Conforme a denúncia que levou ao afastamento do vereador, foi porque teria transportado por várias vezes funcionários de uma obra pública que é executada próxima à propriedade dele, quando a obrigação do transporte dos funcionários é de responsabilidade da empreiteira que recebe pela execução da obra na zona rural.
O transporte foi confirmado pelos funcionários da obra, inclusive foi registrada Notícia de Fato no Ministério Público de Ivaiporã, que tem 30 dias para apreciar, a contar da data do recebimento. Ainda conforme a denúncia, a ilegalidade só foi descoberta porque o carro quebrou quando ia buscar os funcionários.
Os vereadores entenderam por bem não abrir Comissão Processante contra o vereador optando pela suspensão do mandato por 15 dias. Procurado pela reportagem Vila Real disse que o uso do veículo não foi em benefício próprio.
Vila Real confirmou que realmente autorizou que o veículo buscasse os funcionários. “Eu não estava em Ivaiporã e mandei buscar eles lá no trabalho. Mas o carro da Câmara que é antigo quebrou, então não aconteceu o fato. Eu então pedi que um colega lá do Jacutinga buscasse eles para mim. Nesse intermédio mandei arrumar o carro e paguei as despesas”, disse Vila Real que também justificou o motivo de mandar buscar os rapazes. “Eles trabalham o dia inteiro no sol assentando as pedras. Chega à tarde, não tem carro para buscá-los, não é possível que a gente que é fiscal da estrada não vai socorrer”.
Com relação a desconstituição da comissão legislativa, Vila Real alega que trabalha na Seab até às 17h30 horas e que as reuniões da comissão são às 18 horas. “Eu não posso estar lá antes, porque tenho que ir para casa, tomar banho, me trocar e não dá tempo de chegar no horário da reunião. Até já tinha pedido para me trocar, mas vinha revelando. A exclusão de comissão é normal, isso acontece em todo o lugar”.