sábado, 30 de março de 2019

Empresas aéreas tapearam Bolsonaro com a ‘compra direta’ de passagens



Enrolaram o presidente Jair Bolsonaro com a lorota de que o governo passaria a economizar com a compra direta de passagens a empresas aéreas, “economizando” com agências de turismo, conforme ele avisou na internet, quinta (28). Isso é falso. A jogada esperta foi implantada pelo Ministério do Planejamento durante o governo Dilma Rousseff (PT), pelas mãos do então ministro de Paulo Bernardo, que acabaria preso. A medida não favorece o governo e sim as empresas aéreas. A informação é do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
Não é o governo que economiza, sem agências de viagem, e sim as empresas, que cobram preços “cheios” e já não pagam comissões.
A “compra direta” embute outra esperteza das aéreas, que se tornam o único fornecedor do governo pago à vista e até com antecipação.
O governo pagará à vista a passagem, por meio de cartão corporativo. Pior: com preço cheio, sem desconto ou promoções. E sem impostos.
Agências de viagem faziam o governo gastar menos porque obtinham descontos expressivos em razão do grande volume de compras.