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Com a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, a expectativa de alguns dos profissionais que ocuparão as vagas deixadas pelos estrangeiros é a de que possam fazer um bom trabalho e ser bem recebidos pelos pacientes.
“Quero poder fazer um bom trabalho e ser bem recebida pelos pacientes, que espero, entendam que estamos bem dispostos a fazer o melhor e também vamos precisar nos adaptar”, comentou a médica Bruna Batistone Bertache.
Formada em junho de 2016 em Santa Catarina, Bruna, de 28 anos, trabalhava como médica terceirizada em Cambé, no norte do Paraná, e foi selecionada para uma das vagas nove disponíveis em Foz do Iguaçu, no oeste.
“Desde que me formei, vinha tentando uma vaga no Mais Médicos. Agora consegui e estou muito feliz”, completou.
Além da melhor oportunidade de trabalho - com salário de R$ 11,8 mil por 40 horas semanais por um período de três anos -, a vaga em Foz do Iguaçu também garantiu à médica Susan Micheli Lorenzato, 32 anos, a chance de ficar mais perto da família.
“Minha família é daqui. Quando me casei, fui para Minas Gerais acompanhar meu marido. Lá me formei em medicina depois de fazer biomedicina em Foz do Iguaçu. Estava trabalhando em Uberlândia e em Araguari. Agora estou de volta”, comemorou.
Susan também espera a compreensão dos pacientes e acredita que aos poucos, mostrando trabalho e respeitando horários, todos vão ser bem aceitos e recebidos.
“Sei que os cubanos fizeram um ótimo trabalho nestes quatro anos em que atuaram no Brasil. E agora, nós, médicos brasileiros, estamos tendo a oportunidade de ocupar estas vagas dentro do país. No início, não vai ser fácil. O ideal é dar tempo ao tempo”, destacou.
Adaptação
Assim que os novos profissionais vão se apresentando, até o dia 14 de dezembro, eles serão encaminhados às unidades onde passarão a atuar.
Em Foz do Iguaçu, a maioria deve começar a trabalhar a partir de segunda-feira (3).
“Ficamos surpresos com a rapidez com que os médicos estão sendo substituídos. Claro que, desde o dia 20, quando os cubanos pararam de trabalhar, houve algum transtorno, com as consultas agendadas e com o cronograma, mas as equipes das unidades de saúde estão fazendo os ajustes necessários”, comentou a coordenadora de atenção básica do município, Elaine Cristina Campos de Oliveira.