domingo, 19 de maio de 2019

Morto pela polícia, professor de jiu-jitsu treinava jovens carentes e andava 1h30 até o trabalho

(Reprodução)

O professor de jiu-jitsu Jean Aldrovande, morto na última terça baleado no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, era tido como uma referência na comunidade. Seu sonho era tirar jovens carentes da criminalidade por meio de iniciativas esportivas.
Segundo a família, policiais entraram atirando na rua em que Jean estava e uma bala atingiu sua cabeça. Um dos quatro filho de Aldrovande, que também era seu aluno, viu o momento dos disparos e o pai ser morto momentos depois.
Em entrevista ao UOL, a irmã do atleta, Scarlat classificou os policiais como “despreparados”. “Fica a revolta e tristeza. Um bando de homens despreparados saem atirando em pessoas inocentes sem pensar que poderia ser o irmão deles ou algum familiar”, falou.
Morador do Alemão durante boa parte da vida, Jean mudou para o bairro Vaz ha pouco tempo, mas sempre ia à comunidade em que foi criado para dar aulas. Em muitas vezes, o trajeto casa-trabalho era feito a pé e levava 1h30.
O comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora ouviu os policiais envolvidos e iniciou procedimento para investigar o caso.