quinta-feira, 31 de outubro de 2019

PGR diz que menção a Bolsonaro no caso Marielle é factoide e foi arquivada

Aras participa de primeira sessão do Supremo, após assumir PGR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e a PGR já arquivaram informações sobre a suspeita de que um dos supostos assassinos da vereadora Marielle Franco citou o nome do presidente Jair Bolsonaro para entrar no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, pouco antes de cometer o crime.
Aras classificou a divulgação do episódio como um “factoide”. O arquivamento da menção ao nome do presidente, pelas autoridades de Brasília, não paralisa as investigações no Rio sobre os demais suspeitos.
Paralelamente, o procurador-geral informou que remeterá para o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro um pedido feito pelo ministro Sergio Moro (Justiça) para que se investiguem as circunstâncias em que um porteiro do condomínio de Bolsonaro citou o nome do presidente em depoimento à polícia do Rio.
Segundo Aras, há suspeitas de que tenha havido a intenção de prejudicar Bolsonaro.
“Por si só, a notícia de fato [com a menção a Bolsonaro, que chegou ao Supremo] já encerrava a solução do problema”, disse Aras nesta quarta-feira (30). “[O arquivamento ocorreu] porque não tinha nenhuma hipótese [de investigação do presidente] a não ser a mera comunicação [ao STF]”, afirmou.
“O que existe agora é um problema novo, o factoide que gerou um crime contra o presidente”, disse o procurador-geral.