A baixa cobertura vacinal tem aumentado o risco de reincidência de diversas doenças nos últimos anos, e a meningite meningocócica, causada por bactérias, é uma delas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, foram registrados no início desta semana dois casos da doença: uma mulher de 20 anos, da zona Sul, e um homem de 22 anos, da zona Norte, que acabou morrendo.
A Secretaria Municipal da Saúde explicou que estes casos são isolados, pois é considerado surto quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade.
Apesar disso, a capital paulista vive um surto localizado nos distritos da Vila Formosa e Aricanduva, na zona Leste, onde foram registrados, de 16 de julho a 15 de setembro, cinco casos. Uma pessoa morreu.
Deste modo, a cidade contabiliza 58 casos e ao menos 10 mortes registradas por meningite desde o começo do ano.
O que é e o que causa a meningite
A meningite é a inflamação das meninges, as três membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.Ligia Pierrotti, infectologista do Alta Diagnósticos, laboratório da Dasa, explicou que a doença pode ser provocada por vírus, bactérias e, mais raramente, por fungos e parasitas.
Segundo a especialista, o tipo de meningite mais comum é a bacteriana, sendo a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidi, a forma mais grave da doença.
Todas as pessoas podem contrair meningite, mas a incidência é maior entre as crianças até cinco anos de idade. Em situações de surto, o risco aumenta em adolescentes e adultos jovens.
O ideal é que o tratamento da meningite meningocócica seja iniciado o mais rápido possível, em regime de internação hospitalar, com administração de antibiótico aplicado na veia durante uma semana.