domingo, 12 de janeiro de 2020

Racismo pode ter feito Harry e Meghan se afastarem da família real britânica



Quando o príncipe Harry e Meghan anunciaram esta semana que deixariam suas tarefas na realeza e passariam mais tempo na América do Norte, muitos residentes no Reino Unido pertencentes à minorias disseram que sentiram alívio. Muitos disseram em entrevista que, finalmente, o casal poderá escapar dos abusos, muitos deles raciais, direcionados a eles pela imprensa britânica, particularmente pelos tablóides sensacionalistas do país.

— Graças a Deus eles estão livres — diz Sanaa Edness, erguendo os braços para o céu enquanto caminhava por Fordham Park, no sudeste de Londres. — Ninguém deveria toleraro bullying e o comportamento abusivo por causa de sua cor de pele. Tudo isso é sobre a raça dela. Eu sei disso porque, como uma mulher caribenha que não cresceu aqui, já experimentei isso.

Mas a história não deveria terminar assim.

Quando um bispo afro-americano falou e um coral gospel cantou na cerimônia de casamento de Harry e Meghan no Castelo de Windsor, em maio de 2018, foi aberto um precedente para que as pessoas negras do Reino Unido, que até então se sentiam excluídas da cultura e das tradições profundamente brancas da monarquia britânica.

O Globo