sexta-feira, 2 de junho de 2023

Moro e oposição criticam; governistas defendem: veja repercussão da indicação de Zanin ao STF


 












Políticos e autoridades reagiram à confirmação feita por Lula de que vai indicar o advogado Cristiano Zanin para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.

Zanin foi advogado pessoal de Lula na operação Lava Jato. A indicação dele ao Supremo provocou reação de oposicionistas, inclusive o senador Sergio Moro (União-SP), que foi juiz da operação e condenou Lula em primeira instância. A sentença foi posteriormente anulada pelo STF.

“A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano”, escreveu Moro em uma rede social.

Já governistas defenderam a escolha. O ministro Flávio Dino (Jusitça) disse que Zanin preenche os requisitos para ser ministro do STF e que a indicação é um reconhecimento do papel dos advogados “para o bom funcionamento da Justiça”.

Apesar de já anunciada por Lula, a indicação de Zanin ainda não foi oficializada no Diário Oficial da União. Para assumir o cargo na Corte, o advogado tem que ser aprovado pelo Senado.

Veja a repercussão da indicação de Cristiano Zanin ao STF:

Senador Sérgio Moro (União-SP):

“A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano.”

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS):

“Ao indicar Cristiano Zanin para o STF, Lula prestigia seu advogado de defesa, que conseguiu livrá-lo das condenações da Lava Jato, mas ignora o espírito republicano, abandonando nomes com mais mérito, isenção e experiência na magistratura.”

Flávio Dino, ministro da Defesa

“O Dr. Zanin preenche plenamente os requisitos constitucionais para a indicação presidencial ao Senado, visando à nomeação para compor o STF. O Dr. Zanin demonstrou ter notável saber jurídico e reputação ilibada, conforme disposto no artigo 101 da Constituição. A sua indicação é também um reconhecimento ao papel dos advogados para o bom funcionamento da Justiça.”

G1