Durante visita ao Brasil, o presidente interino Juan Guaidó deixou clara a intenção de passar a limpo a corrupção da Odebrecht na Venezuela. Ele disse que o seu país foi o segundo com mais obras da empreiteira, atrás apenas do Brasil, e sugeriu “intercâmbio de informações” sobre negociatas da empreiteira. Segundo ele, a Venezuela sofre com corrupção produto do “desmonte do Estado de Direito e os ataques à imprensa e indústria privada”, exceto às empresas ligadas à ditadura.
A Odebrecht levou mais de US$ 4 bilhões do BNDES para tocar obras na Venezuela, de linha do metrô de Caracas a irrigação no interior.
Segundo a ONG Transparência Venezuela, das 33 obras contratadas pelo governo com a Odebrecht, apenas nove foram concluídas.
Sobre o esquema, a Odebrecht tem “reconhecido seus erros” e garante colaborar “com a Justiça no Brasil e nos países onde atua”.
A Odebrecht foi citada por Guaidó, mas a Andrade Gutierrez levou R$5 bilhões do BNDES em uma siderúrgica e um estaleiro na Venezuela.
