domingo, 17 de maio de 2020

GSI critica reportagem do Jornal Nacional e dá nova versão sobre frase de Bolsonaro em reunião citada por Moro



Em nota enviada à TV Globo, o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, fez críticas à reportagem do “Jornal Nacional” que revelou nova contradição na versão do presidente Jair Bolsonaro sobre reunião ministerial do dia 22 de abril, citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de interferência do presidente na Polícia Federal.
A reportagem revelou que, apesar de alegar que estava preocupado com a segurança dos seus filhos no Rio de Janeiro, Bolsonaro promoveu o responsável por essa função menos de um mês antes da reunião.
Segundo a nota do GSI, a matéria é mal elaborada e uma tentativa de fazer reportagem maldosa contra o presidente da República usando como exemplo a promoção do General Sá Corrêa, recém nomeado Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, de Pelotas-RS.
Nota da Globo
“A nota do ministro do gabinete de segurança institucional Augusto Heleno confirma integralmente o que o Jornal Nacional publicou. Que o antigo titular da direção de segurança pessoal da presidência, o então coronel Sá Correa, foi promovido a general de brigada por escolha do presidente Bolsonaro. E que o substituto escolhido foi o número dois do departamento. Em nenhum momento, o Jornal Nacional questionou os méritos do general Sá Corrêa.
Quis apenas mostrar que a versão do presidente sobre o que disse na reunião ministerial de 22 de abril não encontra respaldo na realidade. O presidente reiteradas vezes afirmou que se referia à segurança dele, de sua família e de seus amigos, quando disse que tentou fazer mudanças na segurança do Rio e não conseguiu.
Como mostrou o Jornal Nacional, o presidente não teve dificuldades em fazer trocas no departamento responsável por sua segurança. Promoveu o titular, substituiu-o pelo seu adjunto e também trocou a chefia do escritório no Rio. Sem dificuldades.
Por fim, é de se destacar que a frase do presidente Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 22 abril ganha agora mais uma versão. Segundo o ministro Augusto Heleno, o presidente, ao mencionar a segurança no Rio, quis dar apenas um exemplo sobre o que faria caso quisesse realizar uma troca no setor e encontrasse oposição: poderia chegar até a demitir o ministro para ver a sua decisão cumprida, não tendo o presidente se referido a nenhum caso real que houvesse ocorrido. Registre-se também que o ministro Augusto Heleno não esclareceu por que motivo o presidente se viu compelido a dar esse exemplo. A dúvida permanece.”
O Globo