domingo, 2 de agosto de 2020

Aras acusa colegas de plantar "fake news" contra sua família

Procurador-geral da República, Augusto Aras
25/09/2019
REUTERS/Adriano Machado

Cobrado por colegas em reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF) por críticas à força-tarefa da operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu partir para o ataque e acusou subprocuradores de lhe fazerem "oposição sistemática" ao plantar "fake news" sobre ele e seus familiares à imprensa.

A tensa reunião do Conselho Superior --principal órgão administrativo da instituição-- nesta sexta-feira, 31, teve como pano de fundo as críticas que Aras fez ao longo da semana à atuação da força-tarefa da Lava Jato. Ele havia dito que o grupo manteria informações que não constam dos sistemas do MPF e que é uma "caixa de segredos".

Durante o encontro, as declarações mais contundentes contra Aras foram feitas pelo subprocurador-geral da República Nicolao Dino. Lendo uma carta subscrita por outros três colegas do conselho, Dino disse que as críticas do procurador-geral sobre "correção de rumos" do MPF não constrói e acaba por gerar perplexidade por ter "graves afirmações".

"Um Ministério Público desacreditado, instável e enfraquecido apenas atende aos interesses daqueles que se posicionam à margem da lei", disse Dino, ao instar Aras a liderar a categoria.