quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Pressionada pelo governo, Petrobras segura reajuste no preço dos combustíveis antes do 2º turno


 









Por pressão do governo Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras tem segurado os reajustes nos preços dos combustíveis às vésperas da eleição, mesmo com os valores nacionais abaixo do mercado internacional. Por conta dessa defasagem, há uma pressão interna dentro da empresa para aumentar os preços, o que só deve ocorrer após as eleições.

A estatal já vende gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI) há seis semanas e o diesel há quatro, de acordo com dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O PPI é a política de preços da Petrobras, que aplica no mercado interno o preço do barril de petróleo e do dólar.

De acordo com relatório de terça-feira do CBIE, a gasolina da estatal estava 12,27% ou R$ 0,46 por litro mais barata que os preços internacionais. O diesel segue 14,13% ou R$ 0,80 por litro abaixo do PPI. Na média da semana passada, a defasagem da gasolina ficou em 8,03% e, a do diesel, 13,55%.

Diante desses números, técnicos da estatal e parte da diretoria afirmam que já seria necessário reajustar os preços. O governo, porém, tem pressionado para evitar um aumento de preços antes do segundo turno das eleições, marcado para domingo.