domingo, 22 de setembro de 2019

Confederação de servidores demite e dá calote em 37 empregados, até gestantes

A Confederação dos Servidores Públicos funciona neste edifício, no Setor Comercial Sul de Brasília.

A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) demitiu 37 funcionários depois de deixar pagar salários e, apesar de ser entidade sindical, sequer pagou as verbas rescisórias. A situação de duas das funcionárias é ainda mais grave, pois estavam grávidas e às vésperas de dar à luz. “Foram abandonados à própria sorte”, definiu a advogada dos funcionários e uma das gestantes demitidas, Mônica dos Santos. 
A outra gestante teve complicações e obteve uma confissão de dívida assinada pela diretoria da CSPB, mas, 17 meses depois, nada foi pago.
Denúncia do Ministério Público de Goiás cita um “empobrecimento deliberado” da entidade para “possível enriquecimento” de dirigentes.
A advogada diz não haver desculpa para a falta de pagamento e que o valor arrecadado em imposto sindical é suficiente para quitar o passivo.
Questionada sobre a situação dos ex-funcionários, a CSPB disse que a situação foi “finalmente resolvida” na última quinta, em uma audiência onde foi acertada a “entrega da sua sede social para quitação das dívidas com os funcionários”, mas não deu maiores detalhes sobre a situação das gestantes demitidas às vésperas de dar à luz.