
Ex-ministro da Fazenda do governo Lula (PT). Antonio Palocci revelou em delação premiada que o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o presidente da Cia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, e Rubens Ometto, magnata do setor de distribuição de combustíveis, comprara a medida provisória nº 470, no governo Lula, no chamado Refis da Crise.
A MP comprada por meio de propinas permitiu que empresas exportadoras, como a Braskem, controlada pela Odebrecht, a CSN ou as empresas de Ometto parcelassem em até 12 vezes dívidas fiscais decorrentes de uma decisão desfavorável do Supremo Tribunal Federal (STF).
Palocci explicou que Odebrecht pagou propina de R$50 milhões e também a parte de Steinbruch, no valor de R$14 milhões, e ambas as empresas negociaram compensações em obras em que atuavam conjuntamente. Já Ometto, “ao que sei”, disse o ex-ministro, “fez pagamentos por dentro”, ou sejam, oficiais, “mas claramente vinculados” à edição da MP 470.