domingo, 2 de agosto de 2020

Volta às aulas na pandemia pode ser um crime contra as crianças



O governo do Paraná planeja retornar às aulas no mês de setembro próximo, mas sofre uma feroz oposição da APP-Sindicato –entidade sindical que representa educadores do ensino básico no estado.

Embora a Secretaria de Estado da Educação (SEED) fale em volta às salas no mês que vem, sem especificar a data, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) reforça a necessidade de isolamento social para combater a proliferação do novo coronavírus.

Há um agravante no projeto de volta às aulas no Paraná. O governo de Ratinho Junior (PSD) estabeleceu um “termo de responsabilidade” para que os pais consintam de maneira “livre” na pandemia de Covid-19. Obviamente, que esse “contrato” proposta é nulo porque é antijurídico e é uma ação esdrúxula do ponto de vista humanitário.

O documento ilegal proposto por Ratinho obriga os pais a “não responsabilizar a instituição de ensino, bem como o Governo do Estado do Paraná por eventual contaminação ou desenvolvimento da doença” e ainda obriga “caso o estudante seja contaminado com a Covid-19, todos os membros da família deverão ficar em isolamento”.

O Paraná está no epicentro da nova onda de infecção pelo vírus, enquanto as regiões Norte e Nordeste assistem ao arrefecimento do contágio.
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O Paraná tem com 75.300 casos e 1.899 mortes por Covid-19, segundo a SESA, ao passo que o Brasil possui 2.552.265 casos e 90.134 mortes por coronavírus confirmados pelo Ministério da Saúde.