domingo, 3 de fevereiro de 2019

Alcolumbre é eleito presidente do Senado por maioria absoluta, em votação secreta



O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), 41 anos, foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado ao vencer a eleição em primeiro turno com 42 votos, e em votação secreta como pretendia o grande derrotado da disputa, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que desistiu quando percebeu que seria derrotado, e talvez em votação humilhante. Alcolumbre comanda a Casa até 2021.
Renan Calheiros teve 5 votos, Espiridião Amin (PP-SC) 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) 8, Reguffe (sem partido-DF) 6 e Fernando Collor (Pros-AL) 3 votos.
Alvo da Lava Jato e vinculado à chamada “velha política”, Renan tinha apoio principalmente dos senadores mais experientes da Casa.
Alcolumbre começou a sua carreira política como vereador na cidade de Macapá, em 2001, aos 23 anos. Exerceu o mandato por dois anos (de 2001 a 2003), quando deixou o cargo no meio para assumir seu primeiro mandato como deputado federal.
Reelegeu-se duas vezes para a Câmara dos Deputados, totalizando três mandatos consecutivos. Nas eleições de 2014, foi eleito senador para um mandato de oito anos. Em 2018, concorreu ao governo de Amapá, mas foi derrotado.
Em todos esses anos, o novo presidente do Senado quase nunca participou de movimentações políticas de relevo. Integrou o chamado “baixo clero” do Congresso, que é o grupo de parlamentares com pouquíssima projeção nacional.
O maior feito político de sua carreira foi desbancar em 2014 o candidato de José Sarney (MDB-AP) e se eleger senador pelo Amapá.
Nos últimos meses, Alcolumbre foi escolhido por Onyx como o nome para tentar barrar a volta de Renan, nome visto com desconfiança pelo núcleo bolsonarista.
A mulher de Onyx é assessora parlamentar de Alcolumbre.
O presidente do Senado é o terceiro na linha sucessória da Presidência da República e tem, entre outros poderes, o de definir a pauta de votações do plenário.
Eleição
A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Ontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita em cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna. Após ser suspensa ontem, a sessão começou hoje por vota das 12h.