sábado, 22 de outubro de 2022

Bolsonaro corta o leite das crianças no Nordeste e Minas


 













A distribuição de leite às famílias em extrema pobreza pelo programa Alimenta Brasil (antigo PAA, Programa de Aquisição de Alimentos) foi cortada em 87% no Nordeste e no estado de Minas Gerais. A informação é o UOL, neste sábado (22/10)

Segundo reportagem de Carlos Madeiro, colunista no portal, entre janeiro e agosto, o total de litros distribuídos caiu 87% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O Programa Alimenta Brasil é uma das principais ações do governo federal no combate à fome no interior nordestino e de Minas Gerais.

A distribuição de leite dentro do programa Alimenta Brasil é executada apenas no território da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que abrange os nove estados da região Nordeste e o norte e nordeste de Minas Gerais – reporta o site do Grupo Folha.

Segundo a publicação, a escolha dessa área ocorre pelo maior grau de insegurança alimentar. É na região da Sudene que estão 11 milhões — ou seja, mais da metade — dos 20 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil.

O programa do leite, como é conhecido, é tradicional no Nordeste há pelo menos duas décadas e, segundo gestores, enfrenta hoje o seu maior desfinanciamento federal e a menor quantidade distribuída – observa o UOL.

O governo Bolsonro reduziu a compra do leite para distribuir para as crianças. Em agosto deste ano, por exemplo, apenas 54 produtores venderam ao governo um total de 236 mil litros de leite. Para efeito de comparação, em outubro de 2021, eram 4.443 produtores leiteiros que venderam 5,9 milhões de litros de leite. Em janeiro deste ano, nenhum litro de leite foi comprado.

Entre 2011 e 2012, no governo do PT, quando o programa atingiu o ápice, 28 mil produtores vendiam leite ao governo federal.

Bolsonaro não comentou os cortes no leite das crianças.