sexta-feira, 30 de março de 2018

MINISTRO ELOGIA SENADOR QUE INSULTOU TEMER DE 'CHEFE DE FACÇÃO'



Em Alagoas para representar Michel Temer na inauguração de uma obra federal (trecho da duplicação da BR 101), terça (27), o ministro Moreira Franco aproveitou para fazer política. Mas exagerou na dose, derramando-se em elogios a Renan Calheiros (MDB-AL), que insultou seu chefe de “presidente ilegítimo”, “líder de facção”, “covarde” e ainda acusou o governo de incompetente, comparando-o à “seleção de Dunga”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Esteve “naquele momento lindo” outro ministro, que trocou cargos no governo local por apoio a Calheiros: Maurício Quintella (Transportes).
Além de elogiar o senador que xinga Temer e apoia Lula, Moreira Franco o parabenizou por Renan Filho, o governador de Alagoas.
Simpaticão, Moreira ainda ofereceu aos alagoanos carona no jatinho da FAB para Brasília. Quem estava a bordo é um segredo de Polichinelo.
‘EXEMPLO’
No discurso na solenidade, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República ignorou os ataques virulentos feitos pelo senador Renan Calheiros contra Temer e seu governo, ao elogiar o ex-presidente do Senado pela “educação, exemplo e perseverança”.
A ida de Moreira Franco a Alagoas reforça a informação – negada pelo ministro – de que ele articulou a aliança do ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR-AL), com o senador alagoano que vem tratando Temer como um “chefe de facção” que seria “menor do que a cadeira que ocupa”.
Os ataques de Renan aconteceram desde que o alagoano deixou a Presidência do Senado e perdeu a influência sobre o governo de seu partido. Mas Moreira Franco deu motivos para que o inimigo de Temer se sentisse à vontade entre os ministros liderados pelo presidente que ele chamou de "líder de facção".
Renan foi elogiado por Moreira Franco, quando o ministro disse que o senador poderia se sentir orgulhoso por ter formado pelo “exemplo” dado ao governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que deve ser alvo de ação de improbidade por empregar o próprio tio numa instituição financeira controlada pelo governo alagoano.