quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Família consegue dinheiro para trazer corpo de brasileira morta em Portugal


O crime ocorreu na quarta-feira passada na Vila Arruda dos Vinhos, no Distrito de Lisboa 

A família da brasileira Camila da Silva, de 30 anos, que foi encontrada morta na última quarta-feira, 2, na Vila Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, em Portugal, conseguiu arrecadar dinheiro para realizar o traslado para o Brasil.

A vítima era de Ipatinga, interior de Minas, e deixou uma filha de 10 anos. Familiares e amigos lamentaram a morte de Camila e pediram apoio financeiro de R$ 30 mil para trazer o corpo da jovem para o País.

Na quarta-feira, 9, Werleis Silva, irmão de Camila, informou em um post nas redes sociais que conseguiram arrecadar o dinheiro por meio de 'vaquinha' e vão viabilizar o traslado, que está previsto para a próxima segunda-feira, 14.

A família espera realizar o velório de Camila até a próxima quarta-feira, 16. "Conseguimos arrecadar o dinheiro para fazer o traslado. Agradecemos a todos. Já demos o passo principal, conseguimos a funerária em Portugal. Mandamos os documentos do Brasil para lá. Teremos o parecer da funerária ainda nesta semana, em razão dos dias que precisam para resolver tudo", disse em vídeo publicado no Facebook.
O corpo de Camila da Silva foi localizado dentro de uma mala envolta por fita adesiva por um morador que passeava com seu cão pelo local, na quarta-feira passada, 2. A Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência.

No dia seguinte, na quinta-feira, 3, a Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa anunciou a prisão do companheiro da vítima, de 38 anos, suspeito de tê-la matado à facada, com um golpe letal, na casa onde moravam, e abandonado o corpo dentro da mala. Ele foi encontrado dentro de uma área de mata, mas há indícios de que tentava deixar o país.

Em nota, a polícia informou que recolheu provas, as quais incriminam fortemente o suspeito. A investigação apura se o homicídio aconteceu por motivo passional. O suspeito aguarda julgamento.

O presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Santos Rijo, também lamentou a morte da jovem e classificou o crime como hediondo.

"Acontecimento de um crime hediondo (homicídio) que apanhou todos de surpresa e que chocou toda uma comunidade. Um casal jovem de cidadãos brasileiros recém-chegados, que morava em Arruda há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro. Ela, trabalhadora da restauração, ele, trabalhador da construção civil, e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos", destacou o post.