quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Bolsonaro encontra sertanejos e ouve pedido pelo fim da meia-entrada

O presidente Jair Bolsonaro em encontro com cantores sertanejos e artistas, no Palácio do Planalto Foto: Jorge William / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro foi homenageado por cantores sertanejos nesta quarta-feira, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Uma carta de apoio, lida no evento, diz que Bolsonaro realizou “notáveis feitos” em “diversos setores produtivos” e é um “um governante que trabalha em prol de seu povo”. O presidente, por sua vez, agradeceu ao apoio que os sertanejos lhe deram durante a campanha eleitoral. Na mesma cerimônia, um representante de produtores de evento pediu a Bolsonaro o fim da meia-entrada em evento culturais e uma mudança na regulamentação dos direitos autorais.

De acordo com lista divulgada pelo Palácio do Planalto, estiveram presentes 56 artistas, entre eles as duplas Bruno & Marrone e Cesar Menoti & Fabiano, além do ator Dedé Santana, ex-integrante do grupo Os Trapalhões. O Planalto informou inicialmente que Cristiano (da dupla com Zé Neto) esteve presente, mas a assessoria da dupla entrou com contato para esclarecer que ele não compareceu.

O locutor de rodeios Cuiabano Lima, titular da festa do peão de Barretos (SP), discursou no início da cerimônia e leu a carta de apoio. “Expressamos espontaneamente nossos agradecimentos pelas ações e medidas do governo e manifestamos nosso apoio. Queremos que o Brasil continue trilhando um caminho de prosperidade para seu povo”, diz o texto.

Depois, o presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Junior, pediu a Bolsonaro o fim da meia-entrada, classificada por ele de “injustiça histórica”, além de mudanças na cobrança de direitos autorais, que ele classificou como um “monopólio” regulado por uma “lei arcaica”.

— Meio livro não existe, meia bicicleta não existe. Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% sem nenhum tipo de compensação — reclamou o presidente da Abrape.

O GLOBO