domingo, 23 de agosto de 2020

Após ação policial, festa clandestina no Peru termina com 13 mortos por asfixia

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Pelo menos 13 pessoas (11 homens e 2 mulheres) morreram em uma boate de Lima, capital do Peru, durante uma operação da polícia na noite de sábado (22). Os agentes tinham ido dispersar os mais de 100 jovens que participavam de uma festa clandestina, convocada por meio de redes sociais, no Thomas Restobar, no distrito de Los Olivos.
A tragédia ocorreu após as 22h (meia-noite de domingo pelo horário de Brasília), quando começa o toque de recolher imposto pelo governo para barrar o avanço do coronavírus no país. A medida vale para todo o Peru das 22h de sábado até as 4h de segunda-feira.
De acordo com o jornal peruano “Expreso”, as idades das vítimas são compreendidas entre 20 e 30 anos. A publicação diz que, ao perceber a chegada dos policiais, houve correria entre os participantes da festa, que correram na direção da única porta. Na confusão, alguns morreram sufocados.
Testemunhas afirmam que os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo no local. O general Orlando Velasco Mujica, no entanto, negou a informação em entrevista à rádio local RPP. Ele disse que não foram usadas armas ou artefatos de efeito moral. A ação, segundo contou, foi resultado da denúncia de vizinhos da casa noturna.
O Ministério do Interior peruano informou em comunicado que, além dos 13 mortos, 6 pessoas ficaram feridas (3 civis e 3 policiais). Houve ainda 23 prisões.
O governo peruano proibiu reuniões sociais para frear a propagação do coronavírus. Bares e casas noturnas estão fechados desde março. No país, há mais de 585.000 casos confirmados de Covid-19 e 27.453 mortos pela doença desde o começo da pandemia.
Com 33 milhões de habitantes, o país é o terceiro país com mais mortes pela doença na América Latina, atrás do Brasil e do México.
FOLHAPRESS