sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Ministro e a presidente do conselho da Caixa travam guerra pessoal



O ministro Gilberto Occhi (Saúde) e a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, têm travado uma guerra de contornos pessoais que foi parar na Justiça. Após Occhi deixar a presidência da Caixa, passou a ser investigado em auditoria a mando de Vescovi, que preside o conselho de administração do banco, ignorando trâmites usuais. Revoltado, Occhi decidiu processar Vescovi por dano moral. 
Membros do conselho acreditam que Vescovi criou a auditoria para se cacifar junto a Bolsonaro esperando convite para presidir a Caixa.
Tem sido atribuída a Ana Vescovi manobra para alterar o estatuto a fim de retirar do Planalto a prerrogativa de nomear presidente da Caixa.
O doleiro Lúcio Funaro acusou Occhi, em delação, sem apresentar provas, de ter “meta de propina” quando vice-presidente na Caixa.
O ministro Gilberto Occhi deixou a Caixa em abril e disse não poder se pronunciar sobre o caso, por tramitar em segredo de Justiça.

Preparativos para posse de Bolsonaro seguem a todo vapor no Planalto



Os preparativos para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, continuam a todo vapor no Palácio do Planalto e o foco agora foi direcionado ao Parlatório.
O local é onde o novo presidente recebe a faixa presidencial e profere o primeiro discurso ao povo brasileiro.
Ajustes nas imediações do Planalto têm sido feitos nos últimos dias, incluindo jardins, espelho d’água e limpeza da rampa por onde Bolsonaro deve subir para receber a faixa do presidente Michel Temer.

CCR faz acordo e cita doação via caixa 2 para Alckmin e Serra em São Paulo



A concessionária CCR, que atua no mercado de concessões de estradas, metrôs e aeroportos, afirmou ao Ministério Público de São Paulo que “doou” R$ 44,6 milhões para o caixa dois de políticos de São Paulo, em valores corrigidos. Entre os políticos estariam o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o senador José Serra (PSDB-SP) e o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) –futuro chefe da Casa Civil do governador João Doria (PSDB).
Os nomes, que estão sendo mantidos sob sigilo pelo MPF, foram revelados pela Folha de São Paulo a GloboNews. O esquema ocorreu entre 2009 e 2013.
No acordo de leniência para encerrar processo civil envolvendo a companhia e algumas de suas controladas, a empresa terá de pagar R$ 81,5 milhões. Desse valor, R$ 17 milhões serão usados para a reforma da biblioteca da Faculdade de Direito da USP. O pagamento será feito em duas parcelas, em março de 2019 e março de 2020.
Por ser concessionária de serviço público, a CCR é proibida por lei de fazer doações a partidos.
Alckmin
De acordo com a Folha, um montante de R$ 4,5 milhões foi entregue, segundo a empresa, a um cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro. A Odebrecht também citou o cunhado como operador de recursos ilícitos para campanhas do tucano.
O valor destinado a Serra, de R$ 3 milhões, teria sido intermediado pelo empresário Marcio Fortes, também citado pela Odebrecht como operador do tucano.
Alckmin e Kassab já negaram que tenham recebido recursos ilícitos na sua campanha.
A doação via caixa dois visava conquistar a simpatia dos políticos para os pleitos da CCR junto ao governo, segundo declarações de executivos da CCR feita ao promotor José Carlos Blat, que negociou o acordo.
Nenhum dos executivos falou em contrapartida do governo para as doações, o que poderia caracterizar corrupção, um crime muito mais grave do que o caixa dois.
Se a Promotoria encontrar provas de que houve corrupção, o acordo será desfeito.

Aliados ameaçam se afastar de Rodrigo Maia: ‘bolsonarista demais’



O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se aproximou tanto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), com o objetivo de garantir sua reeleição como presidente da Câmara, que aliados mais antigos já ameaçam desembarcar do seu projeto. Deputados do PT, PDT e do MDB já acham Maia “bolsonarista demais”, por isso consideram apoiar outro postulante. Caso não abra o olho, Maia pode até perder o cargo. 
Perderá quem aposta em briga de Bolsonaro e Rodrigo Maia: fazem política no Rio, convivem há anos na Câmara, torcem pelo Botafogo.
Os candidatos a presidente da Câmara estão em campanha aberta desde o fim do segundo turno. Pedem votos e fazem intrigas.
Um dos mais ativos rivais de Maia na disputa é o atual primeiro-vice-presidente, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG).

Prefeitura de Guaratuba afasta servidor que denunciou uso de câmeras do município para espiar mulheres

Servidores aproximam imagens de câmeras da Prefeitura de Guaratuba para ver mulheres na praia — Foto: Câmeras de segurança

A Prefeitura de Guaratuba afastou o servidor que denunciou os colegas que usavam as câmeras de segurança do município para espiar mulheres na praia e hóspedes de hotéis.

Israel Cláudio Pereira foi um dos quatro funcionários públicos afastados da Secretaria Municipal de Segurança Pública de Guaratuba, de acordo com a edição de terça-feira (28) do Diário Oficial do Município.

Para a prefeitura, a sindicância aberta para apurar o caso vai poder apontar o papel de cada um dos servidores no caso, e que os quatro funcionários foram afastados para não atrapalharem as investigações.

Israel disse que ele e um colega estavam procurando imagens de um adolescente desaparecido quando as câmeras começaram a filmar as mulheres que estavam na praia.

"Eu sou um funcionário do plantão noturno e as imagens foram feitas em plantões diurnos" disse.

O servidor afirmou que até o momento eu não foi informado oficialmente sobre qual o motivo do afastamento.

Segundo o servidor, ele começou a receber ameaças na cidade porque teve o nome publicado entre os afastados. "A gente teve que ficar trancado em casa e eu nem levei a minha filha para a escola", afirmou.

Israel disse que levou as imagens a público ao invés de procurar o superior imediato do setor porque não tinha comunicação com a chefia. "Tem muitas coisas que são complicadas ali dentro da secretaria. Quem me garante que se eu tivesse exposto esta situação para o meu superior, ele teria resolvido?", disse.

Conmebol prorroga prazo para Boca contestar defesa do River

Presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici

A Conmebol informou no fim da noite desta quarta-feira (28) que aceitou o pedido do Boca Juniors para prorrogar o prazo dado ao clube para contestar a defesa apresentada pelo River Plate na ação que investiga o ataque ao ônibus da equipe da Bombonera na chegada ao Monumental de Nuñez e que impediu a realização da finalíssima da Copa Libertadores no último fim de semana.

De acordo com a Conmebol, o novo prazo para o Boca Juniors apresentar a sua resposta se encerrará às 13h (de Brasília) desta quinta-feira (29). E o clube já indicou que não aceitará jogar a segunda partida da decisão da Copa Libertadores antes que o tribunal da Conmebol julgue o caso. Além disso, no recurso apresentado à Conmebol, o Boca solicitou que seja declarado vencedor da partida e proclamado campeão da Libertadores.

Mais cedo, a postura do Boca Juniors foi alvo de críticas do presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio. De modo irônico, ele fez um apelo para o rival entrar em campo, o que provocou críticas. "Venham jogar, vocês podem nos vencer", afirmou, insinuando que o rival estaria com medo de ser batido dentro de campo.

A repercussão negativa das declarações levou o presidente do River a se manifestar novamente, dessa vez para realizar um pedido de desculpas. "Se as pessoas do Boca ou Daniel (Angelici, presidente do Boca) interpretaram como algo fora do lugar, peço desculpas. Quero que haja paz, tranquilidade e harmonia", manifestou D'Onofrio em declarações ao canal de TV TyC Sports.

Na terça-feira, a Conmebol anunciou que o jogo, adiado após o ônibus com jogadores do Boca ser atacado por torcedores do River nas proximidades do Monumental de Nuñez, no sábado, será disputada fora da Argentina, em 8 ou 9 de dezembro.

Taxa de desemprego cai para 11,7% em outubro, diz IBGE



A taxa de desocupação fechou o trimestre móvel no mês de outubro em 11,7%, caindo 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (maio/julho), quando a taxa foi 12,3% – confirmando que o desemprego continua em queda no país.
Ainda assim, o país fechou o trimestre móvel encerrado em outubro com uma população de 12,4 milhões de pessoas desempregadas, número que, no entanto, registra 4% inferior ao do trimestre encerrado em julho – menos 517 mil pessoas sem emprego.
As informações foram divulgadas hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da pesquisa nacional por amostra de domicílio – Pnad Contínua. Em relação ao mesmo trimestre móvel de igual período do ano passado, quando a taxa de desemprego estava em 12,2%, com queda de -0,5 ponto percentual.
Os dados do IBGE indicam que a população ocupada no final de outubro chegava a 92,9 milhões, um aumento de 1,4% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao trimestre de maio a julho deste ano; e mais 1,5% (1,4 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2017.
Segundo a pesquisa, as 12,4 milhões de pessoas que integravam a população desocupada no trimestre móvel encerrado em outubro representava uma queda de 4,0% (menos 517 mil pessoas) frente ao trimestre de maio a julho de 2018. No confronto com igual trimestre de 2017, houve redução de -3,1% (menos 389 mil pessoas). (ABr)

Câmara aprova projeto que prevê prisão domiciliar para gestantes e mães



A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 10269/18 que prevê a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar no caso de mulher gestante ou se for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência. O texto segue para sanção presidencial.
Portanto, a grávida ou mãe/responsável por crianças ou pessoas com deficiência, que estão presas em regime fechado, poderão mudar de regime, caso o crime pelo qual foram condenadas não tiver envolvido violência ou grave ameaça a pessoa. A medida exclui condenadas que tenham vínculos com organizações criminosas.
Pelo Código de Processo Penal, a decisão atualmente fica a critério do juiz, que define substituir a pena de prisão preventiva no caso de gestantes e em outras cinco situações, dentre as quais a mulher com filho de até 12 anos e quando a pessoa for indispensável aos cuidados especiais de pessoa menor de seis anos de idade ou com deficiência.
O texto determina ainda o regime de cumprimento de pena privativa de liberdade de condenadas na mesma situação. Também inclui a possibilidade de medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Progressão de pena
Pela proposta aprovada, a presidiária gestante ou que for mãe/responsável por crianças ou pessoas com deficiência poderá mudar de regime se, cumulativamente, não tiver cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa.
O texto diz ainda que a condenada, que se enquadra em uma das circunstâncias, pode ser beneficiada se não tiver cometido o crime contra seu filho ou dependente; tiver cumprido ao menos 1/8 da pena no regime anterior; ser ré primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento.
Pelo projeto, se a condenada cometer novo crime doloso ou falta grave perderá o benefício a essa progressão mais vantajosa que a regra geral, de cumprimento de 1/6 da pena e com comportamento.
Quanto aos crimes hediondos, como latrocínio (assalto seguido de morte); sequestro seguido de morte; ou favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável; o projeto prevê progressão de regime com a mesma regra.
Monitoramento
O Departamento Penitenciário Nacional deve monitorar a integração social e a ocorrência de reincidência daquelas sob regime domiciliar alcançado com a progressão de regime (fechado para domiciliar).
Com avaliações periódicas e estatísticas criminais serão geradas informações que poderão amparar se a progressão especial para esse grupo está sendo efetiva ou não, o que poderia redundar em desnecessidade do regime fechado de cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça.
A descentralização do sistema penitenciário nacional permite aos órgãos locais equivalentes acompanhar esses dados perante as penitenciárias localizadas em seus estados. (ABr)

PGR diz que crimes cometidos por Pezão continuavam sendo praticados



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse hoje (29), após a deflagração da nova fase da Lava Jato que resultou na prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), que o pedido do Ministério Público foi feito porque os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro estavam em andamento.
“Um dos crimes é organização criminosa e as informações da Lava Jato são no sentido que esta organização continua atuando especialmente na lavagem de dinheiro, crime cometido após a corrupção para ocultar onde o dinheiro está”, disse em entrevista em Brasília.
Diante da prisão de um governador em exercício, Dodge falou sobre a operação que tem como principal alvo Pezão, para “garantir a ordem pública, paralisando a prática de organizações criminosas em curso”.
Segundo ela, foram identificadas treze infrações criminosas muito graves que continuavam sendo praticadas e “precisavam ser interrompidas”.
Ao lembrar que o patrimônio público é composto por impostos pagos por todos os brasileiros, Dodge destacou a necessidade de dar resposta rápida à corrupção. “Por isso, este crime deve ser combatido com ênfase necessária para cessar atos de corrupção”.
Além das prisões preventivas, Raquel Dodge lembrou que foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão.
“Requeri várias medidas cautelares, de busca e apreensão e sequestro de bens para que haja o devido ressarcimento ao erário público”, afirmou.
O valor sequestrado soma R$ 39 milhões. “Tenho ressaltado a necessidade de recomposição do dano. É um dinheiro oriundo de impostos cobrados da população. Por esta razão que crimes dessa natureza são extremamente graves”, argumentou.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o governador do Rio cometeu crimes contra a administração pública, entre eles, corrupção e lavagem de dinheiro.
STJ expediu mandados de prisão
A ordem para que a Polícia Federal cumprisse este e outros oito mandados de prisão foi expedida pelo ministro relator do caso, Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a um mês de terminar o mandato de Pezão.
“Houve uma sucessão de pessoas partícipes dessa organização criminosa e, mesmo depois das prisões dos que lideravam o esquema criminoso, houve nova liderança e neste sentido [as investigações] apontam para o atual governo do Rio que teria assumido essa liderança”, disse.
O vice-governador Francisco Dornelles deve assumir o governo do estado do Rio de Janeiro.
Também foram presos nesta quinta-feira o secretário de Obras do Rio, José Iran, e operadores financeiros ligados a Pezão.
Outros alvos são Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, secretário de Governo; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, e Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador, Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim e César Augusto Craveiro de Amorim, ambos sócios da High Control.
Mesada de R$ 150 mil, 13º salário e bônus
A operação tem como base a delação do economista Carlos Emanuel Carvalho Miranda, ex-operador do ex-governador Sérgio Cabral e delator premiado que detalhou o esquema que teria garantido uma mesada de R$ 150 mil a Pezão, entre 2007 a 2014, período que era vice-governador.
De acordo com Miranda, ele tinha  direito a 13º salário e a dois bônus, cada qual no valor de R$ 1 milhão.
Pezão também foi citado em delações do doleiro Álvaro José Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Jonas Lopes de Carvalho Filho, que disse ter arrecadado R$ 900 mil para pagar despesas pessoais do governador hoje preso.
O dinheiro teria vindo de empresas de alimentação com contrato com estado e da Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes do Rio de Janeiro.
Um funcionário do doleiro Álvaro José Novis afirmou em uma delação que pagou propina de R$ 4,8 milhões a Pezão. Edimar Dantas contou aos procuradores que foram cinco pagamentos em 2014 e 2015. (ABr)

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

STJ manda prender Pezão, acusado de receber propina quando era vice de Cabral



A Polícia Federal prendeu no começo da manha desta quinta-feira (29) o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, acusado de haver recebido mesada de R$150 mil, entre 2007 e 2015, que totalizou R$25 milhões, a titulo de propina, quando era vice-governador do Estado na época em que o chefe da quadrilha, Sergio Cabral, era o governador. Pezão é o terceiro governador do Rio preso e o primeiro em cumprimento do mandato.
A ordem de prisão preventiva foi expedida pelo ministro Felix Fischer, Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a detenção de outras oito pessoas investigadas no âmbito da Operação Boca de Lobo, mais uma fase da Lava Jato. O vice-governador Francisco Dornelles assume o governo do Estado em razão do afastamento “compulsório” de Pezão.
A operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, “operador financeiro” de Cabral. Pezão foi preso por volta das 6h desta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador.
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa de Pezão em Piraí e no Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras. Há relatos de buzinaço de motoristas nas imediações do palácio, celebrando a operação.
Também há mandados expedidos contra o atual secretário estadual de Obras do Rio, José Iran Peixoto, e buscas na casa de Hudson Braga, seu antecessor na secretaria durante o governo de Sérgio Cabral.

Atlético vence o Fluminense em pleno Maracanã e vai à final da Sul-Americana

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O Atlético fez história e chegou lá. Está na final da Copa Sul-Americana de 2018. Na noite desta quarta-feira (28), o time derrotou o Fluminense por 2 a 0 no gramado do Maracanã, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que uma equipe paranaense chegou à final dessa competição internacional.
O Furacão foi ao Maracanã com uma grande vantagem para esse jogo. Por ter vencido o duelo de ida, na Arena da Baixada (2 a 0), o time podia perder por até um gol de diferença. Ou por até dois gols, se marcasse ao menos um gol. Na Copa Sul-Americana, o gol fora de casa vale como critério de desempate em caso de igualdade em pontos e saldo de gols.
A outra semifinal será decidida nesta quinta-feira (29), no confronto entre o Junior de Barranquilla e Independiente Santa Fe, ambos da Colômbia. No jogo de ida, o Junior venceu fora de casa por 2 a 0. Só fica sem a vaga à final se perder o duelo de volta por pelo menos dois gols de diferença e se sofrer no mínimo três gols.
As finais serão nas duas próximas quartas-feiras, em 5 e 12 de dezembro. O primeiro jogo será na Colômbia e o segundo, em Curitiba. O campeão da Copa Sul-Americana garante vaga na fase de grupos da Copa Libertadores da América de 2019.
TABELA
O Atlético ainda tem um jogo do Brasileirão para realizar ainda neste ano. No sábado (1/12), às 19 horas, o time enfrenta o Flamengo, no Rio de Janeiro. Se vencer e o Atlético-MG não derrotar o Botafogo, o time paranaense termina o Brasileirão em 6º lugar e, com isso, consegue vaga na Libertadores do próximo ano – porém, nas fases preliminares, não na fase de grupos.
CAMPANHA
Na Copa Sul-Americana, o Atlético se notabilizou por conseguir bons resultados fora de casa. Derrotou Peñarol-URU (4 a 1), Caracas-VEN (2 a 0) e Bahia (1 a 0). A exceção foi o Newell's Old Boys-ARG, na primeira fase, em que o time paranaense foi derrotado por 2 a 1 – ganhou a vaga por ter vencido em casa por 3 a 0.
TÉCNICO
O jogo desta quarta foi o 34º de Tiago Nunes no comando do time principal do Atlético. Nas 33 partidas anteriores, ele somou 19 vitórias, 7 empates e 7 derrotas – incluindo Brasileirão, Sul-Americana e uma partida da Copa do Brasil.
ESCALAÇÕES
Nunes usou um time reserva na última partida – 2 a 2 com o Ceará, no domingo – para poder ter os titulares descansados e disponíveis para esta quarta-feira. As exceções eram os desfalques por lesão, caso de Paulo André. Nunes conseguiu usar o mesmo time-base das últimas partidas, no 4-2-3-1 de sempre. O volante Bruno Guimarães, que chegou a sentir o tornozelo, acabou escalado.
PRIMEIRO TEMPO
O Atlético enfrentava um Fluminense em desespero, que precisava de muitos gols, mas que não os havia feito nos últimos sete jogos. O time carioca tentou ir para cima desde o começo, mas o Furacão abriu o placar logo aos 5 minutos, com Nikão. Diante de um rival ainda mais desesperado, o Furacão se fechou, à espera de brechas. O Flu cruzou muitas bolas à área (15 ao todo). E até trocou de peças – saiu o zagueiro Paulo Ricardo, entrou o lateral Léo (ex-Atlético) – e de esquema – do 3-4-3 para o 4-3-3. Mas o time paranaense segurou a vantagem com eficiência. Tanto que o goleiro Santos não precisou fazer nenhuma defesa.
SEGUNDO TEMPO
Na etapa final, Tiago Nunes pediu que o time mantivesse a postura, com marcação compacta e saída “na boa”. E foi numa saída “na boa” que o Atlético marcou o segundo gol, aos 9 minutos, com Bruno Guimarães. A essa altura, o Flu precisaria de cinco gols. Com essa vantagem, o treinador do Furacão deu-se o luxo de fazer alterações para poupar jogadores a partir dos 20 minutos. Trocou Marcelo Cirino por Rony, Lucho Gonzalez por Wellington e Raphael Veiga por Marcinho. Manteve-se sólido na defesa, a ponto não apenas de garantir a classificação sem sustos, mas também de ampliar o jejum de gols do adversário.
ESTATÍSTICAS
Na partida, o Atlético finalizou 8 vezes (3 certas), esteve com a bola por 35% do tempo, acertou 91% dos passes e conseguiu 3 escanteios. O Fluminense somou 14 finalizações (3 certas), 65% de posse de bola, 92% de eficiência nos passes e 6 escanteios. Os números são do Footstats.

FLUMINENSE 0 x 2 ATLÉTICO-PR
Fluminense: Júlio César; Paulo Ricardo (Léo), Gum (Dodi) e Digão; Jadson, Richard, Sornoza e Ayrton Lucas; Júnior Dutra, Luciano e Marcos Júnior (Everaldo). Técnico: Marcelo Oliveira
Atlético-PR: Santos; Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães e Lucho Gonzalez (Wellington); Marcelo Cirino (Rony), Raphael Veiga (Marcinho) e Nikão; Pablo. Técnico: Tiago Nunes
Gols: Nikão (5-1º), Bruno Guimarães (9-2º)
Cartões amarelos: Gum
Árbitro: Julio Bascuñán (Chile)
Público: 35.451 (pagante), 37.208 (total)
Renda R$ 1.286, 580,00
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro, quarta-feira

Governadora do Paraná vai tentar barrar reajuste do pedágio na Justiça Federal


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A governadora Cida Borghetti anunciou que o Estado vai solicitar à Justiça Federal que não autorize o reajuste das tarifas de pedágio no Anel de Integração.  “Por todas as situações que acompanhamos, com as ações envolvendo a operação Integração acredito que o reajuste das tarifas vai aumentar ainda mais o prejuízo para a economia do nosso Estado”, afirmou a governadora. 
O reajuste anual é uma cláusula contratual e a aplicação está prevista para o dia 1º de dezembro. As empresas calculam os percentuais baseados em uma fórmula paramétrica composta por índices divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).  De acordo com os contratos, a partir da data do protocolo do pedido de reajuste das concessionárias, há um prazo de cinco dias úteis para conferência dos cálculos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e homologação pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar).
Cinco das seis concessionárias que operam o pedágio nas estradas do Paraná protocolaram pedido de reajuste das tarifas no Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). A informação foi confirmada pela assessoria do DER. O contrato prevê que o aumento entre em vigor no próximo sábado. Nem o DER, nem a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR/PR) quiseram confirmar o índice do reajuste, mas fontes não oficiais apontam que ele seria de 4,5%, o equivalente à inflação dos últimos doze meses. Caso aprovado esse índice de aumento, a tarifa do pedágio na BR-277 entre Curitiba e o Litoral, para carros de passeio, por exemplo, passaria dos atuais R$ 19,40 para R$ 20,27.
Segundo o DER, protocolaram o pedido as concessionárias Ecocataratas, Ecovia, Viapar, Caminhos do Paraná e Rodonorte. A única que não o fez foi a Econorte. Isso porque na semana passada, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão de empresas do grupo Triunfo, responsável pela Econorte, que atua no Norte Pioneiro. A liminar foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) e determina imediata desinstalação da praça de pedágio da Econorte em Jacarezinho. Além desta medida, a decisão impôs à concessionária a redução imediata das tarifas em 26,75% em todas as outras praças da empresa e a retomada do cronograma original das obras da concessão.
As empresas do grupo são suspeitas de corrupção em esquema investigado pelas operações Integração I e II, fases 48 e 55 da Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de pagamento de propina e irregularidades em aditivos contratuais, que aumentaram o preço da tarifa.
Com base na investigação, o juiz também determinou a suspensão dos aditivos contratuais assinados entre a Econorte e o governo estadual, que beneficiaram a empresa. 
Em nota, o DER afirmou que o reajuste anual em dezembro é previsto em contrato. "Conforme previsto nos contratos de concessão, o percentual é definido por uma fórmula paramétrica composta por índices divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)", afirma o órgão. "De acordo com os contratos, a partir da data do protocolo do pedido de reajuste das concessionárias, há um prazo de cinco dias úteis para conferência dos cálculos pelo DER-PR e homologação pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar)", aponta a nota. 

MP pede que Beto Richa devolva R$ 20 milhões por supostas propagandas irregulares

De acordo com a promotoria, Richa causou dano aos cofres públicos, enriqueceu ilicitamente e transgrediu os princípios da administração pública — Foto: J.F.Diorio/Estadão Conteúdo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou nesta quarta-feira (28) com uma ação de ressarcimento de danos de cerca de R$ 20 milhões contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) por supostas propagandas irregulares no período em que era prefeito de Curitiba.

Conforme a 1ª Promotoria de Proteção ao Patrimônio Públco de Curitiba, ele foi responsável e beneficiado por publicação de materiais institucionais "com inconfundível finalidade de promoção pessoal" para a campanha dele como governador.

Segundo o MP, os materiais de 2007 e 2008 tinham a inserção do símbolo capacete branco, em referência à Richa, que é engenheiro civil, e dos slogans "Curitiba, a cidade da gente" e "Curitiba melhor pra Você".

"Tratavam-se de exaltações das realizações da administração municipal, desacompanhadas de informativo ao cidadão, de cunho educacional ou social, e implicaram em benefício à imagem de Carlos Alberto Richa."

De acordo com a promotoria, ele causou dano aos cofres públicos, enriqueceu ilicitamente e transgrediu os princípios da administração pública.

"No presente caso, o ressarcimento postulado decorre da prática de atos de improbidade administrativa de natureza dolosa", diz trecho da ação.

Na ação, o MP explica que como Richa deixou o cargo de prefeito em 30 de março de 2010, ao renunciar para se candidatar ao governo, os atos de improbidade administrativa supostamente cometidos por ele prescreveram. A reparação de danos, no entanto, não prescreve.

O MP pede também que seja deferido pedido cautelar de indisponibilidade de bens. O cálculo da promotoria para a reparação, atualizado até agosto de 2018, é de R$ 19.895.333,61.

Termina na sexta-feira o prazo para pagamento da 1ª parcela do 13º salário

Pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 210 bilhões na economia em 2018 — Foto: Reprodução


Termina nesta sexta-feira (30) o prazo para que as empresas paguem aos seus funcionários o adiantamento da primeira parcela do 13º salário. A segunda parcela, por sua vez, precisa ser depositada na conta dos trabalhadores até o dia 20 de dezembro. Aqueles que pediram o adiantamento do 13º nas férias, contudo, não recebem a primeira parcela agora (pois já receberam), apenas a segunda. A primeira parte representa metade do salário que o funcionário ganha.

O pagamento do 13º salário é feito com base no salário de dezembro, exceto no caso de empregados que recebem salários variáveis, por meio de comissões ou porcentagens – nesse caso, o 13º deve perfazer a média anual de salários. Cabe ao empregador a decisão de pagar em uma ou duas parcelas. No caso de ser apenas em uma única vez, o pagamento deve ser feito até esta sexta.

Caso o empregador não respeite o prazo do pagamento, será autuado por um auditor-fiscal do Ministério do Trabalho no momento em que houver fiscalização, o que gerará uma multa.

Quem não receber a primeira parcela até a data limite deve procurar as Superintendências do Trabalho ou as Gerências do Trabalho para fazer a reclamação. Outra opção é buscar orientação no sindicato de cada categoria.

O Imposto de Renda e o desconto do INSS incidem sobre o 13º salário. Os descontos ocorrem sobre o valor integral do 13º salário na segunda parcela. O FGTS é devido tanto na primeira como na segunda parcela.

O pagamento do 13° salário deve injetar R$ 211,2 bilhões na economia, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O número de pessoas com direito ao benefício soma 84,5 milhões, dos quais 57,6% são empregados formais (48,7 milhões de pessoas) e 42,4% (35,8 milhões) são aposentados e pensionistas da Previdência Social. O valor médio do 13º salário que será pago em 2018 é estimado em R$ 2.320.

Quem tem direito

Têm direito ao 13º salário todos os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, urbano ou rural, avulso e doméstico, além dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) – neste último caso, o pagamento da 2ª parcela começou no dia 26.

O 13º salário tem natureza de gratificação natalina e está previsto na Lei 4.749/1965. Todo trabalhador que atuou por 15 dias ou mais durante o ano e que não tenha sido demitido por justa causa tem direito à gratificação.

Os trabalhadores que possuem, por exemplo, menos de um ano na empresa têm direito ao 13º salário proporcional aos meses trabalhados por mais de 15 dias. Por exemplo, um empregado que trabalhou por seis meses e 15 dias deverá receber 7/12 de seu salário a título de 13º.

As horas extras e o adicional noturno geram reflexos no 13º salário e devem incidir na base de cálculo dessas verbas. Gorjetas e comissões também devem entrar na base de cálculo do 13º salário, assim como adicionais de insalubridade e de periculosidade. Já as diárias de viagem só influem na base de cálculo do 13º se excederem 50% do salário recebido pelo empregado.

As faltas não justificadas pelo empregado, ocorridas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, serão consideradas para desconto. Caso sejam superiores a 15 dias dentro do mesmo mês, o empregado perderá o direito a 1/12 do 13º salário.

O empregado afastado por motivo de auxílio-doença recebe o 13º salário proporcional da empresa até os primeiros 15 dias de afastamento. Já a partir do 16º dia, a responsabilidade do pagamento fica a cargo do INSS. Funcionárias em licença-maternidade também recebem 13º salário. Dessa forma, o empregador efetuará o pagamento integral e/ou proporcional (quando admitidas no decorrer do ano) do 13º salário.

O trabalhador temporário tem direito ao 13º salário proporcional aos meses trabalhados.

O empregado despedido com justa causa não tem direito ao 13º salário proporcional. Se a rescisão do contrato for sem justa causa, o 13º deve ser pago de maneira proporcional, na base de 1/12 por mês, considerando-se como mês integral aquele que ultrapassar 15 dias de trabalho.

Os trabalhadores domésticos também recebem o 13º. Na segunda parcela, no pagamento dos outros 50% do salário, são acrescidas as médias das horas extras trabalhadas.

Para o cálculo, deve-se dividir o total de horas extras pelos meses trabalhados no ano para se chegar à média de horas mensal. Depois calcula-se o valor da hora extra trabalhada dividindo pela jornada mensal prevista em contrato. Como a lei prevê que é preciso pagar um adicional de 50% sobre o valor da hora extra trabalhada, é necessário multiplicar esse valor por 1,5.

Já o estagiário, como não é regido pela CLT e nem é considerado empregado, a lei que regula esse tipo de trabalho - 11.788/08 - não obriga o pagamento de 13º salário.

Tribunal mantém pena de José Dirceu em 8 anos e 10 meses



O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou, nesta quarta-feira, 28, o recurso de embargos de declaração interposto pela defesa do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e manteve em oito anos e dez meses a pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em ação penal no âmbito da Operação Lava Jato.
Na primeira condenação, que apura irregularidades na diretoria de Serviços da Petrobras, ele chegou a ser preso, mas aguarda julgamento de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em liberdade, com tornozeleira eletrônica, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A 8ª Turma havia reduzido a pena da primeira instância, que era de 11 anos e 3 meses, em julgamento que ocorreu no dia 26 de setembro, mas a defesa recorreu. O pedido da defesa era anulação ou reforma da sentença.
Nesta ação, Dirceu responde por irregularidades em contrato para fornecimento de tubos para a Petrobras.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Apolo Tubulars, fornecedora de tubos para a Petrobras, por decisão de seus dirigentes teria pago, entre 2009 a 2012, vantagens indevidas e propinas de cerca de R$ 7.147.425,70 a Renato Duque e ao grupo político que o sustentava, dirigido por Dirceu.
Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1 milhões em propinas provenientes de contrato da estatal com a empresa.
Duque também teve a sua pena de seis anos e oito meses de reclusão por corrupção passiva inalterada.
O TRF-4 ainda manteve a pena de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, em oito anos e nove meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro mantida.
Zé Dirceu já está condenado em outra ação penal da Lava Jato a 30 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão.

TRF-4 concede prisão domiciliar ao ex-ministro Antonio Palocci



A maioria dos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu pela concessão de prisão domiciliar ao ex-ministro Antônio Palocci, condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão no âmbito da Lava Jato por negociar propina com a Odebrecht em troca de contratos com a Petrobras.
O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato, já havia votado a favor da prisão domiciliar e pela redução da pena para 9 anos e 10 meses, em decorrência da homologação da delação premiada de Palocci.
Na sessão desta quarta (28), o desembargador Leandro Paulsen, que pediu vista do processo em 24 de outubro, decidiu seguir o voto do relator, formando maioria a favor do ex-ministro. O último a votar será o desembargador Victor Laus.
Preso desde setembro de 2016, em Curitiba, Palocci terá esse período de dois anos e dois meses descontados da nova pena. Em junho do ano passado ele foi condenado em primeira instância.

Juros do cartão caem para 275,7% ao ano, mas ainda são criminosos



Os consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito pagaram juros um pouco menos caros em outubro. A taxa média do rotativo caiu 3,4 pontos percentuais em relação a setembro, chegando a 275,7% ao ano, ainda criminosos. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Banco Central. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.
No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 253,2% ao ano em outubro, recuo de 6,7 pontos percentuais em relação a setembro. Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) caiu 1,1 ponto percentual, indo para 291,1% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
Em abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.
Enquanto a taxa de juros do rotativo chegou a 275,7% ao ano, o parcelamento das dívidas do cartão de crédito pôde ser feito com juros de 166,1% ao ano em outubro.
Cheque especial
Já a taxa de juros do cheque especial caiu 1 ponto percentual em outubro, comparada a setembro, e está em 300,4% ao ano. Assim continua a ser a menor taxa desde março de 2016, quando estava em 300,8% ao ano.
As regras do cheque especial mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal não consignado é mais baixa: 126% ao ano em outubro, mesmo com o aumento de 3,8 pontos percentuais em relação a setembro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,1 ponto percentual, indo para 24,3% ao ano em outubro.
A taxa média de juros para as famílias caiu 0,1 ponto percentual em outubro para 51,9% ao ano. A taxa média das empresas se manteve em 20,4% ao ano.
Inadimplência
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, caiu 0,1 ponto percentual e ficou em 4,9% em outubro. No caso das pessoas jurídicas, o indicador ficou estável em 3%. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.
De acordo com o Banco Central, a inadimplência das famílias (pessoas físicas) continua no menor nível histórico, desde a série iniciada pelo Banco Central em março de 2011. A explicação são os programas de refinanciamentos e repactuações de dívidas em atraso.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as pessoas físicas oscilaram 0,1 ponto percentual para cima, para 7,7% ao ano. A taxa cobrada das empresas, porém, subiu em ritmo maior, com alta de 1 ponto percentual, para 9,7% ao ano.
A inadimplência das pessoas físicas no crédito direcionado ficou estável em 1,7% e a das empresas subiu 0,2 ponto percentual, para 2,2%.
Saldo dos empréstimos
Em outubro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,165 trilhões, com recuo de 0,2% no mês, mas com expansão de 2,4% no ano. Em 12 meses, a expansão foi de 3,5%. Esse estoque do crédito corresponde a 46,3% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB). Isso representa queda de 0,3 ponto percentual em relação a setembro (46,6%). (ABr)

Procurador diverge do TCU sobre fichas sujas dirigindo entidades do ‘Sistema S’



Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira discorda da posição predominante dos ministros de não avaliar ações para afastar candidatos fichas sujas de disputas pela direção em órgãos do Sistema S. Recentemente, o TCU se negou a avaliar a eleição da CNC, confederação do comércio que recebe do governo federal R$10 bilhões anuais em recursos públicos. 
“Não deve o TCU permitir que tal investidura ocorra mediante a prática de graves irregularidades”, opinou Júlio Marcelo em parecer.
A omissão dos ministros beneficiou novos dirigentes da CNC como José Tadros, presidente, que responde a 62 processos no próprio TCU.
Eleito na CNC sob os auspícios do TCU, José Tadros se candidatou à presidência do conselho do Sebrae, cujo orçamento é R$3,4 bilhões.

Conferência do Clima poderia custar meio bilhão de reais; Bolsonaro vetou



A decisão do Brasil de retirar a oferta para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-25, foi do novo governo de Jair Bolsonaro. O Ministério das Relações Exteriores consultou o futuro chanceler Ernesto Araújo, que levou o assunto ao presidente eleito. Para sediar o evento, o presidente eleito teria de se comprometer a bancar seus custos, estimados em US$100 milhões (R$400 milhões). Mas poderia atingir quase meio bilhão de reais. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Apesar de oferecer o Brasil para sediar a COP-25, o governo Michel Temer só colocou R$15 milhões no orçamento de 2019 para o evento.
Para juntar quase meio bilhão de reais dos custos da COP-25, o governo teria de sacar dinheiro do Tesouro e do Fundo do Clima.
O Itamaraty teve trabalho para garantir a COP-25 no Brasil. Conseguiu apoio unânime no continente, inclusive da intratável Venezuela.
A confirmação do evento foi celebrada pelo governo Temer como prova da “liderança mundial” do Brasil em iniciativas sobre o tema.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Em Vitória, outro prédio da Petrobras e mais um escândalo de corrupção



Outro edifício-sede da Petrobras vai gerar a qualquer momento mais um escândalo de gatunagem no governo do PT. Há dias, o edifício de R$680 milhões da estatal em Salvador resultou na operação Sem Fundos, da Polícia Federal. Mas há outro construído em Vitória (ES), cujo custo inicial era de R$90 milhões, na licitação subiu para R$436,6 milhões, no contrato foi a R$486,1 milhões e, após aditivos, totalizou mais de meio bilhão de reais, ou sejam, R$567,4 milhões. Os valores foram aferidos em investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). 
O TCU começou a investigar em setembro de 2015 a treta no edifício da Petrobras em Vitória. O caso é investigado também na Lava Jato.
Não tinha perigo de dar certo: duas das três empresas do consórcio contratado estão envolvidas na Lava Jato até o pescoço.
O consórcio vencedor contratado (Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief) realizou apenas 16,5% da obra e terceirizou todo o restante.
Em relatório, o TCU identificou “indícios robustos de sobrepreço” e acusou “falta transparência e confiabilidade nas cotações”.

Reforma da Lei de Execuções pretende dificultar a prisão para corruptos



Parlamentares que malandramente tentam votar ainda este ano a reforma da Lei de Execução Penal tentam aprovar a regra que impede a condenação à prisão de acusados dos crimes considerados de “menor potencial ofensivo”. Seriam enquadrados na nova regra os crimes que preveem pena de até três anos. O que eles não contam é que corrupção está entre os crimes em que a prisão seria dificultada. 
Entre os truques da reforma da Lei de Execução Penal está a previsão de suspender eventuais sentenças contra corruptos ou sua comutação.
Mais de 50 deputados federais são investigados e mais de cem citados na Lava Jato, todos sujeitos a julgamento e condenação por corrupção.
Juiz experiente, o deputado federal eleito Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) adverte que a aprovação desse projeto será o triunfo da impunidade.
Para Luiz Flávio Gomes, o projeto não deveria ser votado pelos atuais deputados federais, até porque 52% foram derrotados nas urnas.

Mundo se mantém indiferente à guerra que já matou 500 mil pessoas



Ninguém mais liga mais para a guerra da Síria, que desde março de 2011 já matou meio milhão de pessoas e transformou mais de cinco milhões em refugiados, enquanto a comunidade internacional continua gerindo seus interesses na região, o que é indecente. Um dos dramas da Síria é ser uma passagem que as grandes potências mundiais lutam para controlar. O conflito até já deixou de ser manchete. Foi banalizado, para usar a linguagem de Hannah Arendt.
No último fim de semana, houve novo ataque com gás cloro em Alepo. Cerca de 100 civis intoxicados, mas pouca atenção mereceu dos líderes europeus e da imprensa. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, forças do governo também lançaram rockets contra a cidade de Jarjanaz, matando seis crianças que saiam da escola.
O regime sírio responsabiliza terroristas. Os rebeldes acusam Bashar al-Assad de ter encenado a operação, sob instruções da Rússia, para culpar adversários. Atualmente, o caos da guerra impede investigação independente, o que somente acontecerá após seu término. A Comissão para a Justiça Internacional e Responsabilização vem reunindo provas dos crimes cometidos na Síria.
Graças ao filme “Guerra Pessoal “, sobre a vida e morte da corajosa da jornalista Marie Colvin, o tema voltou à atualidade. O diretor Matthew Heineman fez um documentário sobre sua trajetória profissional, atualmente exibido nas salas europeias de cinema. Jornalista americana e correspondente de guerra do britânico The Sunday Times, Marie foi assassinada na cidade de Homs pelos mísseis de Assad, ao lado do fotógrafo francês Rémy Ochilik
Em Portugal, ao contrário do normal, ninguém sai antes do término da exibição dos créditos do filme. As pessoas querem conhecer os detalhes da sua produção e quem são os responsáveis pela denúncia documentada. Ao final, aparentemente chocadas, deixam a sala em silêncio. É possível que se indaguem como tudo isso tem sido possível ao longo de sete anos, sem que até aqui os atores internacionais não tenham posto fim ao cenário de barbárie.
Colvin era uma jornalista que se preocupava como raros em denunciar os horrores das guerras. Cobriu muitas. Desde meados da década de 80 esteve nas trincheiras dos maiores conflitos mundiais. Perdeu o olho esquerdo num ataque surpresa em Siri Lanka.Enfrentou corajosamente todas as dificuldades para estar sempre na linha da frente. Aos 56 anos, não se intimidou diante de nada para denunciar as atrocidades cometidas por Assad contra civis inocentes, como crianças, mulheres e idosos.
Ganhou diversos prêmios em sua carreira. Mas escolheu colocar-se a serviço da denúncia, para informar o mundo o que testemunhava nas frentes de combate ao invés de permanecer na tranquilidade londrina. Na véspera do seu assassinato, transmitiu reportagem em direto para a CNN, numa sala improvisada de imprensa, mostrando imagens terríveis de um bebê assassinado em frente às câmaras.
Alertada para o perigo da transmissão, que facilitaria sua localização pelos drones sírios, fez o que julgou ser seu dever. Assim, assinou sua sentença de morte. Assad nunca negou o fato. Despreza jornalistas. Sobre a morte de Marie, disse apenas que ela estava acompanhada de terroristas e sabia o que estava fazendo. Não estava com terroristas, mas sabia o que fazia.
Sabe-se disso e que o irmão do ditador, Maher al-Assad, é o responsável pelos massacres e carnificinas e que subornou uma mulher com um automóvel novo para denunciar a jornalista e seus colegas, através de um desertor dos serviços secretos sírios, codinome Ulysses. Essas e outras informações só vieram à tona porque a família de Marie Colvin acionou a Justiça contra os Assad e exige milhões de dólares de indenização.
O filme contrasta com indiferença dos líderes mundiais diante da  guerra síria e sua continuação, sustentada pela Rússia, Irã e potências mundiais que vendem armamento para os países que  alimentam o terrorismo. É a história de uma jornalista que não virou a cara à violência e acreditava no seu trabalho como um dever mais precioso do que sua vida. Marie Calvin é um exemplo para todos nós jornalistas. Vale a pena ver o filme.