A procuradora no comando da operação Lava Jato em São Paulo, Thaméa Danelo, desdenhou das declarações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, sobre o pacote de medidas anticrime criado pelo ministro Sérgio Moro (Justiça). Segundo ela, as críticas ‘não surpreendem’ e já eram esperadas.
“Não me surpreende esse tipo de posicionamento da OAB nessa questão. Quando apresentamos as 10 medidas contra a corrupção no Congresso, eles também foram contra e não apresentaram outras propostas”, disse Danelon em entrevista à rádio Jovem Pan nesta quinta (7).
O presidente da OAB chegou a dizer que as prisões de políticos, que devem aumentar em quantidade e tempo caso o pacote de Moro seja aprovado, geram um “apagão das canetas diante da insegurança jurídica”.
Sobre esse trecho, a procuradora foi curta e grossa. “Não há insegurança jurídica nesse caso. O que causa insegurança é a corrupção”, concluiu.
Antes de assumir o comando da Lava Jato, em São Paulo, Thaméa Danelon liderou investigações sobre fraudes na Lei Rouanet.
