segunda-feira, 19 de março de 2018

PGR QUER MAIS DETALHES DE ENCONTROS ENTRE ÁECIO NEVES E MARCELO ODEBRECHT



A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin a prorrogação do prazo, por 60 dias, no inquérito que investiga se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu R$ 50 milhões de propinas da Andrade Gutierrez e da Odebrecht. O pedido foi feito na última terça-feira (13).
Entre outras diligências, o objetivo da PGR é obter mais informações sobre encontros do Tucano com o delator Marcelo Odebrecht. Dodge quer que a Polícia Federal (PF) procure por indícios e registros de encontros entre eles, no ano de 2008. Marcelo afirmou em delação que teria acertado o valor dos repasse com Áecio, que na época era governador de Minas Gerais, em uma reunião no Palácio das Mangabeiras, pelo acordo o Tucano receberia R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 20 milhões da Andrade Gutierrez.
No inquérito,os delatores da Odebrecht afirmam que Áecio teria defendido os interesses da empreiteira nas usinas hidrelétricas de Jirau, Rio Madeira e Santo Antônio. Segundo os ex-executivos os repasses eram acertados com o ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo. Sendo que a maioria dos depósitos teria sido feita na conta controlda por Alexandre Accioly, em Cingapura. Accioly é amigo de Áecio Neves. A PF chamou o senador Tucano, Dimas e Acciolly para depor nos dias 29 e 30 de março.
A Polícia Militar de Minas Gerais não conseguiu identificar, a pedido da Polícia Federal, os registros de entrada e saída da residência oficial do governador . O coronel da PM, Giovanne Gomes da Silva, por meio de ofício, informou ao delegado da PF que de acordo com as informações de policiais militares que realizavam a guarda do Palácio das Mangabeiras, "no ano de 2008 não havia livro de controle ou registro de entrada/saída de pessoas por parte dos militares do Batalhão de Polícia de Guardas".