moradores de rua



Os crimes teriam acontecido durante as últimas semanas de confinamento pela Covid-19 na Espanha. A polícia regional da Catalunha informou nesta terça-feira (28) a detenção de um brasileiro, de 35 anos, suspeito de ser o responsável pelo assassinato de pelo menos três moradores de rua em Barcelona.

“Os Mossos d’Esquadra (polícia regional) anunciam a detenção de um homem relacionado com a morte de pessoas que vivem nas ruas de Barcelona”, diz o comunicado da força de segurança autônoma da Catalunha, a mais antiga da Europa.

A detenção do homem aconteceu na madrugada desta terça-feira na localidade de Sant Cugat del Vallés, na periferia de Barcelona, horas depois da notificação do assassinato de um morador de rua no centro da cidade.

“Às 23h, recebemos um aviso de que havia uma pessoa morta com sinais de violência em uma rua do centro de Barcelona”, afirmou um porta-voz da polícia. De acordo com a rádio Cadena Ser, a vítima recebeu golpes violentos na cabeça com um objeto contundente, um “modus operandi” que a polícia observou em dois crimes contra pessoas sem teto, em 16 e 18 de abril, na mesma área de Barcelona.

Sem chance de defesa para as vítimas
“A forma como esta pessoa atuava não deixava nenhum tipo de defesa para a vítima. A violência era desmedida e gratuita”, afirmou em uma entrevista coletiva Joan Carles Granja, responsável pela investigação. Mas “estes homicídios em via pública de moradores de rua terminaram”, acrescentou Granja.

Governo Bolsonaro ainda não pagou auxílio emergencial para 30 milhões



Quarenta e um dias após o governo Bolsonaro anunciar o projeto, pelo menos 11,2 milhões de brasileiros ainda não receberam a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600, apesar de já estarem autorizados a ganhar o benefício. O número equivale a 22% do total considerado apto para receber a ajuda. O pagamento deve ser feito nos próximos dias. Além disso, outros 18,8 milhões de informais aguardam a análise da Dataprev ou precisam revisar os dados apresentados no aplicativo.


Portanto, há 30 milhões de brasileiros à espera da primeira ajuda para enfrentar esse momento, contrariando o sentido de urgência do benefício. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nessa segunda-feira (27), contudo, que poucos brasileiros ainda não receberam o auxílio emergencial.
Além desses trabalhadores informais e precarizados, outros 1,9 milhões de brasileiros que estão no Bolsa Família e cujo número final do NIS é 8 recebem o pagamento da primeira parcela também nesta terça-feira (28).
“Faltam poucas pessoas para serem pagas”, disse o chefe do Executivo, ao se posicionar contra a ampliação do benefício de R$ 600. O projeto que estende o auxílio a outras categorias foi aprovado no Senado, mas precisa de sanção presidencial para começar a valer.
O governo anunciou o projeto no dia 18 de março em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus. Desde então, as críticas se intensificaram por causa da demora para fazer o benefício chegar às pessoas mais necessitadas.
A Dataprev informou que trabalha na homologação desses cadastros, que inclui ainda trabalhadores que fizeram a inscrição no site entre 7 e 10 de abril.

Justiça dá 48h para Bolsonaro divulgar na imprensa exame de coronavírus



O jornal “O Estado de S. Paulo” garantiu nesta segunda-feira, 27, na Justiça Federal o direito de obter os testes de covid-19 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro. Por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, a União terá um prazo de 48 horas para fornecer “os laudos de todos os exames” feitos pelo presidente da República para identificar a infecção ou não pelo novo coronavírus. Bolsonaro já disse que o resultado dos exames deu negativo, mas se recusou até hoje divulgar os papéis.

Não vai haver ‘medida intempestiva’ sobre isolamento social, diz Teich



O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta segunda-feira (27) que “não vai existir qualquer medida intempestiva” em relação ao isolamento social no Brasil. De acordo com Teich a postura deve-se ao fato do país ser heterogêneo e diferentes medidas devem ser tomadas em diferentes regiões.
Teich também disse que não se pode esquecer dos serviços essenciais de saúde e que é preciso trabalhar o detalhamento destes serviços fundamentais para o dia a dia das pessoas.
O ministro disse também que vai acionar o IBGE (Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística) para ajudar a “desenhar a melhor forma de realizar” os testes de novo coronavírus na população e entender a evolução da doença no país.
Teich também comentou a realização de estudos, dizendo que “é importanter que os médicos incluam as pessoas nos estudos para que se entendam os benefícios dos tratamentos e enxergar a melhor forma de recomendar tratamentos”. Segundo o ministro, como a descoberta e aplicação das vacinas será de longo prazo, acompanhar os tratamentos deve ser prioridade.
Não-linearidade
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que não-linearidade é a palavra-chave que será adotada em um novo modelo do Ministério da Saúde no combate ao novo coronavírus. “Aonde precisa de algum grau ainda de isolamento, precisa ter, muito especificamente para cada lugar”, detalhou o secretário. “Não podemos falar de Brasil com a simplificação que eu tenho lido. Brasil não é só o Brasil. É um continente, não pode ser resumido a uma relação de que no Brasil é assim. Lá em Uruguaiana é assim, lá em Boa Vista é assado. É diferente”, afirmou.
De acordo com Pazuello, o planejamento das ações contra o novo coronavírus será centralizado e a execução, descentralizada e integrada entre estado e município.”Dentro da não-linearidade, temos cidades que precisam de ação mais imediata, como Manaus, Belém, Rio de Janeiro, Fortaleza”, afirmou. “O SUS se torna fundamental para essa resposta. O governo federal apoiando, centralizando recursos, boletins e orientações, o município na básica e estado na média e alta complexidade. Parece um desenho complicado, mas é o melhor que tem, não dá pra ser diferente.”
R7

Registros de mortes por covid-19 chegam a demorar um mês para serem confirmados



As mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas incluem óbitos que ocorreram há quase um mês e só recentemente foram diagnosticados como decorrentes do novo coronavírus e registrados nas estatísticas oficiais do Ministério da Saúde.
A informação sobre a diferença entre a data da morte e a de contagem do óbito foi apresentada em um boletim epidemiológico divulgado pelo ministério nesta segunda-feira, 27.
O relatório traz um gráfico dos óbitos diários, até o último sábado, 25, e sinaliza que alguns deles só foram reportados como provocados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Um deles era de 29 de março, quase um mês antes. Os demais recém-certificados diziam respeito a vidas perdidas ao longo de 22 dias.
A equipe do ministério comentou o dado, em entrevista coletiva nesta segunda, para reforçar o fato de que o número de mortes atualizado diariamente não corresponde ao de pessoas falecidas entre um dia e outro. Significa apenas que o motivo da morte foi confirmado nesse intervalo.
“São óbitos que ocorreram em momentos distintos. São óbitos que ocorreram em dias anteriores e foram plotados agora. Não quer dizer que os 338 (total de mortes reportadas nesta segunda-feira) ocorreram de ontem para hoje”, explicou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.
Conforme os dados mais atuais do ministério, há 1.136 mortes sob investigação. Trata-se de pessoas que faleceram, em datas variadas, com sintomas semelhantes aos da covid-19 e para as quais não houve ainda a conclusão de exames. Entre elas, pode haver ou não casos de mortes causadas pelo novo coronavírus.
Estadão Conteúdo

Supremo autoriza investigação sobre acusações de Moro contra Bolsonaro



O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (27) a abertura de inquérito para investigar as acusações que Sergio Moro fez contra o presidente Jair Bolsonaro ao pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O magistrado atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que solicitou autorização do Supremo para apurar o relato do ex-ministro da Justiça.
Celso de Mello também autorizou a oitiva de Moro, a ser realizada em até 60 dias.
O ministro do Supremo solicitou ainda que a PGR se manifeste sobre pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que seja apreendido e periciado o celular da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que teve mensagens trocadas com Moro divulgadas pelo próprio ex-ministro.
Celso afirma que não há na Constituição nada que impeça a investigação.
“Em suma: nem a imunidade formal prevista no artigo 51, inciso I, da Constituição Federal, tampouco a cláusula de exclusão inscrita no artigo 86, § 4º, dessa mesma Carta Política, inibem a possibilidade de instaurar-se, na espécie, procedimento de investigação penal, para o fim de coligir elementos de prova, em ordem a apurar a materialidade de eventos supostamente delituosos cuja autoria possa vir a ser atribuída ao Senhor Presidente da República”, ressalta.
Moro acusou o chefe do Executivo, na última sexta-feira (24), de querer interferir na autonomia da Polícia Federal. De acordo com ele, a intenção de Bolsonaro ao trocar o comando da PF seria aumentar a influência na corporação para ter acesso a informações sobre investigações em curso.
“O presidente queria alguém que ele pudesse ligar, colher informações, relatório de inteligência. Seja o diretor, seja o superintendente”, afirmou Moro.
Em sua decisão, Celso de Mello disse que “ninguém, absolutamente ninguém, tem legitimidade para transgredir e vilipendiar as leis e a Constituição de nosso país”. “Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridade do ordenamento jurídico do Estado”, afirmou.
O ministro do Supremo ressaltou que “a sujeição do presidente da República às consequências jurídicas e políticas de seu próprio comportamento é inerente e consubstancial ao regime republicano, que constitui, no plano de nosso ordenamento positivo, uma das mais relevantes decisões políticas fundamentais adotadas pelo legislador constituinte brasileiro”.
Moro relata que teria afirmado ao presidente que não seria adequada a troca de comando na polícia, mas, diante da insistência de Bolsonaro, resolveu pedir para deixar o governo.
“Falei que seria uma indicação política, ele disse que seria mesmo”, revelou Moro, em referência à exoneração de Maurício Valeixo da chefia da PF para que fosse colocado alguém próximo ao chefe do Executivo.
Com o inquérito aberto, a Polícia Federal também passa a participar das investigações. Geralmente, o responsável por casos como esse é escolhido aleatoriamente entre os delegados responsáveis por atuar especificamente nas apurações determinadas pelo STF.
No pronunciamento em que se despediu do Executivo, Moro também revelou não ter assinado a demissão de Valeixo da PF, como foi publicado inicialmente no Diário Oficial e alardeado pelo chefe do Executivo e outros integrantes do governo. Uma nova versão do ato foi publicada posteriormente, sem a assinatura de Moro.
Na decisão, o ministro afirma que os fatos narrados por Moro revelam “práticas alegadamente delituosas que teriam sido cometidas pelo senhor presidente da República em contexto que as vincularia ao exercício do mandato presidencial”.
O ministro também ressalta que não é necessária autorização do Congresso para investigar o presidente. O Legislativo tem de autorizar, porém, a abertura de ação penal caso a investigação tenha como consequência a apresentação de denúncia da PGR contra Bolsonaro.
“Enfatize-se, bem por isso, que eventual investigação penal contra o chefe de Estado terá livre curso perante o Supremo Tribunal Federal, sem necessidade de prévia autorização da Câmara dos Deputados, eis que —conforme advertia a jurisprudência desta corte em relação aos congressistas— a prerrogativa extraordinária da imunidade em sentido formal não se estendia nem alcançava os inquéritos policiais que houvessem sido instaurados contra deputados federais ou senadores”, escreve.
O magistrado também argumenta que a forma republicana de governar exige “um regime de responsabilidade a que se deve submeter, de modo pleno, dentre outras autoridades estatais, o próprio Chefe do Poder Executivo da União”.
No pedido de abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que, em tese, oito crimes podem ter sido cometidos. São eles: falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, prevaricação, denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
A Folha apurou que os três últimos crimes podem ter sido cometidos, em tese, por Moro. Já o chefe do Executivo pode ser enquadrado nos outros cinco delitos e também no de prevaricação.
“A dimensão dos episódios narrados, especialmente os trechos destacados, revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, disse Aras no pedido para instauração de inquérito.
Com a decisão de Celso de Mello, o presidente da República e o ex-juiz da Lava Jato passam a ser considerados tecnicamente investigados.
A Constituição prevê que o Legislativo tem de autorizar que uma denúncia contra o chefe do Executivo prossiga e seja julgada pelo STF. A jurisprudência do Supremo, porém, permite que o presidente seja investigado sem autorização do Congresso.
Portanto, caso a PGR encontre elementos contra Bolsonaro e decida denunciá-lo, será necessário voto favorável de dois terços da Câmara dos Deputados para que as apurações e a eventual condenação de Bolsonaro tenha continuidade enquanto ele estiver no cargo.
Os favoritos para ocupar os cargos deixados por Moro e Valeixo são dois nomes muito próximos a família Bolsonaro. No Ministério da Justiça e Segurança Pública deve assumir Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral. Oliveira foi chefe de gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de padrinho de casamento do filho do presidente.
O pai do ministro, o capitão do Exército Jorge Francisco, morto em abril de 2018, trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro por mais de 20 anos quando ele ocupou uma das cadeiras da Câmara.
Já para a PF deve ser escolhido Alexandre Ramagem, atual diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e amigo de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente investigado pela PF por integrar uma rede de disseminação de notícias falsas.
No pronunciamento em que anunciou o pedido de demissão, Moro também revelou que o chefe do Executivo tem preocupação em relação a inquérito em curso no Supremo.
“O presidente também me informou que tinha preocupação com inquéritos em curso no STF e que a troca seria oportuna na Polícia Federal por esse motivo”, disse na última sexta-feira.
FolhaPress

terça-feira, 28 de abril de 2020

Brasil registra 474 mortes em 24 horas e já tem mais de 5 mil óbitos confirmados por Covid-19

Fila na porta das agências da Caixa Econômica para sacar o dinheiro do auxílio emergencial Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 71.886 e o total de mortes chega a 5.017. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira. No último balanço do governo, na segunda-feira, o total de infectados chegava a 66.501, com 4.543 mortes confirmadas.

Este é o maior número de mortes por Covid-19 já registrado em um único dia desde o início da epidemia no Brasil. Em comparação com ontem, a quantidade subiu 10,4%, com 474 óbitos notificados.
Em relação ao número de casos conformados, esta é a segunda maior quantidade registros em 24 horas no país. De segunda para terça-feira, foram mais 5.385 casos novos da doença, um crescimento de 8,1% de segunda para terça.

Os cinco estados com o maior número de casos confirmados são: São Paulo (24.041), Rio de Janeiro (8.504), Pernambuco (5.724), Ceará (6.918) e Amazonas (4.337).

Em número de óbitos, os cinco estados a liderarem esse ranking são: São Paulo (2.049), Rio de Janeiro (738), Pernambuco (508), Ceará (403) e Amazonas (351).

Levando em consideração às regiões, o Sudeste tem 50,2% dos casos notificados no Brasil até o momento: são 36.068. Em seguida aparece o Nordeste, com 28,7% e 20.665 casos. Depois vem Norte, com 12,2% e 8.745 casos; Sul, com 5,6% e 4.033 casos; e Centro-Oeste, com 3,3% e 2.375 casos.

Familiares pressionam Regina Duarte para sair do governo após demissão de Moro

Crédito: Marcos Corrêa/PR

A secretária de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Regina Duarte, tem sofrido pressão de seus familiares para deixar o governo. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, a pressão foi intensificada depois da demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça.

A atriz assumiu o cargo há menos de dois meses e vem sendo criticada pela classe artística pelo seu “sumiço” durante a quarentena e por endossar o discurso do presidente contra o isolamento social, medida considerada essencial para combater o avanço do novo coronavírus.

A secretária de Cultura não participou da coletiva que Bolsonaro deu na sexta-feira após a demissão de Moro. Na ocasião, a maioria dos ministros e apoiadores do presidente estavam presentes.