terça-feira, 14 de maio de 2019

Fanini entregou Beto Richa e mais 12 e em troca quer perdão judicial



Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Educação que fez as delações premiadas que renderam a ampla investigação da Operação Quadro Negro, sobre o desvio de verbas destinadas à construção de escolas, está preso desde setembro de 2017. Fanini fez 62 depoimentos. Agora ele quer a liberdade como prêmio pelas delações que renderam três mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão; três ações penais; dez pessoas físicas denunciadas com base na sua delação, entre elas o ex-governador Beto Richa e outros personagens da política paranaense.
Em sua delação, Fanini revelou com riqueza de detalhes como funcionava o desvio do dinheiro público e sua transformação em propinas pagas para políticos no Paraná, nem por isso mereceu perdão judicial, que volta a pedir nas alegações finais da defesa perante a 9.ª Vara Criminal de Curitiba. Ao final da petição, os advogados requerem ao juiz da 9.ª Vara Criminal, Fernando Bardelli Fischer, a concessão do perdão judicial ao acusado colaborador; a fixação da multa prevista no art. 58 do CP em seu mínimo legal; ou a aplicação integral dos termos do acordo de colaboração premiada no que tange as penas que devem ser impostas ao peticionário.