Cerca de 1.500 professores e funcionários de escolas públicas estaduais aprovaram hoje, em assembleia da APP-Sindicato, em Curitiba, aderir à greve dos servidores públicos estaduais a partir do próximo dia 25. Segundo a direção da APP, a decisão foi tomada pela maioria dos presentes.
Os servidores públicos do Executivo - que estão com os salários congelados desde 2016 e acumulam perdas inflacionárias de 17% no período - reivindicam a reposição da inflação dos últimos doze meses, de 4,94%. A data-base da categoria venceu em maio, mas até agora, após oito rodadas de negociações, o governo do Estado não deu uma resposta oficial ao funcionalismo. A tendência, segundo fontes do governo na Assembleia Legislativa, é de que não haja reajuste.
Segundo a APP, "além da questão financeira que faz servidores perderem o equivalente a 2,2 salários anualmente, educadores exigem respostas à política de perseguição e gestão mercadológica das escolas públicas, coordenada pelo empresário Renato Feder que assumiu a secretaria da educação este ano".
"Já são quase quatro anos de sacrifício dos servidores. Queremos o que nos é de direito, não estamos pedindo nada além. O governo se reúne com empresários, ruralistas, políticos e se nega a negociar com os servidores que atendem a população do Paraná. É uma atitude desrespeitosa para alguém que ganhou a eleição prometendo diálogo. Se não houver proposta alguma, não temos outro recurso a não ser paralisar as atividades em uma greve unificada das categorias do serviço público", afirmou Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato.