quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

IAP proíbe pesca na bacia do Rio Piquiri após encontrar 50 toneladas de peixes mortos

Segundo o IAP, a proibição de qualquer tipo de pesca - exceto a científica - se deu por conta da morte de aproximadamente 50 toneladas de peixes desde o início de fevereiro no Rio Piquiri — Foto: ANPr/Divulgação

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proibiu por tempo indeterminado a pesca na Bacia Hidrográfica do Rio Piquiri, que corta parte das regiões noroeste, oeste, central e sul do Paraná.

A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22). A medida vale para toda a extensão do Rio Piquiri e afluentes.

Segundo o IAP, a proibição de qualquer tipo de pesca - exceto a científica - se deu por conta da morte de aproximadamente 50 toneladas de peixes desde o início de fevereiro.

De acordo com Tassiano Cesar Freire Maranhão, chefe-regional do IAP em Toledo, no oeste do estado, a principal suspeita é a de que devido ao aumento de pescadores amadores nos últimos 10 anos possam ter sido usados grãos com agrotóxicos para a cevar os peixes.

Ele conta que das centenas de espécies as mais atingidas foram pacu, piapara e mandi. Além disso, há peixes como o pintado que pode comer as espécies menores que tenham consumido os grãos.

Maranhão afirma que a proibição tem por objetivo garantir a proteção das espécies e também evitar o consumo de peixes que podem estar contaminados.

"Nós planejamos um procedimento de fazer análise tanto da água quanto dos peixes e averiguação das margens", diz. Os trabalhos devem durar seis meses, podendo haver prorrogação. Fiscalizações ao longo do curso do rio também estão previstas.

Ainda de acordo com o IAP, o problema pode ter iniciado no encontro do Rio Cantu com o Piquiri, no oeste do Paraná.