domingo, 24 de fevereiro de 2019

Anulação do acordo de delação da gangue da JBS ainda aguarda decisão



A Lava Jato está intrigada com a demora do ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), para decidir sobre o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), há 17 meses, em setembro de 2017, para anular o acordo de delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista e do lobista do grupo J&F/JBS, Ricardo Saud. O pedido da PGR, formulado por Rodrigo Janot e endossado por Raquel Dodge, prevê a preservação das provas recolhidas com o acordo. 
A PGR pediu a anulação alegando omissão de informações e má-fé, mas até hoje o STF mantém os benefícios do acordo à gangue.
Em junho de 2018, o ministro Fachin abriu prazo de coleta de provas para em seguida submeter o caso ao plenário.
Questionada, a assessoria do STF explicou que a “fase de coleta de provas e depoimentos está em curso”, sem indicar prazo.
A descoberta deixou constrangida a PGR: o procurador Marcelo Miller teria sido cooptado pela gangue, na época da negociação do acordo