quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Assessor que usou jato da FAB para voo exclusivo que custou mais de R$ 700 mil chegou ao Planalto pela amizade com filhos Bolsonaro

Vicente Santini (agachado, de azul, ao centro) em momento de lazer com Eduardo e Flávio, filhos do presidente Bolsonaro, em setembro de 2019

Destituído do cargo nesta terça-feira (28) após usar um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) para uma viagem exclusiva para a Índia, o secretário-adjunto da Casa Civil da Presidência, Vicente Santini, chegou ao governo com respaldo da família Bolsonaro por ter amizade desde a infância com os filhos do presidente Jair Bolsonaro.

Santini assumiu o cargo de secretário-executivo quando o antigo ocupante do posto, Abraham Weintraub, foi indicado para ser ministro da Educação, em abril de 2019.

Ele conheceu a família Bolsonaro dos círculos de militares por ser filho de general do Exército.

Desde que entrou para o governo, costumava fazer publicações em redes sociais com filhos do presidente, como o deputado Eduardo (PSL-SP) e o senador Flávio (sem partido-RJ), além de trocarem mensagens em tom elogioso um ao outro.

Formado em direito pela Universidade Católica de Brasília, tem mestrado e doutorado pela UniCeuB.

Foi também da Subchefia de Acompanhamento e Monitoramento, onde acompanhou casos como o desastre de Brumadinho (MG).

Antes de assumir cargo público, era sócio de um escritório de advocacia em Brasília. Em seu currículo público, disponível em suas redes sociais, Santini diz ter trabalhado entre 2007 e 2012 no Ministério da Defesa com assuntos ligados a privatizações e aviação civil.

Santini usou uma aeronave oficial com apenas três passageiros (ele e duas assessoras) para voar de Davos (Suíça), onde participava do Fórum Econômico Mundial, para Déli. Nesta terça-feira (28), ao retornar da viagem à Índia, Bolsonaro anunciou o afastamento do assessor.

FOLHAPRESS