terça-feira, 29 de agosto de 2017



Por meio de carta, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ataca outra vez, agora o alvo é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator da Lava Jato, Edson Fachin. A informação é da revista Veja.
Na carta, escrita no complexo médico penal e entregue a seus aliados, Cunha reclama da demora da análise de seus pedidos de habeas corpus. “Só eu continuo com a prisão decretada nessa operação de 18 de maio”.
Além das censuras, Cunha tenta desqualificar Fachin, quando faz insinuações sobre indicação do ministro a Suprema Corte. “Quando os senhores Joesley Batista e Ricardo Saud me procuraram para ajudar na aprovação do então candidato ao STF Edson Fachin, além da relação de amizade que declararam ter com ele, me passaram a convicção de que o país iria ganhar com a atuação de um ministro que daria a assistência jurisdicional que a sociedade necessitava”.
Cunha vai além, e fala sobre o acordo de delação premiada dos donos da JBS. “Hoje estamos vendo que a assistência célere e eficiente foi a obtida pela JBS e seus donos, onde em apenas três dias conseguiram homologar um acordo vergonhoso, onde ficaram livres, impunes e ricos”.
E após afirmar que gostaria de ter o direito ao julgamento “e não ser vítima de uma obstrução da Justiça a que todos os brasileiros têm direito”. E finaliza com a mesma ironia, com que começa a nota. “Por isso, para além de uma dúvida razoável e em cognição sumária, recorro ao papa para ser julgado.”
Após a divulgação da carta, os advogados que faziam a defesa do peemedebista pediram para sair do caso, o motivo não foi declarado.