quinta-feira, 29 de junho de 2023

Zelador desliga freezer após “alarmes irritantes” e arruína 20 anos de pesquisas de universidade















 Um zelador resolveu desligar um freezer após ouvir vários “alarmes irritantes” e acabou arruinando mais de 20 anos de pesquisa científica. Uma ação foi movida pelo Instituto Rensselaer Polytechnic contra o empregador do funcionário. O incidente ocorreu no interior de Nova York, nos Estados Unidos.

O zelador, que não está sendo processado, era contratado da empresa de limpeza Daigle Cleaning Systems. A universidade pede cerca de R$ 4,7 milhões em danos e honorários advocatícios. A universidade não culpa o zelador, por crer que a negligência foi sim da empresa, que não deu treinamento e supervisão adequados, como consta no processo.

O alarme do freezer é programado para soar em caso de qualquer falha que faça a temperatura aumentar ou diminuir. A universidade esclareceu que as culturas de células e espécimes no freezer precisavam ser mantidas a -80 °C e uma variação de 3 °C causaria danos.

Um professor que supervisionava o local registrou uma falha quando o alarme soou, e solicitou reparos de emergência no local. Enquanto esperava a solução do problema, a equipe dele fixou um aviso em caixa alta: “ESTE CONGELADOR ESTÁ APITANDO PORQUE ESTÁ EM REPARO. POR FAVOR, NÃO MOVER NEM DESCONECTÁ-LO. NENHUMA LIMPEZA É NECESSÁRIA NESTA ÁREA.”

O zelador, no entanto, se cansou dos “alarmes irritantes” e desligou os disjuntores que forneciam eletricidade ao freezer. No dia seguinte, os estudantes de pesquisa encontraram o aparelho desligado. Mesmo após tentativas de preservar a pesquisa, a maioria das culturas foi “comprometida, destruída e tornada irrecuperável”, aponta o processo.

Metrópoles.