terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Mais um lote de cerveja mineira está contaminado com substância tóxica

Mais um lote de cerveja mineira está contaminado com substância tóxica

Mais um lote da cerveja Belorizontina, da Backer, está contaminado com substância tóxica, anunciou a Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira (13).
Além dos dois lotes da cerveja contaminados por dietilenoglicol —L1 1348 e L2 1348—, a polícia confirmou a presença da substância no lote L21354, do rótulo Capixaba. É a mesma cerveja Belorizontina vendida com outro nome no estado do Espírito Santo.
A bebida também teria sido contaminada por monoetilenoglicol, ambas tóxicas.
A substância presente em lotes da bebida pode ter relação com a morte de uma pessoa e outras dez internados com sintomas que incluem insuficiência renal, alterações neurológicas, vômitos e diarreias.
E esse quadro ainda pode aumentar. A polícia ainda investiga de seis a dez novas vítimas, inclusive uma mulher.
“As provas que colhemos no fim de semana são alicerce do nosso trabalho investigativo. Podemos afirmar a existência da síndrome nefroneural e a compatibilidade com a contaminação por dietilenoglicol”, afirma o delegado Wagner Pinto, chefe da Polícia Civil de Minas Gerais.
A Polícia Civil confirmou que encontrou as substâncias em material recolhido na empresa para a perícia, em pontos de venda da bebida e também em garrafas lacradas que estavam em posse de consumidores.
“Trabalhamos no sábado e domingo e fomos a Brasília buscar material para tornar a investigação mais robusta”, diz Wagner.
Os delegados dizem que ainda não é possível afirmar se foi um erro ou sabotagem. “Encontramos os elementos em toda a cadeia, mas por enquanto não é possível avaliar se houve sabotagem”, afirma o delegado da Polícia, Flávio Grossi.
A polícia informou que a linha investigativa, que será feita por fases e que não há como dar a culpabilidade a ninguém ainda. “No momento, estamos fazendo as análises técnicas”, disse Flávio.