sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mosquito da febre amarela não morre com o frio, alerta a Saúde



A Secretaria de Estado da Saúde alerta a população que não deixe de tomar a vacina contra a febre amarela, mesmo com a ocorrência de dias mais frios. O motivo da orientação é que o mosquito transmissor da doença continua vivo apesar da queda das temperaturas.
No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes albopictus também transmitir os vírus.
“A imunização continua nas unidades de saúde dos 399 municípios do Estado e a secretaria recomenda a vacinação como forma eficaz e segura de proteção contra a doença”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria, Acácia Nasr.
O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (16) registra 16 casos confirmados da doença e 74 casos em investigação. O boletim anterior, publicado em 25 de abril, apresentava 15 casos confirmados e 85 em investigação.
Acácia destaca que o Estado mantém o trabalho de vacinação e de vigilância ativa, com ações de campo nas regiões com maiores índices de infestação do mosquito transmissor. “Seguimos com o alerta para que, além da vacina, as pessoas se protejam ao visitar parques e áreas de mata usando repelente, calças compridas e blusa de maga comprida”, disse. “A febre amarela é infecciosa, já provocou uma morte no Paraná neste ano, em março, e por isso a mantemos a orientação para vacina”.
NÚMEROS - Entre os 16 casos confirmados no Paraná, 14 são do sexo masculino, com idades variando entre 10 e 60 anos. Os locais prováveis de infecção foram os municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Paranaguá, Morretes, São José dos Pinhais e Adrianópolis.
EPIZOOTIAS - A Secretaria de Estado da Saúde também mantém o trabalho de Vigilância de Epizootias, que investiga as mortes de macacos contaminados pela febre amarela. Até o momento, 32 epizootias foram confirmadas e 75 seguem em investigação. “Lembramos sempre que os macacos não transmitem a doença. Eles também são infectados e acabam servindo de sentinelas, indicando a presença do mosquito”, disse a superintendente.
Desde o início do monitoramento de epizootias, de junho do ano passado até o 14 de maio, foram confirmados casos em de febre amarela em macacos em Antonina, Morretes, Paranaguá, São José dos Pinhais, Castro, Jaguariaíva, Ipiranga e Carambeí.