segunda-feira, 18 de maio de 2020

Bullying de Bolsonaro foi demais para Nelson Teich, daí a demissão

Presidente Jair Bolsonar e o ministro Nelson Teich; 'alinhados'. Foto: TV BrasilGov/Captura YouTube

Foi uma sequência inédita de humilhações públicas em prazo curto de apenas 28 dias, um recorde, até que o ex-ministro da Saúde Nelson Teich desistiu. Ele não suportou o aviso do presidente de que nesta sexta (15) mudaria o protocolo do Ministério da Saúde para tratamento de covid-19. Ou mudaria o ministro. Na véspera, Bolsonaro se referiu a Teich aportuguesando seu sobrenome, como claro sinal de menosprezo. 
Teich passou vexame ao ser informado por jornalistas, e não pelo presidente, sobre o decreto alterando a lista dos serviços essenciais.
A impaciência de Bolsonaro teve um único motivo: a recusa do Ministério da Saúde de adotar a cloroquina para tratamento de covid-19 no SUS.
Teich não gostou, mas não reclamou, da ocupação dos cargos-chave por militares levados pelo secretário-executivo, general Eduardo Parzuello.
Apesar do bullying, Teich saiu do cargo de maneira elegante, sem mágoas do presidente, a quem inclusive agradeceu a oportunidade.