Diz um cínico observador da cena política brasileira que dificilmente um candidato a presidente da República se salvará de denúncias de corrupção. Ou seja, na guerra de babuínos instaurada depois da Lava Jato, o objetivo de cada candidato é enlamear os seus adversários que passaram a representar alguma ameaça eleitoral.
Pois bem, antes do que se pudesse esperar, chegou a hora e a vez de Alvaro Dias, do Podemos, levar chumbo de grosso calibre. Ele subiu nas pesquisas e demonstrou, nos últimos meses, notável capacidade de articulação de forças que transformaram sua candidatura numa possibilidade concreta de sucesso. Beirando já os 5% de intenções de voto, mesmo competindo com pesos pesados, passou a preocupar.
Não deu outra. A revista Veja estampou na edição que está nas bancas o título com pitada de escândalo: Empresário diz ter pago R$ 5 milhões em propina para Álvaro Dias. E segue nessa toada: “Candidato a presidente, Álvaro Dias sempre combateu a corrupção. Mas o inquérito da PF nº 186/2016 pode arranhar essa imagem. Em um e-mail enviado a Odebrecht, Samir Assad diz que o senador pediu R$ 5 milhões para enterrar a CPI do Cachoeira. As informações são de Maurício Lima na Veja.
