quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Três investigados na 56ª fase da Operação Lava Jato têm prisões convertidas em preventivas

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Três investigados na 56ª fase da Operação Lava Jato tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas - por tempo indeterminado - nesta terça-feira (27) pela juíza federal substituta Carolina Lebbos, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba.

A operação foi deflagrada na sexta-feira (23). Vinte pessoas foram presas - e outros dois alvos de prisão estão no exterior, em Israel e em Portugal.

Essa fase apura o superfaturamento na construção da sede da Petrobras em Salvador (BA), de acordo com a Polícia Federal (PF).

Tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas:

Rodrigo Barretto: era empregado de duas empresas e fazia a interlocução com OAS e Odebrecht pras fraudes
Valdemir Garreta: apontado como publicitário do PT e operador
William Chaim: apontado como emissário de Garreta

Marice Correa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias.

Outros nove presos temporários tiveram alvará soltura expedidos. Porém, eles terão que cumprir medidas cautelares, como proibição de deixar o país, com a entrega do passaporte em 48 horas, e proibição de contatos com os demais investigados, salvo familiares.

Superfaturamento

Com o superfaturamento na construção da sede da Petrobras na capital baiana, os projetos e a obra do prédio passaram de R$ 320 milhões para R$ 1,3 bilhão, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o MPF, o superfaturamento foi acertado entre a Petrobras e o Fundo Petrobras de Seguridade Social (Petros) para bancar o esquema de propina.

A Petros se comprometeu a realizar a obra e a Petrobras, a alugar o imóvel por 30 anos.

O contrato de aluguel do imóvel começou em novembro de 2010 no valor de de R$ 3 milhões mensais. Desde então, o valor já foi corrigido e é atualmente de cerca de R$ 6,5 milhões mensais. "Isso gerou um compromisso financeiro de R$ 1,3 bilhão para a empresa", disse a procuradora Isabel Vieira Groba.

Conforme Isabel Vieira Groba, os repasses indevidos do esquema estavam embutidos no valor do aluguel, calculado com base no custo total do empreendimento, e no valor superfaturado da obra.