segunda-feira, 17 de abril de 2017

Jucá e Renan receberam R$5 milhões para aprovar MP. afirma delator



Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL) , respectivaente presidente nacional e líder do PMDB no Senado, são investigados juntos em um inquérito no Supremo Tribunal Federal que vai apurar o pagamento de R$ 5 milhões em propina pela Odebrecht em troca da aprovação de uma Medida Provisória que garantiu vantagens fiscais para empresas que atuavam no exterior.
O inquérito foi baseado na delação premiada de Marcelo Odebrecht e dos ex-diretores da companhia Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho. Em depoimentos gravados, Melo Filho afirma que Jucá era o responsável pelos contatos com a empresa, mas deixava claro que também falava em nome de Renan.
O pagamento teria sido realizado pelo setor de operações estruturadas da companhia, e ficou registrado no sistema Drousys sob o nome de "exportação", para indicar a MP a qual se referia no Congresso.
Ao todo, Jucá é alvo de cinco inquéritos pela atuação que teve a favor da Odebrecht no Senado. Já Renan será investigado em quatro procedimentos. Os dois peemedebistas negam irregularidades.
Jucá nega as acusações. “Quem fala em compra de MPs não conhece como funciona o governo e o Congresso", disse ele.
Em nota, Renan diz que "um homem público sabe que pode ser investigado, mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida". Ele também disse acreditar que os "inquéritos serão arquivados por falta de provas como aconteceu com o primeiro deles"