terça-feira, 11 de outubro de 2022

Justiça penhora imóvel de Romário para pagar dívida de R$ 90 mil com Dunga


 














A 24ª Vara Cível de Brasília mandou penhorar imóveis e bens do ex-jogador e senador Romário Faria (PL-RJ) para o pagamento de um processo que ele perdeu para o ex-técnico Dunga. Ambos foram campeões da Copa do Mundo de 1994. Os valores estão na casa dos R$ 90 mil, e a briga judicial corre desde 2016, quando os dois trocaram acusações sobre convocações da Seleção Brasileira. Na época, Dunga era o comandante do time.

A decisão, assinada pelo juiz Flávio Augusto Leite, apontou que Romário foi intimado para apresentar uma possibilidade de pagamento da multa. No entanto, como os advogados acabaram não comunicando uma decisão, houve a determinação para execução através da penhora. A defesa do senador tem mais 15 dias para tentar impedir a decisão.

A briga começou em 2016. Na ocasião, Dunga acionou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado alegando que estava sendo alvo de ofensas por parte de Romário, o que quebraria o decoro parlamentar. Um ano antes, o ex-atacante afirmou que havia interesses comerciais na convocação da Seleção Brasileira.

“Os problemas são refletidos nas convocações. Dunga é meu amigo, mas não é a sua hora. Não se convoca mais os melhores, há interesses por trás. O diretor é Gilmar Rinaldi, que, até um dia antes de sua nomeação, era um agente de jogadores. Uma provocação! Você viu a convocação? Todos pertencem aos empresários que lucram com convocações. É evidente para todos”, declarou o senador à época.

Depois que foi denunciado por Dunga na Senado, Romário entrou com ação pedindo R$ 500 mil de indenização por danos morais e materiais. Em 2017, o caso foi julgado improcedente, mas Romário recorreu. Em 2018, houve uma nova sentença favorável para Dunga. Ele recorreu outras três vezes, mas perdeu em todas elas.

No entanto, a Justiça mandou Romário pagar as custas do processo e os honorários de advogados, que corresponde a 16% do valor da causa (o total de R$ 87,7 mil) e multa de 1% (R4 5,4 mil). A condenação, portanto, é para pagamento de R$ 93,2 mil. Sem ter resposta do político sobre a forma que pretende fazer o pagamento, a Justiça decidiu penhorar imóveis que estão no nome dele. Ainda não ficou decidido quais propriedades serão apontadas.

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