sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Bolsonaro fecha acordão com Centrão pela redução salarial e mais recessão



Os banqueiros estão em festa esta noite, pois houve a sacramentação de um grande acordão na República com o Centrão. É a garantia de que o sistema financeiro continuará a faturar alto na pandemia do novo coronavírus enquanto a população ampliará sua pobreza.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os presidentes da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reafirmaram nesta quarta-feira (12) o compromisso do Legislativo e do Executivo com a manutenção do teto de gastos e a responsabilidade fiscal. O encontro que reuniu os três chefes dos dois Poderes ocorreu no Palácio do Alvorada.

A manutenção do teto de gastos e a austeridade são sinônimos de redução salarial dos servidores e mais recessão econômica, combinadas com desemprego e retirada de direitos dos trabalhadores. Enfim, houve uma união para ferrar ainda mais a sociedade brasileiras.

Dito isso, Maia destacou que o encontro é um compromisso com o futuro do País com o apoio ao teto de gastos e a regulamentação dos gatilhos fiscais por meio da votação de propostas de emenda à Constituição que tramitam no Senado. Maia quer avançar na tramitação do conjunto de propostas do Plano Mais Brasil – PEC Emergencial (186/19), PEC dos Fundos Públicos (187/19) e PEC do Pacto Federativo (188/19), que tramitam no Senado, bem como a PEC 438/18, que cria gatilhos para conter as despesas públicas e preservar a regra de ouro. A proposta inclui 20 medidas para conter despesas e 11 para gerar receitas, que devem ser acionadas quando houver um nível crítico de desequilíbrio entre gastos públicos e arrecadação tributária.

“Acho que reafirmando o teto, e com a regulamentação dos seus gatilhos, vamos dar melhores condições de administrar o orçamento. E com a reforma administrativa para melhorar a qualidade do gasto público e do serviço público. Reafirmo meu apoio a esses temas”, afirmou Maia.