sexta-feira, 25 de agosto de 2017

CAMEX TAXA ÁLCOOL PODRE DOS EUA, À BASE DE MILHO, E O NORDESTE COMEMORA



A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Brasil retomou nesta quarta-feira (23) a cobrança de tarifa de 20% na importação de etanol partir dos 600 milhões de litros ao ano, numa decisão que representa importante vitória dos produtores nordestinos. É que desde o governo Dilma Rousseff (PT), graças ao lobby das distribuidoras de combustíveis, o álcool podre dos Estados Unidos, à base de milho, podia ser importado com alíquota de 0%.
A importação era feita sobretudo durante a entressafra da produção da região Sudeste, onde as distribuidoras de combustíveis são também proprietárias de destilarias de etanol. O problema é que a importação do álcool americano coincidia com o auge da produção de etanol no Nordeste, onde impostos são pagos em valores industriais, bem ao contrário dos produtores dos EUA, que, alél d altamente subsidiado pelo governo Donald Trump, ainda exportavam seu produtopara o Brasil sem pagar um único centavo de imposto.
Segundo informou o Ministério da Agricultura, a tarifa será válida por um período de 24 meses, quando será reavaliada. De acordo com dados do governo brasileiro, as importações subiram 330 por cento primeiro semestre na comparação anual, superando 1,3 bilhão de litros.
A decisão da Camex “corrige uma distorção que estava colocando em risco o abastecimento ao tirar a competitividade da produção nacional”, disse o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha.