sexta-feira, 25 de agosto de 2017

PRESIDENTE DO BNDES DIZ QUE 'NÃO EXISTE BATOM NA CUECA' EM TRANSAÇÕES COM A JBS



O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, voltou a defender nesta quarta-feira, 23, a idoneidade das operações da instituição de fomento com o frigorífico JBS. "Qual não foi a nossa surpresa de saber, ainda preliminarmente, que não existe batom na cueca. Ou seja, salvo pequenas falhas burocráticas, que em qualquer ação humana são plausíveis de acontecer, não existe semelhante coisa como um protegido chegar aqui e pegar um cheque, sem passar por um extenso processo de avaliação", afirmou Rabello, em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila, que foi ao ar na noite desta quarta-feira na GloboNews.
Rabello disse que as comissões de apuração interna (CAIs) instaladas desde a gestão passada do BNDES sobre operações com a Odebrecht e a JBS concluíram que não houve malfeitos envolvendo funcionários do banco. Segundo o presidente do BNDES, as CAIs "estão para serem concluídas nos próximos dias".
Sobre o cenário atual, Rabello também cobrou um ajuste fiscal mais duro. Segundo o economista, o País não pode esperar "até 2023" para ter superávit primário nas contas fiscais e deveria perseguir, até lá, o equilíbrio das contas em termos nominais. Ao anunciar a revisão das metas fiscais de 2017 e 2018, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou que a previsão da equipe econômica é de que o País volte a registrar superávits a partir de 2021.
Rabello ainda confirmou que recebeu sondagem de um partido político para concorrer à Presidência da República em 2018 mas que, no momento, dedica "100% do tempo, com hora extra", à instituição. 
Desde o início de maio, quando Rabello ainda estava à frente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fala-se nos bastidores que o PSC teria feito o convite para a candidatura. Rabello chegou a confirmar a sondagem em entrevistas, também antes de assumir o cargo no banco de fomento. (AE)